domingo, 1 de abril de 2018

A história do dia da mentiras, dia 1 de abril

Carlos IX de França
Há muitas explicações para o primeiro dia de abril se ter celebrizado como o Dia das Mentiras, mas a mais consensual coloca em França a origem da data, também conhecida como o Dia dos Bobos.
Reza a história que, até 1564, o Ano Novo era festejado a 25 de março, era o dia do início das festas de primavera, que culminavam com a troca de presentes a 1 de abril, até que o rei Carlos IX trocou a voltas ao ano quando adotou o calendário gregoriano obedecendo a uma exigência manifestada no Concílio de Trento de 1563.
Como não há mudança sem resistência, alguns franceses ridicularizaram o ato real com brincadeiras, presentes estranhos e convites para falsas festividades. Desde então, o dia 1 abril é sinónimo de partidas e mentiras inofensivas a colegas, familiares e amigos, data também aproveitada pelos órgãos de comunicação social para veicular falsas notícias de cariz humorístico ou improváveis.
Há historiadores, porém, que ligam o ‘Dia dos Bobos’ de abril a antigos festivais como o Hilária, que era celebrado em Roma no final de março e que incluía pessoas que compareciam disfarçadas com máscaras e outras vestimentas. Há também especulações de que o ‘Dia dos Bobos’ de abril esteve vinculado ao equinócio de primavera - momento em que o Sol, em seu movimento anual aparente, corta o equador celeste, fazendo com que o dia e a noite tenham igual duração – ou o primeiro dia da primavera no hemisfério norte, quando a Mãe Natureza engana as pessoas com um clima mutante e imprevisível.
Mentiras que fizeram história:
Entre as mais famosas mentiras, resistiram à passagem do tempo a peça da BBC de 1957 sobre uma árvore que produzia esparguete, na Suíça, ou a do "Daily Mail", em 1981, a informar os leitores que um atleta japonês pensava que tinha de correr 26 dias e não 26 milhas para participar na maratona de Londres.
Em 1998, a Burger King anunciou a oferta de um hambúrguer especial para canhotos, estimando-se que a cadeira de restaurantes "fast food" terá poupado milhões de dólares em publicidade com a partida.
Por cá, o anúncio de autocarros de três pisos, Bin Laden no Algarve e o Centro Cultural de Belém a afundar foram algumas das mentiras publicadas nos jornais que gostam de manter a tradição de 1 de abril. Mas há chacotas que afinal se revelaram realidade, como foi o tema recorrente da criação do Metro do Porto, que deixou de ser ficção no século XXI e que só não avançou mais rápido e mais longe porque o país entrou em bancarrota.

Fontes: Expresso
Opera Mundi
wikipedia (imagens)

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