sábado, 30 de março de 2019

Apresentação no Teatro Carlos Alberto

Durante este ano, o clube de teatro da escola participou no projeto “Gil Vicente, Visitações”, em parceria com o Teatro Nacional S. João.
No passado dia 30 de março, pelas 16h30, realizou-se o espetáculo apresentado pelos alunos no Teatro Carlos Alberto. A peça deste ano é constituída por excertos de três peças de Gil Vicente: “Auto da Lusitânia”, “Comédia de Rubena” e “Auto da Feira”.
No entanto, o projeto na escola ainda não acabou. Ainda vão haver duas apresentações da peça no final do ano letivo.
Francisco Manta, 9ºB

quinta-feira, 21 de março de 2019

"O que é a Poesia" em Dia da Poesia


ZOHAR: Oferta à Biblioteca da Escola Básica e Secundária Clara de Resende

No dia 21 de março ofereceram à escola Básica e Secundária Clara de Resende o Livro Zohar, com o nº série 646.
Um livro especial entregue em reconhecimento de todo o empenho e trabalho feito no seio da comunidade.
Um livro milenar com um imenso poder espiritual, uma fonte inesgotável de bênçãos, proteção e realizações.
O nosso Agrupamento faz agora parte de uma longa lista de instituições que receberam o Zohar.
Um recurso a incluir na coleção da nossa Biblioteca!

Agradecemos a simpática e grandiosa oferta,
Muito Obrigada!

21 de março Dia Mundial da Poesia

Hoje, dia 21 de março, celebra-se o Dia Mundial da Poesia. Este dia foi criado, em 1999, na 30.ª Conferência Geral da UNESCO.

Mensagem da Diretora-Geral da UNESCO por ocasião do Dia Mundial da Poesia:

Agarra a lua
e agarra uma estrela
quando não sabes
quem és
pinta a imagem na tua mão
e regressa a casa
[…]
Alcança a lua
fá-la falar
liberta a sua alma
fá-la andar
pinta a imagem na tua mão
e regressa a casa
Excerto de “Howlin at the Moon” de Wayne Keon
A poesia, em todas as suas formas, é uma poderosa ferramenta de diálogo e de aproximação. Expressão íntima que abre portas aos outros, enriquece o diálogo – fonte de todos os progressos humanos -  e tece laços entre as culturas.
Neste vigésimo aniversário do Dia Mundial da Poesia, a UNESCO traz à luz a poesia indígena para celebrar o papel único e poderoso da poesia na luta contra a marginalização e a injustiça, e na união das culturas num espírito de solidariedade.
“Howlin at the Moon”, de Wayne Keon (membro da Primeira Nação Nipissin, Canadá) evoca a usurpação indevida da cultura indígena por outras culturas dominantes. Este poema aborda o tema da perda da identidade nativa devido à sua reinterpretação por forasteiros, independentemente das suas boas intenções e, por conseguinte, a confusão do próprio autor no que respeita à sua identidade.
A poesia é importante para a salvaguarda de línguas frequentemente ameaçadas assim como para a preservação da diversidade linguística e cultural. Proclamado pela UNESCO como o Ano Internacional das Línguas Indígenas, o ano de 2019 reafirma o compromisso da comunidade internacional em ajudar os povos indígenas a protegerem as suas culturas, os seus conhecimentos e os seus direitos.
Esta designação surge num momento em que os povos indígenas, assim como as suas línguas e culturas, se encontram, cada vez mais ameaçados, em particular devido às alterações climáticas e ao desenvolvimento industrial.
De forma a salvaguardar as tradições vivas, a UNESCO tem envidado esforços para incluir diversas formas poéticas na Lista Representativa do Património Imaterial da Humanidade, exemplo disso são os Cantos Hudhud das Filipinas, a tradição oral do povo de Mapoyo da Venezuela, a Eshuva, preces cantadas na língua indígena Harákmbut do Perú e a tradição oral Koogere do Uganda.
Cada género de poesia é único, mas cada um reflete a universalidade da condição humana, o desejo de criatividade que atravessa todos os limites e fronteiras do tempo e do espaço, numa afirmação constante de que a humanidade é uma mesma e única família.
É este o poder da poesia!
Audrey Azoulay

quarta-feira, 20 de março de 2019

Chega hoje a PRIMAVERA

A Primavera chega hoje às 21: 58 horas
Equinócio da Primavera ocorre em 2019 a  20 de março às 21:58 horas

Equinócio de Primavera

Em 2019 o Equinócio da Primavera ocorre no dia 20 de março às 21:58 horas. Este instante marca o início da Primavera no Hemisfério Norte.

Equinócio é uma palavra em latim que aglutina dois termos com significados diferentes. Aequus significa "igual" e nox, "noite". O termo quer dizer literalmente "noites iguais", isto porque nessa altura a noite e o dia têm sensivelmente a mesma duração, 12 horas.



Esta estação prolonga-se por 92,789 dias até ao próximo Solstício que ocorre no dia 21 de junho às 16:54 horas.

terça-feira, 19 de março de 2019

19 de março: Dia do Pai

O Dia do Pai em Portugal é comemorado a 19 de março. Celebra-se no dia de São José, santo popular da igreja católica, marido de Santa Maria e pai terreno de Jesus Cristo.

A celebração da data varia de país para país. Além de Portugal, também celebram o Dia do Pai no dia 19 de março países como a Espanha, a Itália, Andorra, Bolívia, Honduras e Liechstenstein.

Existem duas histórias sobre a origem do Dia do Pai:

1. A instauração do Dia do Pai teve origem nos Estados Unidos da América, em 1909. Sonora Luise, filha de um militar resolveu criar o Dia dos Pais motivada pela admiração que sentia pelo seu pai, William Jackson Smart. A festa foi ficando conhecida em todo o país e em 1972, o presidente americano Richard Nixon oficializou o Dia dos Pais.

2. Na Babilónia, em 2000 A.C. um jovem rapaz de nome Elmesu escreveu numa placa de argila uma mensagem desejando saúde, felicidade e muitos anos de vida ao seu pai.

Poema para o Dia do Pai

Ter um Pai! É ter na vida
Uma luz por entre escolhos;
É ter dois olhos no mundo
Que veem pelos nossos olhos!

Ter um Pai! Um coração
Que apenas amor encerra,
É ver Deus, no mundo vil,
É ter os céus cá na terra!

Ter um Pai! Nunca se perde
Aquela santa afeição,
Sempre a mesma, quer o filho
Seja um santo ou um ladrão;

Talvez maior, sendo infame
O filho que é desprezado
Pelo mundo; pois um Pai
Perdoa ao mais desgraçado!

Ter um Pai! Um santo orgulho
Pró coração que lhe quer
Um orgulho que não cabe
Num coração de mulher!

Embora ele seja imenso
Vogando pelo ideal,
O coração que me deste
Ó Pai bondoso é leal!

Ter um Pai! Doce poema
Dum sonho bendito e santo
Nestas letras pequeninas,
Astros dum céu todo encanto!

Ter um Pai! Os órfãozinhos
Não conhecem este amor!
Por mo fazer conhecer,
Bendito seja o Senhor!

Florbela Espanca
O Dia de São José celebra-se a 19 de março, no Dia do Pai.
São José foi o pai adotivo de Jesus Cristo e o marido de Nossa Senhora, segundo o Novo Testamento.
Descendente de David e carpinteiro de profissão, José de Nazaré, tornou-se num modelo de pai e de marido, um protetor da família, que aceitou a tarefa misteriosa de criar e amar um filho que não era seu e que um dia salvaria o mundo.
José acolheu a vontade divina e tornou-se o patrono da Igreja. Ele é também o padroeiro dos trabalhadores, dos carpinteiros, dos pais e das famílias. É por essa razão que o santo se celebra a 19 de março, no Dia do Pai.
São José terá morrido antes de Jesus ter começado a sua vida pública, pelos 30 anos, visto não se encontrarem mais registos sobre o santo no Novo Testamento e Jesus ter confiado a sua mãe aos cuidados de São João por altura da sua crucificação.
SJrpnARDI

domingo, 17 de março de 2019

St. Patrick´s Day, Padroeiro da Irlanda: 17 de março

Saint Patrick's Day (Dia de São Patrício)
March 17th - Ireland
Dia 17 de março é um dia muito importante na Irlanda - celebra-se o seu santo padroeiro. Os Irlandeses e seus descendentes nos Estados Unidos e em todo o mundo comemoram o St. Patrick's Day - Dia de São Patrício, conhecido por ter trazido a religião católica para a Irlanda. Há mais de mil anos os irlandeses consideram o dia 17 de março, suposta data da morte de St. Patrick, um dia de festa religiosa, que cai no período cristão da Quaresma (Lent), e quando as famílias irlandesas costumam ir a igreja pela manhã e comemorar durante a tarde. O Saint Patrick's Day, coloquialmente St. Paddy's Day, ou simplesmente Paddy's Day, feriado nacional na Irlanda, é também um feriado em Montserrat. No Canadá, Reino Unido, Austrália, os Estados Unidos, Argentina e Nova Zelândia, é amplamente celebrada, mas não é um feriado oficial. 
St. Patrick's Day é comemorado pelo irlandês em cidades grandes e pequenas, como se fosse o nosso carnaval - podemos comparar como os "Desfiles de Carnaval de Rua". Algumas comunidades chegam até a tingir rios ou córregos de verde! As pessoas vestem-se de verde, pintam trevos no rosto, porque o trevo é o símbolo da Irlanda, St Patrick usava-o como uma metáfora para explicar o conceito da Santíssima Trindade (Pai, Filho e Espírito Santo), e assistem às St. Patrick's Day parades (desfiles). Entre as crianças, há a tradição de beliscar os amigos que não vestem verde neste dia!
Atualmente, St. Patrick's Day é comemorado por gente de todas as origens nos Estados Unidos, Canadá e Austrália. Embora a América do Norte abrigue as maiores produções, O Dia de São Patrício é também celebrado em outros locais distantes da Irlanda, incluindo o Japão, Singapura, Rússia, Argentina e algumas cidades do Brasil. Em toda parte, as pessoas dançam, cantam e bebem "green beer" (cerveja verde) nos Irish Pubs, just having a good time and enjoying themselves!

SPRPN

sábado, 16 de março de 2019

BOCA DO INFERNO


Ricardo Salgado é o maior lesado do BES. Foi quem mais perdeu com a queda do banco. Era o Dono Disto Tudo e deixou de ser. Deve ser terrível perder tanto.
Ilustração: João Fazenda

Posso estar a citar com pouco rigor, mas sei que há uma frase bíblica sobre a improbabilidade de acontecerem determinadas coisas a ricos. Às vezes, temos a sensação de que eles são altivos e não têm sentimentos, mas há várias provas do contrário. Ainda esta semana, Ricardo Salgado deu uma entrevista em que confessava: “Consigo dormir, mas não durmo totalmente descansado.” E acrescentou ainda: “Penso todos os dias nos lesados. Todos os dias. E sofro com isso.” O facto de ninguém se ter comovido documenta mais uma vez a profunda crise de valores que a nossa sociedade atravessa. Um homem anuncia em público que, sendo embora capaz de dormir, não consegue fazê-lo totalmente descansado e ninguém se condói, não se ouve um lamento, nada. Além disso, declara que guarda todos os dias um bocadinho para pensar nos lesados do banco que dirigia e nenhum deles foi capaz de lhe agradecer o gesto. É mais fácil um camelo passar pelo buraco de uma agulha do que um lesado manifestar compaixão pelo homem que o lesou. Muito feio. E pouco cristão.
A verdade é que Ricardo Salgado é o maior lesado do BES. Foi quem mais perdeu com a queda do banco. Era o Dono Disto Tudo e deixou de ser. Deve ser terrível perder tanto. Ficou reduzido a apenas umas mansões com vista para o mar e, provavelmente, alguns milhões de euros em contas offshore. Ninguém fala neste drama. Olha-se para ele e nota-se a falta de sono – e a magreza. Desde que o BES colapsou, parece ter perdido uns 200 gramas. Talvez 250. Já dá entrevistas a órgãos de comunicação que não controla através da publicidade, e tudo.
Enfim, quando se cai é com estrondo. E o pior de tudo é que, ao contrário dos outros lesados do BES, Ricardo Salgado tem de conviver diariamente com o homem que o lesou. Vai fazer a barba e lá está o outro, no espelho. Segue-o para todo o lado, o provocador. É inevitável que Salgado se irrite quando o vê a almoçar em bons restaurantes de Cascais, ou a ver televisão na sala de estar do seu palácio, ou simplesmente a andar em liberdade. Os outros lesados do BES não têm de assistir a isto. Mas Ricardo Salgado dorme com o homem que o lesou. Não admira que não consiga dormir totalmente descansado.
(Crónica publicada na VISÃO 1357 de 7 de março)

16 de Março de 1825: Nasce Camilo Castelo Branco, em Lisboa, autor de "Amor de Perdição", "A Queda de Um Anjo"

Camilo Castelo Branco, gravura de Francisco Pastor

Camilo Castelo Branco nasce em Lisboa a 16 de março de 1825, autor de "Amor de Perdição", "A Queda de Um Anjo"
Novelista entre os anos 50 e 80 do século XIX e um dos grandes génios da Literatura Portuguesa, Camilo Ferreira Botelho Castelo Branco nasceu a 16 de Março de 1825, em Lisboa, e suicidou-se a 1 de Junho de 1890 em S. Miguel de Seide, Famalicão. Órfão de mãe aos dois anos e de pai aos nove, passou, a partir desta idade, a viver em Vila Real com uma tia paterna. Aos 16 anos, casou-se com Joaquina Pereira, em Friúme, Ribeira de Pena. Em 1844, instalou-se no Porto com o intuito de cursar Medicina, acabando por não passar do 2.o ano. Em 1845, estreou-se na poesia e no ano seguinte no teatro e também no jornalismo - actividade, aliás, que nunca abandonaria. Viúvo desde 1847, fixou-se definitivamente no Porto a partir de 1848 (onde, em 1846, já estivera preso por ter raptado Patrícia Emília, um dos seus tumultuosos amores, de quem teria uma filha). De 1849 a 1851 consolidou a sua actividade jornalística, retomou o teatro, estreou-se no romance com Anátema (1851), conheceu a alta-roda portuense bem como os meios boémios e foi protagonista de aventuras romanescas.
Em 1853, abandonou o curso de Teologia no Seminário Episcopal, fundou vários jornais e em 1855 tornou-se o redactor principal de O Porto e de Carta. Nessa altura, o seu nome começava a soar nos meios jornalísticos e literários do Porto e de Lisboa: já alimentara várias polémicas e publicara alguns romances. Mas foi a partir de 1856 que atingiu a maturidade literária (no domínio dos processos de escrita) com o romance (por alguns autores considerado novela) Onde Está a Felicidade?. Foi ainda neste ano que iniciou o relacionamento amoroso com Ana Plácido, casada desde 1850 com Manuel Pinheiro Alves.
Por proposta de Alexandre Herculano, foi eleito sócio da Academia Real das Ciências de Lisboa em 1858 - ano em que nasceu Manuel Plácido, filho de Camilo e de Ana Plácido. Em 1860, Manuel Pinheiro Alves desencadeou o processo de adultério: em Junho foi presa a mulher e a 1 de Outubro Camilo entregou-se na cadeia da Relação do Porto. D. Pedro V visitou-o, em 1861, na cadeia, e a 16 de Outubro desse ano os réus foram absolvidos. Era intensa a actividade literária de Camilo (não sendo a esse facto de todo alheias as dificuldades económicas): entre 1862 e 1863, o escritor publicou onze novelas e romances atingindo uma notoriedade dificilmente igualável. Em 1864, fixou-se na quinta de S. Miguel de Seide (propriedade de Manuel Pinheiro Alves que, entretanto, falecera em 1863) e nasceu-lhe o terceiro filho, Nuno. Quatro anos depois, dirigiu a Gazeta Literária do Porto; em 1870 iniciou o processo do viscondado (o título ser-lhe-ia atribuído em 1885) e, em 1876, tomou consciência da loucura do segundo filho, Jorge. No ano seguinte morreu Manuel Plácido. A partir de 1881, agravaram-se os padecimentos, incluindo a doença dos olhos que o afectava. Em 1889, por ocasião do seu aniversário, foi objecto de calorosa homenagem de escritores, artistas e estudantes, promovida por João de Deus. No ano seguinte, já cego, impossibilitado de escrever (a escrita foi, no fim de contas, a sua grande paixão), suicidou-se com um tiro de revólver. A casa de Seide é hoje o museu do escritor e na sua vizinhança foram inauguradas, a 1 de Junho de 2005, as novas instalações do Centro de Estudos Camilianos.
Camilo foi o primeiro escritor profissional entre nós. Dotado de uma capacidade prodigiosa para efabular narrativas, conhecedor profundo do idioma, observador, ora complacente ora sarcástico, da sociedade (sobretudo da aristocracia decadente e da burguesia boçal e endinheirada), inclinado (por gosto, por temperamento e formação) para a intriga e análise passionais (muitas vezes atingindo o sublime da tragédia, como no Amor de Perdição), este genial autor romântico deixou-nos uma obra incontornável (apesar de irregular) na evolução da prosa literária portuguesa. De facto, foi na novela passional e no "romance de costumes" que Camilo se notabilizou, legando-nos uma série de personagens ainda hoje inesquecíveis, quadros e situações que valem pela espontaneidade narrativa, pelo ritmo avassalador da ação, pela sugestão realista e ainda pela novidade temática, como em A Queda dum Anjo. A sua versatilidade literária e criadora (aliada à necessidade de não perder o público com a progressiva influência de Eça e de Teixeira de Queirós) levaram-no a assimilar (depois de ter parodiado) a atitude estética e os processos de escrita do Realismo e do Naturalismo, visíveis nesse notável livro que é A Brasileira de Prazins e em certa medida já iniciados com Novelas do Minho.
A sua arte de narrar constituiu, a par da de Eça de Queirós, um modelo literário para muitos escritores, principalmente até meados do século XX.
As suas obras principais são: A Filha do Arcediago, 1855; Onde está a Felicidade?, 1856; Vingança, 1858; O Romance dum Homem Rico, 1861; Amor de Perdição, 1862; Memórias do Cárcere, 1862; O Bem e o Mal, 1863; Vinte Horas de Liteira, 1864; A Queda dum Anjo, 1865; O Retrato de Ricardina, 1868; A Mulher Fatal, 1870; O Regicida, 1874; Novelas do Minho, 1875-1877; Eusébio Macário, 1879; A Brasileira de Prazins, 1882.
Além destas obras em prosa narrativa, assinale-se ainda os outros géneros (ou domínios) pelos quais se repartiu o labor de Camilo: poesia, teatro (de que se devem destacar O Morgado de Fafe em Lisboa, 1861, e O Morgado de Fafe Amoroso, 1865), dezenas de traduções (do francês e do inglês), polémica, prefácios, biografia, história, crítica literária, jornalismo e epistolografia (compreendendo mais de duas mil cartas).
Camilo Castelo Branco. In Infopédia [Em linha]. Porto: Porto Editora, 2003-2013.
wikipedia (Imagem)

Amor de Perdição 

Novela composta em 1861, por Camilo Castelo Branco, durante o tempo em que o autor esteve preso por adultériona cadeia da Relação do Porto. Foi baseada num episódio real da vida de um tio seu, Simão Botelho, que lhe teriasido contado por uma tia, e cujo registo o autor teria encontrado nos livros de assentamentos da cadeia. Noentanto, a manipulação e a ficção, por parte de Camilo, são de tal forma livres, que o converteu na novelasentimental mais famosa do Romantismo português.
O enredo é ultra romântico: os protagonistas, Simão e Teresa, filhos de duas famílias inimigas de Viseu, osBotelhos e os Albuquerques, apaixonam-se. A conselho de Baltasar Coutinho, primo e prometido de Teresa,despeitado pelo ciúme, Tadeu de Albuquerque decide encerrar a filha no convento de Monchique, no Porto. Simãoespera-os à saída de Viseu, trava-se de razões com Baltasar e mata-o a tiro, entregando-se logo à justiça. Presona cadeia da Relação do Porto, é condenado ao degredo. Ao embarcar para a Índia, Simão ainda consegue avistaro vulto da sua amada, que se despede dele, já moribunda, esgotada pela desgraça. Horas depois, Simão tomaconhecimento da morte de Teresa e morre também. A personagem mais verdadeira da novela, e que rompe com oconvencionalismo romântico, é, contudo, Mariana, uma rapariga do povo, boa e abnegada, que, sentindo porSimão um amor absoluto e sem esperança, serve de intermediária entre Simão e Teresa, decidindo depoisacompanhá-lo no exílio e suicidar-se após a morte dele, abraçando-se ao seu cadáver atirado ao mar.
À narrativa passional e trágica, onde o amor, o ódio e a vingança, nos seus múltiplos cambiantes surgemextremados, estaria também subjacente, segundo alguns estudiosos da obra camiliana, uma intenção de críticasocial, pretendendo Camilo denunciar a obediência cega da sociedade ao preconceito obsoleto da honra familiar.
Amor de Perdição. In Infopédia [Em linha]. Porto: Porto Editora, 2003-2013
in blogue estórias da história

sexta-feira, 15 de março de 2019

15 de março: Dia Mundial do Sono

O Dia Mundial do Sono celebra-se a 15 de março e é uma iniciativa da Associação Mundial de Medicina do Sono (World Association of Sleep Medicine) que se comemora anualmente em cerca de 75 países do mundo e que chama a atenção para a importância do sono regular diário. O seu objetivo é celebrar o sono e diminuir os problemas relacionados com a privação do sono existentes na sociedade. Sabe-se que a privação do sono tem impacto na saúde e bem-estar da pessoa. Quem dorme mal tem mais propensão a desenvolver doenças cardiovasculares, obesidade, hipertensão, diabetes, cancro, Alzheimer ou doenças psiquiátricas. Não dormir o necessário afeta o raciocínio, a concentração e a memorização da pessoa, que está mais suscetível a cometer lapsos como esquecimentos ou distrações, ou a sofrer acidentes de viação. Irritabilidade e mudanças de humor bruscas são também observáveis em pessoas que dormem mal. 45% da população mundial é afetada por distúrbios de sono. De acordo com a Associação Mundial de Medicina do Sono, 21% dos adultos dorme menos de seis horas por dia. Estima-se que 25% dos portugueses sofre de insónia crónica, com especial incidência nas mulheres e idosos.
Cuide da sua saúde. 
Durma bem!

Ilusão de ótica de Mário Afonso, 9ºA

Trabalho elaborado no âmbito da disciplina de Educação Visual subordinado ao tema "Ilusões de ótica"
Mário Afonso, nº 21, 9ºA
Professora de E.V. Eugénia Pequito


15 de março:Jovens estudantes em greve às aulas pelo clima


As alterações climáticas não são uma prioridade para os cidadãos europeus e, ainda menos, para os portugueses (Eurobarómetro 2018). Exercendo a sua responsabilidade pelo sistema terrestre, os jovens decidiram fazer, em conjunto, greve às aulas pelo clima como estratégia para influenciar a mudança de mentalidades e de comportamentos, exercer pressão sobre os decisores políticos e passar a palavra.

quinta-feira, 14 de março de 2019

Resultados do Concurso Lire, C´est Top!

Parabéns aos vencedores e a todos os participantes!


14 de março Dia do Pi 3,141592653589793238462643383279502884197169399375105820974944592307816406286

Eu sou o misterioso Pi ...
Com asas de colibri!
Gosto de voar pela Matemática ...
Com a minha alma lunática!
Dizem que sou um número irracional ...
Porém possuo uma magia especial!
Eu sou um número infinito ...
Vagueando pelo universo bonito!
Comigo é possível calcular a circunferência ...
Da energia redonda da paciência!
Dizem que sou 3,14, mas sou muito mais ...
Estou perdido no diâmetro da paz!
Uma vez, um perfumista ...
Com alma de artista ...
Descobriu com toda a paciência ...
O aroma e a real essência ...
De dentro de mim, o número Pi ...
Com asas suaves de colibri!
Ele notou que tenho cheiro de baunilha ...
Bailando no ar, que maravilha!
Eu sou o misterioso Pi ...
Com asas de colibri!
Gosto de voar pela Matemática ...
Com a minha alma lunática.


Autor desconhecido
3,1415926535897932384


terça-feira, 12 de março de 2019

Semana da Leitura: Encontro com o escritor José António Franco dia 13 de março

O escritor José António Franco marcou encontro, a 13 de março, na Semana da Leitura, com os alunos  de 6º ano da Escola Clara de Resende. 


Quem é José António Franco?
Poeta e ficcionista, José António Franco, professor de inglês, nasceu em Coimbra em 1951.
Tem-se dedicado à didática da poesia, trabalhando essencialmente com crianças e jovens dos Ensinos Básico e Secundário com quem partilha o prazer de ouvir e dizer o poema.
É formador de professores, educadores e bibliotecários.
Bolseiro Fulbright (pela Comissão Cultural Luso-Americana), na State University of New York, College at Potsdam, 1979. Galardoado no Prémio Alves Redol de Revelação de Conto, Vila Franca de Xira, 1990.
Venceu o X Prémio de Conto Joaquim Namorado, Figueira da Foz, 1993.
Em 1997 foi galardoado pelo Instituto de Inovação Educacional no Concurso "Experiências Inovadoras no Ensino" pelo projeto A Poesia como Estratégia.
Em 2002 fundou Os Jograis da Bonifrates.





Estou a Ler! Semana da Leitura


segunda-feira, 11 de março de 2019

Semana da Leitura: 11 a 15 de março

Programa Dia da Escola


Programa Musical Dia da Escola


11 de Março de 1818: É publicado o romance "Frankenstein", de Mary Shelley

Frankenstein ou o Moderno Prometeu é publicado em 11 de Março de 1818. O livro, de autoria de Mary Wollstonecraft Shelley, de apenas 21 anos, é considerado por muitos como o primeiro romance de ciência ficção e terror da história. No enredo de Mary, um cientista dá vida a uma criatura construída de partes desmembradas de cadáveres. A criatura, doce e intelectualmente dotada, é enorme e fisicamente horrenda. Cruelmente rejeitada pelo seu criador, vagueia pelo mundo buscando companhia, tornando-se crescentemente brutal à medida que fracassa em encontrar um companheiro.
Pode-se comparar o Dr. Victor Frankenstein ao titã grego, Prometeu. Prometeu apoderou-se do fogo divino de Zeus, dotando os homens comuns de evolução distinta de outros animais e, assim como o ser supremo, também gozava da criação humana. Furioso, devido ao roubo do fogo divino, Zeus castigou Prometeu e acorrentou-o no cume do monte Cáucaso, propiciando que um terrível abutre dilacerasse o seu fígado, que sempre se regenerava por conta de sua imortalidade.

Zeus ordenou o castigo a Prometeu por 30 mil anos, mas o condenado foi libertado por Hércules que deixou em seu lugar o deus da medicina, o centauro Quíron, que já estava condenado em virtude de ferida eterna causada por uma flecha terrivelmente envenenada. Num gesto nobre, Quíron oferece a sua imortalidade em prol da libertação de Prometeu, com a intenção de acabar com o seu sofrimento eterno.
Mary Shelley criou a história numa chuvosa tarde de 1816 em Genebra, onde se hospedava com seu marido, o poeta Percy Bysshe Shelley e o amigo Byron, que propôs a cada um deles que escrevessem uma história macabra de fantasmas. Apenas Mary completou a sua. Embora servisse de base para histórias de horror e inspiração para inúmeros filmes no século XX, o livro Frankenstein é muito mais que uma ficção popular. A trama explora temas filosóficos e desafia ideais românticos acerca da beleza e dos valores da natureza.

Mary Shelley levou uma vida quase tão tumultuada quanto o monstro que criou. Filha do filósofo livre-pensador William Godwin e da feminista Mary Wollstonecraft, perdeu a sua mãe dias após o seu nascimento. Discutia com a sua madrasta, sendo enviada para a Escócia para viver com parentes adoptivos durante a adolescência. Quando tinha 17 anos, fugiu com o poeta Shelley, que era casado. Após a mulher do poeta cometer suicídio, em 1817, o casal contraiu matrimónio e passou muito tempo no estrangeiro, buscando escapar dos credores. Mary deu à luz a cinco filhos, mas apenas um deles viveu até à idade adulta. Ela tinha apenas 24 anos quando Shelley morreu afogado num acidente marítimo. Posteriormente, editou dois volumes de obras poéticas do falecido marido.
Passou a viver de uma pequena pensão do seu sogro, Lorde Shelley, até que o filho dela herdasse a fortuna e o título do sogro em 1844. Mary Shelley morreu aos 53 anos. Sendo uma respeitada escritora, Frankenstein e os seus diários ainda continuam a ser amplamente lidos.

Fontes: Opera Mundi
wikipedia (imagens)
Frontispício de uma edição inglesa de Frankenstein, de Mary Shelley, publicada pela Colburn and Bentley em 1831. Gravura feita por Theodor von Holst (1810-1844)

Retrato de Mary Shelley por Richard Rothwell exposto na Royal Academy em 1840, acompanhado pela leitura do poema de Percy Shelley'sThe Revolt of Islam onde a apelidava de "criança de amor e luz"

11 de Março de 1955: Morre o cientista Alexander Fleming, Nobel da Medicina, que descobriu a penicilina.

A 11 de Março de 1955: Morre o cientista Alexander Fleming, Nobel da Medicina, que descobriu a penicilina.
Alexander Fleming nasceu em Lochfield, no condado escocês de Ayr, no Reino Unido, no dia 6 de Agosto de 1881. Formou-se na escola de medicina do Hospital Saint-Mary, em Londres. Cedo começou a pesquisar os princípios activos antibacterianos, que acreditava não serem tóxicos para o tecido humano. Durante a Primeira Guerra Mundial, serviu no corpo médico da Marinha, nas frentes de batalha, e viu muitas mortes por infecção. Findada a guerra, foi nomeado professor de bacteriologia do Hospital Saint-Mary e posteriormente foi nomeado director adjunto.
Em 1921 identificou e isolou a lisozima, uma enzima bacteriostática, que impede o crescimento de bactérias, presente em certos tecidos e secreções animais, como a lágrima e a saliva humanas, e na albumina do ovo.
Em 1928 era professor do colégio de cirurgiões e estudava o comportamento da bactéria Staphylococcus aureus, quando observou uma substância que se movia em torno de um fungo da espécie Penicillium notatum, demonstrando grande capacidade de absorção dos estafilococos. Fleming baptizou essa substância com o nome de penicilina e, um ano mais tarde, publicou os resultados do estudo no British Journal of Experimental Pathology. Não pareciam então promissoras as tentativas de aplicar esse material ao tratamento das infecções humanas, devido a sua instabilidade e falta de potência. Anos depois, um grupo de pesquisadores da Universidade de Oxford interessou-se pela possibilidade de produzir penicilina estável para fins terapêuticos.
Uma década após a publicação da pesquisa de Fleming, os americanos Ernst Boris Chain e Howard Walter Florey conseguiram isolar a penicilina em estado anidro. Em 1941 o produto começou a ser comercializado nos Estados Unidos, com excelentes resultados terapêuticos no tratamento de doenças infecciosas. Fleming foi reconhecido universalmente como descobridor da penicilina e eleito membro da Royal Society em 1943. Um ano depois, foi sagrado cavaleiro da coroa britânica.
Em 1945, Sir Alexander Fleming obteve novo reconhecimento pelo seu trabalho de pesquisa ao receber o Prémio Nobel de fisiologia e medicina, em conjunto com os americanos Chain e Florey. O cientista teve oportunidade de acompanhar a repercussão da sua descoberta e a evolução dos antibióticos, medicamentos dos mais utilizados no mundo e responsáveis pela cura de doenças graves, como a tuberculose.
Alexander Fleming faleceu em Londres no dia 11 de Março de 1955, de ataque cardíaco.

Fontes: https://www.ebiografia.com
wikipédia (imagens)
Fleming num selo das Ilhas Faroe