quinta-feira, 28 de novembro de 2019

Feliz dia de Ação de Graças: 5ª feira, 28 nov 2019

O Dia de Ação de Graças, conhecido em inglês como Thanksgiving Day, é um feriado celebrado sobretudo nos Estados Unidos, no Canadá e nas ilhas do Caribe, celebrado na 4ª quinta feira de novembro.

É um dia de gratidão a Deus, com orações e festas, por todas as bênçãos recebidas ao  longo do ano.

O peru é uma das principais tradições do feriado e, por isso, essa data também é conhecida como  Turkey Day (Dia do Peru).  Nesse dia de agradecimento  fazerem parte da mesa outras iguarias tais como; puré de batata, torta de abóbora e molho de amora
Feliz dia de Ação de Graças!

Estou grato(a) por...

O Professor (1995)


Sinopse:
Em 1964 um músico (Richard Dreyfuss) decide começar a lecionar, para ter mais dinheiro e assim se dedicar a compor uma sinfonia. Inicialmente ele sente grande dificuldade em fazer com que seus alunos se interessem pela música e as coisas complicam-se quando sua mulher (Glenne Headly) dá luz a um filho, que o casal vem a descobrir mais tarde que é surdo. Para poder financiar os estudos e o tratamento do filho, envolve-se cada vez mais com a escola e com os seus alunos, deixando de lado o sonho de se tornar um grande compositor. 
(...)

Duração: 2h 20min
Direção: Stephen Herek
Elenco: Richard Dreyfuss, Glenne Headly, Jay Thomas mais
Géneros: Drama, Musical
Nacionalidade: EUA

quarta-feira, 27 de novembro de 2019

Entrevista exclusiva a José Eduardo Agualusa


José Eduardo Agualusa nasceu na cidade do Huambo, em Angola, a 13 de dezembro de 1960. Estudou Agronomia e Silvicultura. Viveu em Lisboa, Luanda, Rio de Janeiro e Berlim. É romancista, contista, cronista e autor de literatura infantil.

segunda-feira, 25 de novembro de 2019

Clara em Ação no Projeto Erasmus: Catch the European Sun

Erasmus Plus, professores da Escola Clara de Resende realizam o seu primeiro encontro de trabalho no IIS Pertini- Montini-Cuoco em Campobasso -Itália 25 a 29 de novembro de 2019
Uma semana rica e intensa que acabamos de passar no I.I.S. Pertini-Montini-Cuoco di Campobasso, liderado pelo diretor da escola Prof. Umberto Di Lallo, que mais uma vez apoia um ambiente de aprendizagem aberto à dimensão europeia e cooperação internacional.
Graças ao projeto Erasmus + "Catch the European Sun", os quatro complexos do Instituto foram visitados por uma delegação composta por diretores de escolas e professores da Polónia, Portugal, Grécia e Turquia.
O sucesso da iniciativa deve-se a uma intensa discussão sobre o tema-chave do projeto, a educação dos jovens para ouso de fontes de energia renováveis amigas do ambiente.
Além das visitas as diferentes escolas do IIS Pertini-Montini-Cuoco visitamos empresas para conhecer o tecido económico de Molise e realizamos visitas culturais para divulgação das tradições locais. Tudo decorreu numa atmosfera de um saudável convívio e entendimento entre os parceiros.
Em março de 2020, o Instituto Pertini-Montini-Cuoco receberá novamente a delegação de estudantes e professores de países parceiros para a criação de mochilas equipadas com pequenos painéis solares com o objectivo de carregar smartphones e tablets.
Mais uma oportunidade de envolver professores e alunos num processo de internacionalização, preparando futuros cidadãos de amanhã, oferecendo-lhes momentos de crescimento pessoal, social e cultural, ativados por meio de contatos internacionais, além de focar a atenção na proteção ambiental, graças ao uso de novas tecnologias.
A cultura é construída na escola e os projetos Erasmus + são uma ótima ferramenta nessa construção.
A equipa Eramus +

Alda Dias, Carla Duarte, Isabel Pinto, Helena Fernandes e Maria João Magalhães
 professoras envolvidas no projeto, em viagem para Itália "to catch the european sun".


A equipa Eramus +
Alda Dias, Carla Duarte, Isabel Pinto, Helena Fernandes e Maria João Magalhães

 professoras envolvidas no projeto, em viagem  "to catch the european sun".

Poema "Confia em ti!"


"A escola ideal é onde se entra pela Biblioteca" segundo António Novoa

Nesta entrevista à Biblioo,  António Novoa, professor catedrático do Instituto de Educação da Universidade de Lisboa e reitor honorário da mesma universidade, fala sobre educação, escola sem partido e o papel das bibliotecas no processo educacional.

E assim é na nossa Escola, a Escola Clara de Resende!

"É um facto,  a Biblioteca da Escola Clara de Resende é efetivamente a sala de visitas da escola onde somos sempre muito bem recebidos!"
Ana Paula Velasquez

Poema "A Escola" de Sofia Albite, 5ºF


"A Escola"
A Sofia acordou com o despertador,
Já sorria,
Rápido se vestiu,
Rápido comeu,
Ansiosa por ir ter com as amigas, rápido fugiu.
Encontrou a Madalena, que divertida que ela estava!
Fugiram as duas,
Que pouco tempo lhes restava!
Encontraram-se com a Joana,
A comer uma banana,
Pouco tempo lhes restava,
Mas como a Joana é divertida,
Estava nas calmas, bacana.
Encontramos a caminho da escola,
a Eloíde a comer uvas
e a tirar a pevide.
A caminho da escola nós estávamos,
A vir de autocarro,
Se calhar ainda dá tempo para comer um gelado!
Comemos, comemos e fartá-mo-nos de rir,
Chegou a hora de ir para a escola,
Para o balneário me vou vestir.
Chegamos a tempo para a Educação Física,
Já todas equipadas. Chegou a hora de ir
embora, porque agora é vez da escola.

Autor: Sofia Albite Pereira Gomes da Costa
Turma: 5º F

sexta-feira, 22 de novembro de 2019

Alterações Climáticas e Justiça Climática | famalicão - Workshop


As alterações climáticas vieram para ficar. Mas qual a sua verdadeira extensão? A proteção das populações contra os efeitos das alterações climáticas é uma obrigação dos decisores políticos? Deve a proteção das pessoas face aos efeitos das alterações climáticas ser considerada como um direito humano?
Esta e outras questões lançam o mote para o workshop que conta com a participação de reputados especialistas em alterações climáticas, em questões jurídicas e cidadãos que corajosamente abraçaram um processo judicial contra a Comissão e o Parlamento Europeu, no qual exigem maior ambição europeia nas metas traçadas para combate às alterações climáticas.
Dia 23 de novembro, venha conhecer os factos, os argumentos, as histórias e debater o assunto!
Esta é uma organização conjunta entre a ZERO - Associação Sistema Terrestre Sustentável e a Famalicão em Transição, contando com o apoio da Fundação Cupertino de Miranda.

Entrada livre mediante inscrição em   https://bit.ly/31Lk4tS 

quinta-feira, 21 de novembro de 2019

6A Visita de estudo à Assembleia da República

6A na Assembleia da República

No dia 14 de novembro os alunos/as do 6ºA participaram numa visita de estudo guiada à Assembleia da República, com a diretora de turma, Laurentina Alegria e mais 2 professores para terem oportunidade de perceber como era a vida de um deputado e até conhecer melhor a Assembleia da República. Esta visita insere-se nos conteúdos das disciplinas C&D (Cidadania e Desenvolvimento) e HGP (História e Geografia de Portugal).
Esta visita iniciou-se com uma visita guiada, pelas salas e corredores mais importantes e significativos da Assembleia. De seguida, a turma teve uma conversa com uma deputada para perceberem a vida de um deputado e os seus deveres para com o seu país e participaram num mini debate, à semelhança dos trabalhos dos deputados. O almoço realizou-se na cantina da Assembleia da República juntamente com alguns deputados. Assistiram ao debate da parte da tarde na sala principal. Os alunos/as demonstraram muito interesse e entusiasmo, tendo-se a visita revelado uma boa experiência para a aprendizagem política e de cidadania dos mesmos.
De seguida regressaram ao Porto. Foi um dia cansativo mas vieram muito contentes com o que viram e aprenderam.
Margarida Perfeito, 6ºA

Sustentabilidade e Educação Ambiental

A turma do 6ºC tem desenvolvido durante o 1º período, na disciplina de cidadania e desenvolvimento, com a professora Laurentina Alegria, o tema da Sustentabilidade e da Educação Ambiental, através de vídeos, esquemas, debates e conversas.
Realizamos vários trabalhos, incluindo o projeto no qual ainda estamos a trabalhar, e em que toda a turma está a colaborar.
Uma das frases que a nossa professora nos disse foi: “A educação ambiental é um processo de aprendizagem permanente baseado no respeito a todas as formas de vida.”


Mafalda Lima
 6ºC

terça-feira, 19 de novembro de 2019

Mudam-Se Os Tempos, Mudam-Se As Vontades, José Mário Branco


Mudam-Se Os Tempos, Mudam-Se As Vontades
José Mário Branco

Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades,
Muda-se o ser, muda-se a confiança;
Todo o mundo é composto de mudança,
Tomando sempre novas qualidades.

Ref: E se tudo o mundo é composto de mudança,
Troquemo-lhes as voltas que ainda o dia é uma criança.

Continuamente vemos novidades,
Diferentes em tudo da esperança;
Do mal ficam as mágoas na lembrança,
E do bem, se algum houve, as saudades.

Mas se tudo o mundo é composto de mudança,
Troquemo-lhes as voltas que ainda o dia é uma criança.

O tempo cobre o chão de verde manto,
Que já coberto foi de neve fria,
E em mim converte em choro o doce canto.

Mas se tudo o mundo é composto de mudança,
Troquemo-lhes as voltas que ainda o dia é uma criança.

E, afora este mudar-se cada dia,
Outra mudança faz de mor espanto:
Que não se muda já como soía.

Mas se tudo o mundo é composto de mudança,
Troquemo-lhes as voltas que ainda o dia é uma criança.

                                                                                                        

sábado, 16 de novembro de 2019

16 de novembro: Dia Internacional da Tolerância “tolerância é um ato de humanidade”

A data foi aprovada pelos estados membros da UNESCO após a celebração, em 1995, do Ano das Nações Unidas para a Tolerância.

A celebração do Dia Internacional da Tolerância visa promover o bem estar, progresso e liberdade de todos os cidadãos, assim como fomentar a tolerância, respeito, diálogo e cooperação entre diferentes culturas, povos e civilizações. É um dia destinado não só aos governos e organizações mas também às comunidades e aos cidadãos, cabendo a todos promover a tolerância no seu espaço e no mundo.
-se neste dia encontros, debates, campanhas de informação, entre outras iniciativas. O ênfase vai para a educação para a tolerância e para as várias formas de injustiça, opressão, racismo e discriminação, assim como para as consequências deste na sociedade.

Declaração Universal dos Direitos Humanos
A instauração da data é baseada na Declaração Universal dos Direitos Humanos, nomeadamente nos artigos 18, 19 e 26:
  • Todas as pessoas têm direito à liberdade de pensamento, consciência e religião.
  • Todos têm direito à liberdade de opinião e expressão.
  • A educação deve promover a compreensão, a tolerância e a amizade entre todas as nações, grupos raciais e religiosos.
Na sua mensagem para o Dia Internacional da Tolerância, a Diretora-Geral da UNESCO, Audrey Azoulay, considera que a “tolerância é um ato de humanidade, que devemos sustentar e promover no dia-a-dia das nossas vidas, para nos alegrar com a diversidade que nos torna fortes e os valores que nos unem”. Azoulay relembrou a declaração da UNESCO sobre os Princípios da Tolerância, onde a tolerância é reconhecida como o respeito e valorização das várias culturas mundiais, das nossas formas de expressão e das formas de ser humano. A tolerância também faz parte da “universalidade dos Direitos Humanos e das liberdades fundamentais de cada um”.
O fortalecimento da tolerância, promovido pelo entendimento mútuo entre culturas e povos é um dos valores fundamentais da Carta da Organização das Nações Unidas e da Declaração Universal dos Direitos do Homem. 
Atualmente, com o rápido crescimento de extremismos e conflitos no nosso mundo, o Dia Internacional da Tolerância tem grande importância para a ONU. De forma a combater a intolerância, as Nações Unidas definiram cinco pontos fundamentais:
  • A luta contra a intolerância necessita leis;
  • A luta contra a intolerância necessita educação;
  • A luta contra a intolerância necessita acesso à informação;
  • A luta contra a intolerância necessita sensibilização individual;
  • A luta contra a intolerância necessita soluções locais.

O Dia Internacional da Tolerância é celebrado desde 1996, pela UNESCO. De realçar que ainda nos encontramos na Década Internacional para a Aproximação das Culturas (2013-2022), com objetivo de promover o diálogo intercultural. Mais recentemente, as Nações Unidas lançaram a campanha “TOGETHER” para promover tolerância, respeito e dignidade em todo o mundo, com especial enfoque na redução das atitudes negativas em relação aos refugiados e migrantes.

sexta-feira, 15 de novembro de 2019

Notícias Associação de Pais


Visita de Estudo ao planetário 10ºB e 10º C


IX Jornadas da Rede de Bibliotecas da Maia - Mediar + Literacias

15.11 // SEXTA
  • 09H30 // SESSÃO DE ABERTURA
  • 10H00 // COMUNICAÇÕES
RAQUEL PATRIARCA // A Bactéria das Histórias: mediação da leitura para a infância como uma atividade de contágio.
PAULA CUSATI // Mediar leituras para cultivar leitores.
  • 11H00 // INTERVALO
  • 11H15 // OFICINAS
[Of1] RAQUEL PATRIARCA // Mentir honestamente para chegar à verdade: uma proposta de atividade de leitura para “As aventuras de Pinóquio” de Carlo Collodi.
[Of2] PAULA CUSATI // Mediar leituras cultivando leitores curiosos, reflexivos e críticos.
[Of3] BENITA PRIETO // Leitura digital, leitura sem fronteiras.
[Of4] SÉRGIO DENICOLI // Dados de internet: metodologias e aplicações práticas.
  • 14H30 // COMUNICAÇÕES
BENITA PRIETO // Agenda 2030: leitura digital e ODS
SÉRGIO DENICOLI // Fake News e desinformação: desafios e contextos da era dos dados.
  • 5 // OFICINAS
[Of1] RAQUEL PATRIARCA // Mentir honestamente para chegar à verdade: uma proposta de atividade de leitura para “As aventuras de Pinóquio” de Carlo Collodi.
[Of2] PAULA CUSATI // Mediar leituras cultivando leitores curiosos, reflexivos e críticos.
[Of3] BENITA PRIETO // Leitura digital, leitura sem fronteiras.
[Of4] SÉRGIO DENICOLI // Dados de internet: metodologias e aplicações práticas.
  • 17H30 // INTERVALO
  • 18H00 // CONFERÊNCIA
MARIA JOSÉ VITORINO // O que tem o mediador que é diferente dos outros?
  • 21H00 // PROGRAMA SOCIAL
ENCONTRO COM O ESCRITOR // Paulo José Miranda (1.º Prémio Saramago).

16.11 // SÁBADO
  • 09H30 // COMUNICAÇÕES
JORGE SILVA // Virtualidades e equívocos do conceito de mediação aplicado aos Clubes de Leitura/Comunidades de Leitores.
PAULO M. MORAIS // Fazer a ponte: a mediação entre alunos numa escola diferente
CARLA PEIXOTO // As potencialidades do livro de histórias para a promoção de competências socioeconómicas e de literacia emergente nas crianças
SOFIA FERREIRA // Para além das histórias: literacia familiar e a aprendizagem da escrita
  • 12H00 // REFLEXÃO FINAL E ENCERRAMENTO


segunda-feira, 11 de novembro de 2019

11 de novembro: Dia de São Martinho

O Dia de São Martinho é celebrado anualmente a 11 de novembro.

"No dia de São Martinho, pão, castanhas e vinho"
Este dia é uma das celebrações que marcam o outono e a tradição exige celebrar-se a data com um magusto (festas onde se assam castanhas).
O São Martinho festeja-se numa época do ano marcada pela colheita da castanha (feita durante os meses de outubro, novembro e dezembro) e por isso, é natural que ela seja convidada para fazer parte da festa!

Mas há histórias que contam que a origem dos magustos até está no Dia de Todos os Santos, 1 de novembro. Diz-se que se terá começado por preparar mesas com castanhas por altura de novembro para que os espíritos dos mortos da família aparecessem e as pudessem comer!

Mas nem só de castanhas se faz a tradição do São Martinho, a 11 de novembro. Num magusto a sério, deve acender-se uma fogueira e, no caso dos mais crescidos, beber jeropiga e o vinho de São Martinho (o vinho das novas colheitas, depois das vindimas, em setembro e em outubro).

História de São Martinho
Martinho de Tours foi um militar, monge, bispo e santo católico, nascido a 316 e falecido a 397.
A lenda conta que certo dia, um soldado romano chamado Martinho, estava a caminho da sua terra natal. O tempo estava muito frio e Martinho encontrou um mendigo que lhe pediu esmola. Martinho rasgou a sua capa em dois e deu uma metade ao mendigo. De repente o frio parou e o tempo aqueceu. Este acontecimento acredita-se que tenha sido a recompensa por Martinho ter sido bom para com o mendigo.
São Martinho 
Por norma, na véspera e no Dia de São Martinho o tempo melhora e o sol aparece, tal como sucedeu com São Martinho. Este acontecimento é conhecido como o Verão de São Martinho.
São Martinho tornou-se no padroeiro dos mendigos, alfaiates, peleteiros, soldados, cavaleiros, curtidores, restauradores e produtores de vinho.

Frases e Provérbios de São Martinho
  • Por S. Martinho semeia fava e o linho.
  • Se o inverno não erra o caminho, tê-lo-ei pelo S. Martinho.
  • Se queres pasmar o teu vizinho, lavra, sacha e esterca pelo S. Martinho.
  • No dia de S. Martinho, vai à adega e prova o vinho.
  • No dia de S. Martinho, castanhas, pão e vinho.
  • No dia de S. Martinho com duas castanhas se faz um magustinho.
  • Dia de S. Martinho, fura o teu pipinho.
  • Dia de S. Martinho, lume, castanhas e vinho.
  • Pelo S. Martinho, todo o mosto é bom vinho.
BOM SÃO MARTINHO!
SMRPNAIRDA

domingo, 10 de novembro de 2019

Biblioteca de Autores: Ler, ver e ouvir in Blogue RBE


Consulte aqui informação relevante sobre Autores portugueses e estrangeiros. Para tal, clique no nome do autor e a informação abrirá numa nova janela.

Uma vez que o Índice está em formato .pdf, é pesquisável. Para poupar tempo, pesquise pelo nome do autor que pretende encontrar: para tal clique com o rato no .pdf e prima CMD+F no Mac e CTRL+F no Windows.

Esta lista permanece em atualização permanente, no que respeita a estes Autores e a outros a incluir.

As Bibliotecas, ou qualquer leitor do blogue, podem fazer o download desta lista de autores e partilhá-la nas suas páginas, podendo, caso o desejem adequá-la aos seus públicos.

in Blogue RBE

sábado, 9 de novembro de 2019

9 de novembro: 30 anos da queda do Muro de Berlim

O muro que dividia Berlim e o mundo

Começou a ser construído em 1961 e foi derrubado em 1989. Mais do que dividir Berlim, o muro dividiu o mundo em dois blocos e foi o símbolo da chamada guerra fria.
Estendia-se por vários quilómetros e ocupava cerca de cem metros de largura, onde se podiam encontrar várias fileiras com muros, arame farpado, torres de vigilância e pontos de controlo.
Foi construído pelo bloco comunista com o objetivo de evitar a saída de pessoas que pretendiam abandonar a Alemanha de Leste.
Ao longo dos mais de 20 anos foram milhares de pessoas que o tentaram ultrapassar, e mais de uma dezena encontrou a morte, quando o tentava fazer.
A desagregação da União Soviética e do fim da chamada cortina de ferro, sentenciou o destino do muro e também ditou o destino da Alemanha. Dividida em zonas de influência desde a segunda guerra mundial, em 1945, o país seria reunificado em 1990.
Entre 1961 e 1989, a cidade ficou dividida em duas zonas distintas: Berlim Ocidental e Berlim Oriental.

9 de novembro de 2019: 30 anos da queda do Muro de Berlim

Alemanha atual
Bandeira da Alemanha
A Alemanha, oficialmente República Federal da Alemanha, é um país localizado no oeste da Europa  (Europa ocidental) e é uma das maiores potencias mundiais.
Faz fronteira com nove países: Áustria, Bélgica, Dinamarca, França, Luxemburgo, Países Baixos, Polónia, República Checa e Suíça.

Dados Gerais
Capital: Berlim
Extensão territorial: 357.120 km²
Habitantes: 80.688.545 habitantes (dados de 2015)
Clima: Principalmente temperado
Idioma: Alemão
Religião: Cristianismo, a maior parte seguidores do Luteranismo
Moeda: Euro
Sistema de Governo: República democrática parlamentarista
Chanceler: Angela Merkel (desde 2005)

quarta-feira, 6 de novembro de 2019

Este ano volta a haver Concurso Nacional de Jornais Escolares!

Do 1.º ao 12.º ano de escolaridade
Este ano volta a haver Concurso Nacional de Jornais Escolares!

Todos os que nas escolas básicas e secundárias se empenham na aventura que é fazer um jornal escolar têm agora um incentivo acrescido: com o PÚBLICO na Escola regressa também o concurso nacional que durante mais de 20 anos premiou e divulgou o que de melhor ia sendo publicado nos estabelecimentos de ensino portugueses.

O Concurso Nacional de Jornais Escolares, cujo regulamento será dado a conhecer em breve, está aberto à participação de jornais — em papel ou digitais — de escolas e agrupamentos de todos os níveis e ciclos da escolaridade obrigatória, do ensino público e do privado. No caso dos jornais impressos, terão de ter pelo menos três edições durante o ano letivo de 2019-20.

Desta vez, a edição do concurso não é subordinada a um tema. A ligação à atualidade — da escola e da comunidade, do país e do mundo — continua a impor-se como um dos principais critérios de valorização, mas os assuntos abordados são escolhidos pelos professores e pelos alunos.

Estimular o aparecimento das publicações escolares e contribuir para o aperfeiçoamento das existentes foi sempre enunciado como um dos objetivos basilares do PÚBLICO na Escola. Os propósitos mantêm-se: fomentar a prática de um jornalismo escolar crítico e imaginativo, alargando-o a um número maior de escolas e com redobradas preocupações de qualidade; aumentar a importância da utilização dos jornais escolares no processo de ensino/aprendizagem e na construção da identidade das escolas; fazer dos jornais escolares um instrumento cívico para a discussão de temas relevantes para a comunidade escolar e para a promoção de relações entre a escola e o meio; contribuir para o desenvolvimento da Educação para os Media.


DeClara vamos participar?

Formação B- learning Apps for Good: Presencial 6 de novembro 2019 na Escola do Cerco

6ª edição do programa Apps for Good
creditada pela Direção-Geral da Educação
O que é?
Um programa educativo tecnológico, que desafia alunos e professores a desenvolverem aplicações para smartphones ou tablets, mostrando-lhes o potencial da tecnologia na transformação do mundo e das comunidades onde se inserem. Com uma metodologia de projeto, os alunos têm oportunidade de experienciar o ciclo de desenvolvimento do produto.

O Apps for Good é um programa internacional sediado em Londres desde 2010 e fundado por Iris Lapinski. A convite da Direção-Geral da Educação, o CDI Portugal e o Apps for Good juntaram-se e lançaram o piloto em Portugal em Janeiro de 2015.

segunda-feira, 4 de novembro de 2019

"Planeta água" Águas do Porto


Poema da Semana: GÉNESIS, Jorge de Sena


GÉNESIS

De mim não falo mais: não quero nada.
De Deus não falo: não tem outro abrigo.
Não falarei também do mundo antigo,
pois nasce e morre em cada madrugada.

Nem de existir, que é a vida atraiçoada,
para sentir o tempo andar comigo;
nem de viver, que é liberdade errada,
e foge todo o Amor quando o persigo.

Por mais justiça ...-Ai quantos que eram novos
em vão a esperaram porque nunca a viram!
E a eternidade...Ó transfusão dos povos!

Não há verdade: O mundo não a esconde.
Tudo se vê: só se não sabe aonde.
Mortais ou imortais,todos mentiram.

Jorge de Sena

Jorge de Sena | 1919-1978

O homem que queria ser tudo...

ilustração de Victor Couto

Na altura em que a coleção Miniatura reedita "Sinais de Fogo", Carlos Maria Bobone escreve sobre o "romance abafado" onde Jorge de Sena tece "uma espécie de vida asfixiada num mundo pequenino".

“No romance não me restrinjo em nada: cenas, personagens, descrições sexuais, a linguagem e os gestos crus, tudo está posto friamente por claro, através de um narrador que sou e não sou eu.(…) Por enquanto, contento-me com acabar o 1º volume: o pórtico dessa recherche du temps perdu, mas contada não por um Proust mas por uma espécie de Céline na crueza que o Proust evitou.”

Assim descreve Sena a Eugénio de Andrade aquilo que, sabemo-lo, viria a ser Sinais de Fogo. Ora, aquilo que queria para o livro, conseguiu-o Sena para esta apresentação: mais do que um descritivo do seu romance, é um “pórtico” para toda a personalidade literária de Jorge de Sena. Cada palavra é quase um traço de carácter: a ambição desmedida, séria e infantil ao mesmo tempo, a vontade de tocar tudo, uma certa aspereza intelectual e até uma incerteza ou insegurança que o levava a tentear por vários caminhos literários. Sena foi tudo aquilo que escreve.

“Não me restrinjo em nada”, avisa, como em tantas das promessas de devastar o meio literário português, meio que lhe considerava tão adverso, por mais honras que lhe prestassem. Tinha, é certo, alguns inimigos de estimação, entre Natália Correia e Cesariny, que tomara de ponta a vaidade um tanto pueril de Sena e gostava de a picar. Acontece que em Sena este orgulho ferido foi várias vezes fermento poético de gabarito. Não é preciso chegar às famosas Dedicácias, em que alguns dos poemas satíricos são do mais violento que há; há, mesmo quando não se dirige a ninguém, um tom devastador na literatura de Sena. Eugénio Lisboa nota, numa apresentação à poesia de Jorge de Sena, a importância que ele dá ao mar. Sena, o marinheiro falhado contra vontade, o rapaz insatisfeito que conseguiu aplacar o nervoso no mar e se viu obrigado a desistir de o navegar, teria conservado uma imagem maravilhada do Oceano.


Conteúdo relacionado:
Jorge de Sena | arquivos rtp - inclui testemunhos de vários autores portugueses sobre a vida e obra do escritor.
Jorge de Sena | instituto camões
Jorge de Sena | Uma pequenina luz / por pedro lamares
Jorge de Sena, escritor exilado rtp ensina
Sophia de Mello Breyner Andresen & Jorge de Sena dizem a sua poesia | coleção ...dizem os poetas
Jorge de Sena | wikipédia

domingo, 3 de novembro de 2019

RBE / Fazer em rede

A Rede de Bibliotecas Escolares (RBE) afirmou-se, desde a primeira hora, como uma estrutura de apoio, partilha, inovação e transformação de práticas.
Reconhecendo o trabalho de promoção da leitura, da aprendizagem e da cultura que os professores bibliotecários realizam quotidianamente no sentido de fazerem das bibliotecas locais físicos e virtuais de referência nas suas escolas, a RBE cria a distinção Fazer em rede.
Acreditando que a partilha das boas práticas e/ou atividades que são desenvolvidas ao longodo ano letivo poderá inspirar outras bibliotecas escolares e contribuir para a disseminação deste trabalho, esta iniciativa subdivide-se em dois prémios: Prémio Boas Práticas e Prémio Atividades Top.
Para além de um prémio pecuniário, todas as escolas distinguidas no âmbito desta iniciativa receberão um troféu.

O regulamento pode ser consultado abaixo.

sábado, 2 de novembro de 2019

Atenção professores: Síndrome de Burnout, 7 tipos de sinais de alerta a que deve estar atento!

"Não aguento mais!" ou "Atingi o meu limite!" podem ser os desabafos de quem sofre da chamada Síndrome de Burnout.
Confira os sinais de alarme.
O que é a síndrome de burnout
A síndrome de burnout é uma entidade que pode surgir como resposta à exposição a um stress laboral crónico, perante o qual a pessoa sente que não tem estratégias adaptativas para lidar.
A definição deste conceito tem vindo a sofrer transformações, sendo no entanto consensual que é "uma resposta prolongada a stressores físicos e emocionais crónicos que culminam em exaustão e sentimentos de ineficácia" (Maslach et al., 2001), ou "uma resposta à pressão emocional crónica resultante do envolvimento intenso com outras pessoas no meio laboral" (Teixeira, 2002).
Apesar de poder ser desencadeada em qualquer tipo de atividade profissional, verifica-se uma maior predisposição para esta síndrome em profissionais de ajuda ou que impliquem o contato diário com pessoas a quem prestem determinado serviço (profissionais de saúde, professores, serviço social, entre outros), dada a elevada responsabilidade e exigência profissional, e o maior envolvimento emocional.

Como evoluí esta síndrome? Quais os níveis de gravidade?
De acordo com alguns autores esta síndrome pode ter 3 etapas de evolução:
  • Exaustão emocional - sensação de sobrecarga e desgaste, de exaustão física e emocional. Perceção de falta de energia para levar a cabo as atividades profissionais (e pessoais). O trabalho passa a ser visto como algo penoso e doloroso
  • Despersonalização/Desumanização - assumir de uma atitude mais distanciada na prestação de cuidados. Contactos mais impessoais e sem afetividade e pouco empáticos e humanizados com o outro. Barreiras cognitivas e emocionais em relação ao trabalho, àqueles a quem se presta serviços, aos colegas, aos superiores e à instituição
  • Baixa realização profissional - sensação de descontentamento e desmotivação com o trabalho, que conduzem à perceção de perda de sentido e interesse e consequente sensação de que o trabalho se tornou "um fardo". Como resultado, o investimento é cada vez menor, a sensação de realização profissional também e, a eficácia fica muitas vezes comprometida
7 tipos de sinais de alerta a que deve estar atento ("algo não está bem")
  • Problemas físicos: problemas gastrointestinais, taquicardia, sensação de falta de ar, tonturas, sudorese, tensão arterial elevada, problemas cardiovasculares, enxaquecas, fadiga profunda e crónica, dores e tensão muscular, alterações do sono (sobretudo insónia) e do apetite, fragilização da resposta imunitária
  • Problemas emocionais: tristeza, apatia, anedonia, alienação, frustração, raiva/revolta, tédio, desesperança, perda do orgulho e do sentimento de pertença, sensação de injustiça e falta de recompensa, irritabilidade, ansiedade, depressão, baixa autoestima, despersonalização
  • Problemas cognitivos: problemas de concentração e atenção, queixas mnésicas, confusão, maior lentificação na realização de tarefas, menor criatividade, pensamentos persistentes acerca do trabalho (ruminações), hipervigilância e necessidade de controlo
  • Problemas comportamentais: comunicação impessoal, atitude crítica, evitamento, impulsividade, reatividade, agressividade, abuso ou aumento do consumo de substâncias (tabaco, álcool, drogas, medicação), automedicação
  • Problemas sociais: isolamento, relações distanciadas ou com menor envolvimento e empatia, maior sarcasmo ou cinismo nas relações, problemas de relacionamento familiar ou menor convívio com amigos
  • Problemas existenciais: conflitos de valores e crenças, necessidade de redefinir a vida e as prioridades pessoais, raiva e revolta dirigidas à vida, alteração da visão que se tinha do ser humano
  • Problemas laborais: atrasos, absentismo, baixas médicas, turnover, maior número de erros no trabalho, menor tempo na prestação de serviços e menos cuidada, baixa realização profissional, vontade de desistir do trabalho, menor produtividade e eficácia profissional

Número de pessoas afetadas pela síndrome de burnout
Segundo dados de 2016 da Associação de Psicologia da Saúde Ocupacional, 17,3% dos trabalhadores portugueses estão em burnout. Este número tem vindo sempre a aumentar: em 2008 eram 9%; em 2013 eram 15%.
Mais de 87% dos trabalhadores portugueses não se sentem recompensados na sua atividade profissional. Em 2013, eram 73%
Cerca de 86% relatam situações de stress no trabalho, muito mais do que em 2013 (62%)
Entre 2011 e 2013, 21,6% dos profissionais de saúde portugueses apresentaram burnout moderado e 47,8% burnout elevado
Metade dos professores sofre de burnout, revela um estudo realizado por investigadoras do Instituto Superior de Psicologia Aplicada (ISPA)

sexta-feira, 1 de novembro de 2019

O terramoto de Lisboa de 1755

Gravura em cobre
Foi o mais destrutivo sismo de que há registo no nosso país. A capital portuguesa sofreu grandes estragos e mortandade também devido ao maremoto e ao incêndio que se seguiram. O litoral sul português e o Algarve também foram atingidos.
Na manhã do dia 1 de Novembro de 1755 a terra tremeu durante vários minutos, derrubando edifícios e espalhando os seus destroços por toda a parte.
Minutos depois o rio cresceu pelas ruas da cidade, invadindo a baixa. Muitas pessoas que tinha fugido para as margens do Tejo com o objectivo de escapar aos edifícios que ruíam foram apanhadas pelas águas.
Quando as ondas se retiraram ficaram os incêndios que queimaram o que restava.
Neste extrato de documentário conheça a Lisboa de antes do terramoto, assista a uma simulação do sismo, conheça as suas causas e os seus efeitos.
O Sismo de 1755, também conhecido por Terramoto de 1755, ocorreu no dia 1 de novembro de 1755, resultando na destruição quase completa da cidade de Lisboa, especialmente na zona da Baixa, e atingindo ainda grande parte do litoral do Algarve e Setúbal. O sismo foi seguido de um maremoto - que se crê tenha atingido a altura de 20 metros - e de múltiplos incêndios, tendo feito certamente mais de 10 mil mortos (há quem aponte muitos mais). Foi um dos sismos mais mortíferos da história, marcando o que alguns historiadores chamam a pré-história da Europa Moderna. Os sismólogos estimam que o sismo de 1755 atingiu magnitudes entre 8,7 a 9 na escala de Richter.
O terramoto de Lisboa teve um enorme impacto político e socioeconómico na sociedade portuguesa do século XVIII, dando origem aos primeiros estudos científicos do efeito de um sismo numa área alargada, marcando assim o nascimento da sismologia moderna. O acontecimento foi largamente discutido pelos filósofos iluministas, como Voltaire, inspirando desenvolvimentos significativos no domínio da teodiceia e da filosofia do sublime.
O terramoto fez-se sentir na manhã de 1 de Novembro de 1755 às 9:30 ou 9:40 da manhã,dia que coincide com o feriado do Dia de Todos-os-Santos. A data contribuiu para um alto número de fatalidades, visto que ruas e igrejas estavam cheias de fiéis.
O epicentro não é conhecido com precisão, havendo diversos sismólogos que propõem locais distanciados de centenas de quilómetros. No entanto, todos convergem para um epicentro no mar, entre 150 a 500 quilómetros a sudoeste de Lisboa. Devido a um forte sismo, ocorrido em 1969 no Banco de Gorringe, este local tem sido apontado como tendo forte probabilidade de aí se ter situado o epicentro em 1755. A magnitude pode ter atingido 9 na escala Richter.
Relatos da época afirmam que os abalos foram sentidos, consoante o local, durante entre seis minutos a duas horas e meia, causando fissuras enormes de que ainda hoje há vestígios em Lisboa. O padre Manuel Portal é a mais rica e completa fonte sobre os efeitos do terramoto, tendo descrito, detalhadamente e na primeira pessoa, o decurso do terramoto e a vida lisboeta nos meses que se seguiram. A intensidade do terramoto em Lisboa e no cabo de São Vicente estima-se entre X-XI na escala de Mercalli. Com os vários desmoronamentos os sobreviventes procuraram refúgio na zona portuária e assistiram ao recuo das águas, revelando o fundo do mar cheio de destroços de navios e cargas perdidas. Poucas dezenas de minutos depois, um tsunami, que atualmente se supõe ter atingido pelo menos seis metros de altura, havendo relatos de ondas com mais de 10 metros, fez submergir o porto e o centro da cidade, tendo as águas penetrado cerca de 250 m. Nas áreas que não foram afetadas pelo tsunami, o fogo logo alastrou-se, e os incêndios duraram pelo menos cinco dias. Todos tinham fugido e não havia quem o apagasse.

Dia de Pão por Deus em Dia de Todos os Santos

Pão Por Deus
A História de uma tradição bem Portuguesa
O Pão Por Deus é uma tradição bem Portuguesa, mas a sua origem evolução e história até hoje é algo fascinante. Por vezes, no entanto, pensamos que poderá estar ameaçado por um Halloween que até poderá ter raízes longínquas partilhadas.
A globalização tem implementado cada vez mais o Halloween entre os Portugueses. O fenómeno da televisão, e mais recentemente a Internet, trazem até nós esta festividade anglo-saxónica.

As origens pagãs
As oferendas aos mortos nestas alturas do ano são comuns em diversas culturas pagãs, incluindo as celtas que habitaram o que é hoje Portugal.
Tendo em conta que muitas teses apontam a origem do Halloween como festividades célticas é interessante ver as semelhanças e desenvolvimento de ambos.
Também sabemos que muitas festas pagãs foram aos poucos tomando roupagens Cristãs, e a pouco e pouco se fundiram.

A Origem do Pão Por Deus Cristão

Com o passar dos anos foi cada vez mais promovido pela Igreja Católica o culto dos mortos, e a tradição de reservar lugar à mesa, e também de deixar comida para os mesmos.
Começou também o costume de deixar o primeiro pão de uma fornada nesta altura à porta da casa tapado por um pano. Seria para honrar os mortos, mas a intenção era também quem de mais pobre por ali passasse tomasse a parte física para si.
Assim este pão para os fieis defuntos começou a ter a vertente de partilha com quem necessitava.
O Terremoto de 1755
Um dos dias mais negros da história de Portugal é o de 1 de Novembro de 1755. Neste Dia de Todos os Santos, Lisboa viria a sofrer a maior catástrofe da sua história, sendo muito do país também afetado por ela.
Aí os atingidos por tal tormenta foram a quem algo salvou pedir Pão Por Deus, tentando ter algo para matar a fome, aos que sobreviveram à catástrofe,
Relatos contam que nos anos seguintes nesse mesmo dia se aumentou o costume do Pão Por Deus, em jeito de celebração e agradecimento a quem tinha sobrevivido. Talvez por isso esta tradição seja tradicionalmente mais forte na região da grande Lisboa.

A Evolução até aos dias de Hoje
Com o passar dos anos progressivamente passou a ser cada vez mais um peditório das crianças. No século XX, onde os registos são mais constantes e fiáveis, começamos a ver muito o Pão Por Deus como a festa das Crianças.
Neste dia as crianças de manhã cedo iam de porta em porta a pedir o Pão Por Deus. Recebendo tradicionalmente frutos secos, romãs, pão e bolos.
Nos anos mais recentes, e mesmo contando alguns ciclos de menor fulgor, começou a ver-se cada vez mais como um dia em que as crianças pedem de porta em porta doces, sendo que ainda se continua a ver alguns frutos secos.
O saco de pano do Pão Por Deus é muito comum em todos estes registos, e nos dias que correm continua a existir, sendo que com a Internet temos visto muitos pequenos negócios a vender até versões personalizadas dos mesmos.
O Doçura ou Travessura Português
Um dos pontos de enfoque da cultura popular americana, que nos chega pela televisão e Internet, é a doçura ou travessura. É, no entanto, engraçado ver que algo semelhante existe tradicionalmente registado em Portugal.

As rimas e cantigas são normalmente descritas quando as crianças batem à porta. E em alguns casos vemos que detêm estrofes de agradecimento a quem oferta doces, mas menos simpáticas para quem não o faz.

A Cantiga Inicial

Bolinhos e bolinhós
Para mim e para vós,
Para dar aos finados
Que estão mortos e enterrados

À bela, bela cruz
Truz, Truz!

A senhora que está lá dentro
Sentada num banquinho
Faz favor de s’alevantar
Para vir dar um tostãozinho.

A resposta nas casas em que são ofertados doces.
Esta casa cheira a broa,
Aqui mora gente boa.
Esta casa cheira a vinho,
Aqui mora um santinho.

E a resposta para quem não os dá
Esta casa cheira a alho
Aqui mora um espantalho.
Esta casa cheira a unto
Aqui mora algum defunto

Variações ao longo do país
Em muitas outras regiões do país o Pão Por Deus é celebrado. No entanto existe ao longo do território algumas variações do mesmo.
Na estremadura é conhecido muitas vezes como o “Bolinho”, e a tradição é dar bolos festivos especialmente confecionados nesta época do ano.
Já nos Açores a tradição é dar estas caspiadas, que dizem lembrar a o topo de uma caveira humana, honrando assim também os mortos.
Desde a tradição céltica, passando por todas as tradições cristãs, o Pão Por Deus é neste momento uma festa do povo, e mais que tudo das crianças.
Com ou sem máscaras, com ou sem Halloween, o Pão Por Deus está para ficar, e penso até que tem voltado a crescer nos últimos anos. E é mais uma bela tradição de Portugal.