quinta-feira, 25 de julho de 2019

PNL: Iniciativa 10 Minutos a Ler. Ler sempre. Em qualquer lugar.

A ciência e a observação empírica têm mostrado amplamente o quanto o contacto com o livro e a prática regular da leitura são indispensáveis para o desenvolvimento do gosto de ler, a consolidação dos hábitos leitores e o aumento das competências de literacia. Quem lê, lerá sempre mais e melhor, e ficará mais bem preparado para a vida. É por isso que ler todos os dias é tão importante.
É no âmbito deste repto que se enquadra o desafio dirigido, este ano, às escolas do 2º e 3º ciclos do Ensino Básico e do Ensino Secundário da rede pública, para que instituam no seu quotidiano a atividade diária da leitura por prazer. Esta pode ter lugar a qualquer hora e em qualquer espaço e contexto escolar, formal ou não-formal: na sala de aula, na biblioteca, nos laboratórios, no refeitório, no ginásio, no pátio, … Não interessa onde se lê, mas que a todos seja dada a oportunidade de o fazer todos os dias, escolhendo para tal um texto da sua preferência.




sábado, 20 de julho de 2019

Em breve teremos a publicação do DeClara 25...


Um olhar português sobre o primeiro homem na lua

No dia 20 de julho de 1969 o homem aterrava na lua pela primeira vez. Em Portugal a operação foi acompanhada numa longa emissão da RTP que durou cerca de 15 horas, mas o Telejornal abriu com uma inauguração do Presidente da República.
Neil Armstrong, Edwin “Buzz” Aldrin e Michael Collins eram os tripulantes da Apolo 11 que empreenderam a viagem até à lua, para realizar a primeira alunagem em 1969.
Em Portugal, como no resto do mundo, viveu-se com antecipação esta viagem ao espaço que muitos compararam às primeiras viagens de descoberta dos portugueses. Parte de operação foi seguida em direto pela RTP, mas a aterragem na lua só foi vista pelos portugueses em diferido.
Apesar da importância do momento, o principal jornal televisivo da RTP secundarizou o acontecimento, porque existiam ordens expressas de como se deveria realizar o alinhamento da emissão: Tudo o que envolvesse o Presidente da República era prioritário.

sexta-feira, 19 de julho de 2019

Júlio Dinis | 1839-1871

retrato de Júlio Dinis
Joaquim Guilherme Gomes Coelho, que no período mais brilhante da sua carreira literária usou o pseudónimo de Júlio Dinis, nasceu no Porto, a 14 de novembro de 1839 e foi um dos mais ilustres escritores portugueses do século XIX.
Frequentou a escola primária da freguesia de Miragaia, no Porto. Em 1853, aos 14 anos, concluiu o curso preparatório do liceu. Matriculou-se então na Politécnica, da qual transitou para a Escola Médico-Cirúrgica do Porto, cujo curso completou a 27 de Julho de 1861.
Por essa altura, problemas de saúde recorrentes, nomeadamente a tuberculose, impediram Júlio Dinis de exercer ativamente a profissão de médico, tendo-se então dedicado à literatura. O escritor iniciou assim um périplo por vários locais do País, que o levaram a residir no campo por conselho médico. Transferiu temporariamente a sua residência para Grijó e posteriormente para Ovar, para casa de uma sua tia, Rosa Zagalo Gomes Coelho. Foi ainda esperançado numa cura de ares que esteve duas vezes na ilha da Madeira, na expetativa de cura da doença que enfermava.
A ligação a Gondomar, mais especificamente a Fânzeres, surge precisamente durante estas viagens e fruto da amizade de Júlio Dinis com o também escritor Augusto Luso. Este último era amigo próximo do Abade Pinto de Outeiro, à data pároco e abade de Fânzeres, que convidou Júlio Dinis para passar uma temporada em sua casa. Os registos datam a presença do escritor, no presbitério de Fânzeres, entre 1868 e setembro de 1869, pois a outubro desse mesmo ano já se encontrava na ilha da Madeira.
Muito se fala e escreve que Júlio Dinis se teria inspirado em realidades de Fânzeres para escrever “As Pupilas do Senhor Reitor”, mas por razões temporais tal é impossível. Conforme investigação do prémio Nobel Egas Moniz, médico e escritor que investigou a obra de Júlio Dinis, “As Pupilas do Senhor Reitor” foi escrita em Ovar, tendo inclusive cartas comprovativas do mesmo. Também será altamente improvável que o escritor tenha conhecido o Reitor de Fânzeres, pois este faleceu em 1865, bem antes de Júlio Dinis chegar a casa do seu amigo Abade Pinto Outeiro.
No entanto, capítulos de outra obra sua, “ Os Fidalgos da Casa Mourisca”, editada em 1871, foram sem dúvida escritos em Fânzeres e algumas das partes do romance foram mesmo situadas neste território de Gondomar. As descrições das lavadeiras dos arredores do Porto, do velho solar e dos emigrantes que regressavam do Brasil, assentam como uma luva em Montezelo da época.
Acrescem os registos escritos, nomeadamente uma carta escrita por Júlio Dinis, enviada da casa de Pinto Outeiro para o seu amigo Custódio Passos Dinis, que confirma a escrita em Fânzeres de pelo menos nove capítulos da obra. Nesses capítulos as descrições das pessoas, casario e quotidiano são uma representação exata da sociedade fanzerense do século XIX. Afinal, os arredores do Porto, terra de lavadeiras e emigrantes do Brasil, onde existia um solar com brasão enegrecido e até o nome das personagens, algumas das quais coincidem com pessoas reais que Júlio Dinis conheceu, tudo isto remete para o imaginário local.
Júlio Dinis viria a falecer a 12 de setembro de 1871,na cidade do Porto, com apenas 31 anos de idade, vítima de tuberculose.

quarta-feira, 17 de julho de 2019

terça-feira, 16 de julho de 2019

Bibliocarro vai às praias do Porto para convidar a ler

Durante o mês de julho, o bibliocarro está estacionado junto à Praia do Molhe, funcionando como biblioteca de praia. O serviço funciona de segunda a sexta-feira das 9,30 às 17 horas.

São disponibilizados livros, jornais, revistas, música, multimédia e internet aos veraneantes, que encontram uma alternativa e uma fonte de informação, de cultura e de lazer. Para além destes serviços, existe, também a possibilidade de atividades orientadas com a "Hora do Conto", oficinas, jogos, teatro, entre outras iniciativas, algumas com necessidade de inscrição prévia e integradas na programação Verão a Valer nas Bibliotecas Municipais do Porto.

O Bibliocarro é um serviço municipal descentralizado de leitura domiciliária que está vocacionado para crianças e jovens e serve os estabelecimentos de ensino da cidade que não dispõem de Biblioteca Escolar. Fora do período letivo, visita parques, jardins e praias, servindo a população em geral.

Projeto do P.PORTO abre portas ao sucesso escolar de todo o país

Alunos das escolas do Porto ganham hábitos de leitura na aprendizagem das primeiras letras
A primeira conferência CiiL - Centro de Investigação e Intervenção na Leitura decorreu no dia 11 de julho, no ISEP, escola de Engenharia do Politécnico do Porto “É preciso uma aldeia inteira para educar uma criança.” Este poderia ser o mote do primeiro congresso CiiL - Centro de Investigação e Intervenção na Leitura, um projeto que resulta de uma união de esforços entre o Politécnico do Porto, a Câmara Municipal do Porto e o Ministério de Educação e cujo modelo de intervenção na promoção e na aprendizagem da leitura pretende alargar ao país.

Apresentar os resultados e o impacto dos projetos de investigação orientados para a promoção da aprendizagem da leitura, debater o desenvolvimento de uma estratégia regional ou políticas de investimento no sucesso educativo foram algumas das questões assinaladas durante este primeiro congresso, realizado no Auditório Magno do Instituto Superior de Engenharia do Porto (ISEP) cuja capacidade foi modesta para suportar a enorme afluência de parceiros, interessados, professores, profissionais da saúde, diretores de agrupamentos de escolas, educadores e encarregados de educação.

Há cerca de quatro anos no terreno, o projeto CiiL, constituído por equipas multidisciplinares que incluem profissionais da educação e da saúde do Porto, acompanha hoje 773 crianças, 538 na educação pré-escolar e 235 no 1.º ciclo e tem ganho dimensão no contexto da cooperação institucional.

Ana Sucena, investigadora do Politécnico do Porto e coordenadora científica do projeto, enquadrou o âmbito da intervenção, demonstrando como as crianças-alvo de intervenção (uma prevenção precoce e de incentivo das competências pré-leitoras essenciais à futura aprendizagem da leitura) expressam melhorias significativas, comprovado pelas diferenças entre os beneficiados e o grupo de crianças "controlo", com características semelhantes, a frequentar os mesmos níveis de ensino, mas sem intervenção do CiiL. "É um trabalho ao nível da consciência fonémica e a linguagem" - explica - "e posteriormente de consciência fonémica e relações letra/som, os alicerces daquilo que nos permite ler uma palavra isoladamente”.

Face a estes dados a expectativa será agora avançar para a criação de uma rede nacional que alargue a outros territórios o modelo de intervenção. “Os objetivos são os mesmos, mas queremos aumentar a capacidade de resposta”, declara Ana Sucena revelando o interesse já manifestado por parte da Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro, Universidade do Algarve, a Universidade de Évora e o Instituto Politécnico de Viseu.

Cristina Prudêncio, Presidente da Escola Superior de Saúde (ESS) do P.PORTO congratula-se com este projeto, "um modelo exemplar da articulação entre entidades e de transferência do nosso know-how para a sociedade civil. É importante a criação de conhecimento novo, mas o passo seguinte, a translação do conhecimento à comunidade é fundamental, e nós procuramos potenciar e contribuir para o desenvolvimento [de uma sociedade melhor]".

"Um projeto de excelência, um exemplo de consolidação de parcerias e um testemunho do que se faz de bem na cidade e no país" - assinala o vereador da Educação da Câmara Municipal do Porto, Fernando Paulo, no discurso de abertura. O vereador sublinha a excelência da cooperação com o P.PORTO e o Ministério da Educação: "As evidências são claras e estou convicto que se irá generalizar por todo o país" - afirma, reconhecendo o rigor e competência científica indiscutível deste projeto.

A temática da rede foi uma constante no Congresso: "É desejável que as políticas públicas de educação estejam baseadas em evidência científica, modelo decisivo na produção de conhecimento contextualizado." - declara José Verdasca, coordenador da Estrutura de Missão do Programa Nacional de Promoção do Sucesso Escolar (PNPSE), cuja apresentação centrou-se nos contributos para o desenvolvimento de uma estratégia regional para a promoção do sucesso educativo. Para o responsável, este projeto é um paradigma de investigação colaborativa, um "compromisso de sucesso" entre o Ensino Superior e a tutela e a autarquia, alicerçado numa "lógica de comprometimento e uma cultura de colaboração, elementos basilares no processos de promoção do sucesso escolar".

O Pró-Presidente do Politécnico do Porto para a Investigação, Luís Miguel Pinho, sintetiza os resultados apresentados hoje, como uma evidência do sucesso de uma intervenção colaborativa, facto este muito sublinhado pelas entidades parceiras, seja a autarquia ou a tutela. "O CiiL é um centro de investigação numa área muito específica que intervém diretamente na sociedade, na promoção da leitura". Para Luís Miguel Pinho, no Politécnico do Porto a investigação e a aplicação do resultado são fatores determinantes na produção de conhecimento novo, e como tal, devem ser complementares: "Não há investigação aplicada sem geração de conhecimento e este conhecimento gerado pelo Politécnico do Porto tem de ser aplicado para a evolução da sociedade."

Da parte da tarde tivemos oportunidade de assistir a uma demonstração prática com a equipa técnica CiiL e crianças alvo de intervenção, assim como uma mesa redonda de apresentação de resultados com os intervenientes mais diretos. A "aldeia esteve presente" e a certo momento uma professora de um agrupamento de escolas perguntou: "como posso ter este projeto na minha escola?

segunda-feira, 15 de julho de 2019

Centro de investigação e intervenção na leitura - CiiL

 resultados do projeto-piloto

Há um projeto-piloto na cidade do Porto que está a dar provas ao nível da promoção na aprendizagem inicial da leitura e da escrita, entre mais de 700 crianças que frequentam a rede pública municipal do pré-escolar e do ensino básico (1.º ano). Os resultados do Centro de Investigação e Intervenção na Leitura (CiiL) foram apresentados nesta quinta-feira.

Quer para a educação pré-escolar quer para o 1.º ano do ensino básico, as crianças-alvo de intervenção do CiiL "expressam melhorias significativas comprovadas pela diferença substancial entre este grupo e o grupo de crianças 'controlo', ou seja, crianças com características semelhantes, a frequentar os mesmos níveis de ensino, mas sem intervenção do CiiL", revelou Ana Sucena, coordenadora científica e técnica do projeto, na primeira conferência promovida pelo Centro de Investigação e Intervenção na Leitura, realizada nesta quinta-feira no Auditório Magno do Instituto Superior de Engenharia do Porto (ISEP).

O projeto, que nasceu de uma parceria entre a Câmara do Porto, o Instituto Politécnico do Porto e o Ministério da Educação, em setembro de 2015, tem "um propósito claro e indicadores de resultados bem definidos", salientou o vereador da Educação da Câmara do Porto, Fernando Paulo.

Concretamente, "até 2020, abranger 4.700 alunos e reduzir em 12% o número de alunos com níveis negativos e em 30% a taxa de retenção e desistência", declarou o responsável.

Há praticamente quatro anos no terreno, o projeto acompanha hoje "773 crianças", 538 na educação pré-escolar e 235 no 1.º ciclo e tem ganho dimensão no contexto da cooperação institucional. Trata-se, por isso, de "um excelente exemplo do trabalho em rede" que o Município do Porto valoriza e promove, assinalou Fernando Paulo.

Através de equipas multidisciplinares que incluem profissionais da educação e da saúde do Porto, o projeto trabalha, ao nível dos 5 anos, a consciência fonémica e a linguagem, esclareceu Ana Sucena citada pela Lusa. E numa segunda fase, incide sobre a consciência fonémica e as relações letra/som, ou seja, "os alicerces daquilo que nos vai permitir ler uma palavra isoladamente".

Com o sucesso da iniciativa no Porto, já se equaciona a criação de uma Rede CiiL, com o objetivo de alargar a resposta de intervenção ao nível da promoção precoce da aprendizagem da leitura a todo o território nacional. Ana Sucena indica ao "Porto." que "tendo sido notório o interesse entre os participantes em aderir à mesma".

Na sessão de abertura da I Conferência do Centro de Investigação e Intervenção na Leitura (CiiL) participaram ainda o pró-reitor do IPP-Instituto Politécnico do Porto, Luís Miguel Pinho, a presidente da Escola Superior de Saúde do P.PORTO, Cristina Prudêncio, o coordenador nacional da Estrutura de Missão do Programa Nacional de Promoção do Sucesso Escolar, José Verdasca, entre outras autoridades e conferencistas.

Atualmente, a ação do CiiL desenvolve-se no âmbito de uma candidatura cofinanciada aos Planos Integrados e Inovadores de Combate ao Insucesso Escolar (PIICIE) do POR NORTE 2020, com atuação em todos os Agrupamentos de Escolas do Município do Porto.

Referência: Alunos das escolas do Porto ganham hábitos de leitura na aprendizagem das primeiras letras - Notícias - Portal de notícias do Porto. Ponto. . (2019). Porto.pt. Retrieved 15 July 2019, from http://www.porto.pt/http://www.porto.pt/noticias/criancas-das-escolas-do-porto-ganham-habitos-de-leitura-na-aprendizagem-das-primeiras-letras


sexta-feira, 12 de julho de 2019

quinta-feira, 11 de julho de 2019

11 de julho Dia de São Bento

Bento nasceu em Itália em 480 e foi estudar ciências liberais, graças a situação abonada de sua família, que pode mandá-lo para lá. Nessa época, havia uma grande pressão em cima do Império Romano devido às invasões dos bárbaros e indignado, Bento acabou optando por se retirar e manter-se isolado numa gruta.
Aí, Bento dedicou-se a oração e a vida de eremita. Era alimentado por um outro monge que através de um cesto erguido até o penhasco o mantinha munido de pão para completar a alimentação quase escassa. E assim foi-se por três longos anos.
Nesse período de solidão, Bento inspirou muitos outros jovens sedentos por cultivar seus valores cristãos que começaram a visitá-lo constantemente e em pouco tempo o seu sossego acabou. Parte dessa experiência fez com que Bento começasse a amadurecer cada vez mais a ideia de fundar um mosteiro e assim foi.
Aos 40 anos, Bento sai da gruta e ruma para o sul de Roma a fim de fundar o que viria a ser o maior centro da vida beneditina de todos os tempos, o Mosteiro de Monte Cassino. E ali, era seguido o exemplo contrário ao rumo que Bento escolheu para a sua vida no passado. A vida deveria ser comunitária e não solitária e sob a direção de um abade.
E foi assim que Bento mudou a forma dos jovens viverem a vida monástica. Ao todo, foram mais de 12 mosteiros fundados por ele ao longo da história, onde cada vez mais famílias enviavam seus filhos jovens para iniciar os estudos e seguir a famosa “Regra de São Bento”.

Regra de São Bento
A regra de São Bento era baseada em ensinamentos escritos por ele e tinha como objetivo formar os jovens cristão de acordo com os ensinamentos de Jesus Cristo e a prática dos mandamentos. Acreditava-se que através dessa regra e da vida comunitária e não individual era mais fácil atingir a perfeição.
Além disso, a Regra de São Bento era aplicada e moldada de acordo com a capacidade e limitações de cada um. “Oração e trabalho” era o seu lema principal onde a oração era transformada em trabalho e o trabalho em oração, através da fé e obediência.


Expansão e consagração
Os mosteiros beneditinos tornaram-se centros de referência e deles saíram vários nomes e ícones da Igreja Católica. Ao todo, foram 23 papas, 5 mil bispos e cerca de 3 mil santos canonizados.
As mulheres também se destacaram na doutrina beneditina e lideradas pela irmão de bento, Santa Escolástica, tiveram a oportunidade de desfrutar de seus ensinamentos adotando também a “Regra de São Bento” e mais tarde ficando conhecidas como monjas beneditinas.
Após a sua morte, em 547, a imagem e figura de São Bento propagou-se mais e mais o fazendo ganhar o título de “padroeiro da Europa”.

Medalha de São Bento
A medalha de São Bento é um dos maiores símbolos e heranças deixadas por esse santo e seus significados e simbologia são de extrema importância para a Igreja Católica e para todos os seus devotos que a veneram com fé e amor.
As primeiras medalhas foram confeccionadas dentro do Mosteiro Cassino e como símbolo principal carregam a cruz, muito usada por Bento em diversas situações de sua vida, inclusive naquelas em que evitou por várias vezes a sua morte. Para Bento, o sinal da cruz era como um sinal de coisas boas sendo feitas, um sinal de vitória contra o mal e a morte.
A medalha sofreu várias alterações e nas mais antigas é possível encontrar a figura de São Bento rodeada pela frase em latim “Eius in obitu nostro presentia muniamur” (que na hora da nossa morte nos proteja a tua presença). As medalhas mais atuais tem essa frase substituída por “Crux Sancti Patris Benedict” ou ainda “Sanctus Benedictus”.

Já na parte do verso, encontramos a figura de uma cruz com as seguintes inscrições:

- CSPB: Crux Sancti Patris Benedicti (Cruz do Santo Pai Bento)
- CSSML: Crux Sacra Sit Mihi Lux (Cruz Sagrada Seja a minha Luz)
- NDSMD: Non Draco Sit Mihi Dux (Que o Dragão não seja o meu guia)
- VRS - Vade Retro Satana: (Passe Reto Satanás)
- NSMV: Nunquam Suade Mihi Vana (Nunca Seduzas minha alma)
- SMQL: Sunt Mola Quae Libas (São coisas más que brindas)
- IVB: Ipse Venana Bibas (Bebas do mesmo veneno)

E em 1942, o Papa Clemente XIV aprovou o uso da medalha oficializando-a assim como um insturmento de adoração e devoção de fé.
SBRPNAIRDA

Glossário | definições de conceitos para entender a inovação em educação


ReferênciaGlossário - PORVIR. (2019). PORVIR. Retrieved 11 July 2019, from http://porvir.org/glossario/

quarta-feira, 10 de julho de 2019

Maria Alberta Menéres | 1930-2019


Autobiografia
Prometi, é verdade. Prometi escrever aqui para o Jonal de Letras a minha Autobiografia. Foi um convite que muito me sensibilizou e mesmo entusiasmou. Mas logo a seguir me afligiu. E depois me apavorou. Telefonei então - tarde e a más horas, reconheço, só para dizer que não ia corresponder a tal convite, porque de repente reparei que havia peripécias da minha vida, tão incríveis que ninguém ia acreditar que fossem reais! Não consegui provar que esta fosse uma grande razão para desistir, e por isso aqui estou, incautamente contando algumas verdades da minha vida.
- Nasci no dia 25 de Agosto de' 1930, em Vila Nova de Gaia. Naquele tempo, era muito habitual nascer em casa, com assistência de um médico de família. Lembro-me perfeitamente de nascer. Lembro-me de ter sido o meu pai quem me recebeu nos seus braços e me levou para um sofá amarelo que estava ali no quarto deles. Primeiro, fiquei sossegada, mas de repente comecei a espernear e ouvi claramente a minha mãe dar um grande grito: «Ai, a menina!». O meu pai correu e conseguiu apanhar-me já no ar, entre o sofá e o chão. - Durante largos anos, aquela sensação de cair, desse dia, fez com que, volta não volta, eu passasse a acordar de noite e sempre à mesma hora do meu nascimento, arrepiada pelo meu próprio grito. Um dia, esse grito acabou, sem qualquer razão. Mas não acabou na minha memória, todo o tempo que vivo (a cores, e com o entendimento de uma especial situação). Sempre pensei que este fosse um caso único no mundo, mas um dia li numa revista médica cujo nome não guardei, que há mais casos destes no mundo, embora sejam muitíssimo raros. Entretanto, nasceram as minhas duas irmãs mais novas, mais «normais» ...
- Quando eu tinha seis anos, morreu o meu avô Materno, Artur Rovisco, que era médico e veterinário, e que andava a cavalo, pelos campos, a curar pessoas e animais. Primo (como irmão) de Rovisco Pais, era um avô encantador, casado com a minha avó Adelina. Por morte desse meu avô, que deixou duas herdades ribatejanas à minha mãe, saímos definitivamente de Vila Nova de Gaia e fomos viver lá para o campo, onde fiz a primeira e ingénua aprendizagem do que é viver longe de qualquer civilização, à distância de dez quilómetros da 'aldeia que ficava mais perto! Foi um tempo maravilhoso e inesquecível, em que aprendi a trepar às árvores num instantinho, a visitar as tocas das raposas e a ser amiga dos seus filhotes; a ajudar as galinhas a fugir dos milhafres, e os patos a não serem tão patarecos ... ; e a andar a cavalo sem sela, só agarrada às suas crinas; e a perder-me de propósito ... o que passou a ser a grande aflição dos meus pais e de todos os trabalhadores de lá… Mas eu adorava perder-me por aquelas solidões todas, até que um dia, sob uma violenta trovoada, e já sem perceber o caminho para casa, encontrei um velho camponês que me disse: - «A menina deixe o cavalo ir para onde ele quiser, que ele é que sabe o caminho para a cocheira dele! Largue-lhe as rédeas!» E assim foi. Quando cheguei a casa, estava tudo em pânico por não me encontrarem em lado nenhum, e por saberem que os cavalos não gostam lá muito de trovoadas! Aprendi a ir buscar água à Fonte dos Marmeleiros, em cântaros enfiados nas cangalhas que iam em cima dos burros; a fugir dos enxames de abelhas; a não ter medo dos relâmpagos e dos trovões - enfim, a saber fazer parte da natureza em toda a sua força e esplendor. E lia, lia muito. Lia tudo o que apanhava à mão. E comecei a escrever - à minha moda.
Esta primeira aprendizagem de um tempo de liberdade e de descoberta, foi o grande primeiro impulso da minha vontade de ser escritora. Entretanto, o meu avô paterno enviava-me, de Vila Nova de Gaia, livros fantásticos como por exemplo, todos os Clássicos da Sá da Costa, entre os quais a Ilíada e a Odisseia! E também me enviava livros do Brasil, onde tinham casado a sua mãe e o seu pai e meu bisavô Clemente Menéres, antes de este ter comprado as terras transmontanas do Romeu. Desses livros todos, destaco alguns de Monteiro Lobato e a célebre colecção de uma revista mensal para jovens, chamada O Tico Tico, de que ainda hoje conservo todos os números, religiosamente! Mas ali, no meio do campo ribatejano, não havia ninguém que nos desse uma normal instrução, e então os meus pais levaram-nos, primeiro a mim e, nos anos seguintes, as minhas irmãs, para um Colégio interno, em Lisboa - primeiro, um de Franciscanas Missionárias, e depois para outro que era das Irmãs Doroteias no qual, como ninguém me vencia nos saltos em altura, inventei que voava e, para não me esquecer, «programei» o espectáculo dos meus voos para as quintas-feiras, às cinco horas da tarde! Foi um horror, porque todas as quintas-feiras, às cinco horas da tarde, eu tinha de me esconder, para, logo que passassem uns minutos, aparecer e fingir que estava muito desolada por já ter passado o tempo dos meus voos! E isto durou uns dois anos ...
Só que um dia de festa grande lá no Colégio, aconteceu que era uma quinta-feira e era quase cinco horas, estando o Colégio todo reunido num grande Salão. Não me consegui escapar!!! Toda a gente gritava para eu voar, e então, muito afoita, trepei para o alto de um enorme quadro de mogno que ali estava e, em frente de todo o Colégio, lancei-me no espaço, a voar! A minha ideia era que, com o impulso que dei, firmando o pé na parede que tinha atrás de mim, e fazendo-me muito levezinha, conseguisse chegar ao fundo do Salão ... mas o pior é que, mal me lancei no ar, fez-se ouvir a estridente campainha das cinco horas do Colégio, e eu só tive tempo de gritar «diabo de campainha!!!» e, levemente aterrei no chão de mármore encerado. Senti logo que tinha partido um pé, mas não dei parte de fraca ... Houve um grito geral: «Ela já estava a voar! Ela estava a voar!!! Se não fosse a campainha, tinha dado a volta à sala! !!» Eu sorria, e não disse nada que tinha magoado um pé, que afinal estava mesmo partido. Estive quase um mês na enfermaria do Colégio, onde recebi muitas visitas sempre e me fartei de dar autógrafos ... E difícil de acreditar, mas ainda hoje, lá de vez em quando, encontro pessoas que não conheço e ouviram falar das minhas aventuras, e me perguntam: «Você é a Alberta que voa?!» É claro que digo logo que sim, e tudo acaba numa grande e cúmplice risota!!!
Foi desta e de muitas outras aventuras assim loucas que se fez a minha infância. E motivos para escrever para os mais novos, principalmente, nunca mais acabam. Até porque eu acredito, ao fim e ao cabo, que «todas as coisas têm uma história para contar». Agora, assim de repente, é que reparo que me esqueci de dizer como foi que comecei a entender mais claramente que gostava de ser escritora! Tinha começado o tempo das férias de Verão e eu estava quase a fazer 10 anos. Nunca ninguém deve ter entrado na praia de Vila do Conde, como eu entrei: de Dicionário debaixo do braço, toda contente! Era uma paixão bem recente: Que maravilha existir um livro que explicasse o que queriam dizer todas as palavras do mundo!» (pensava eu). Assim, já poderia ser escritora! E logo que eu e a família nos instalámos na barraca de praia onde íamos passar a manhã, eu sentei-me lá na frente, junto ao mar, e «sentei» também o Dicionário ao meu lado, em cima da toalha de praia. Pedi à minha mãe que me desse um caderninho que ela trazia muitas vezes com ela, e um lápis. Pronto! Já podia ser escritora. E, a escolher e a escrever uma palavra aqui e outra além, com os sentidos que de repente me apareciam mesmo mágicos, escrevi a primeira quadra da minha vida, que era assim: “Num sibilar longínquo o mar rugia a chorar: é que um segredo iníquo o fazia meditar!" E fiquei fascinada: que bonita! Não sabia nada o que queriam dizer, estas palavras, mas era muito bonito o que tinha escrito! ... (pensava eu) Agora, reparando bem: um sibilar é sempre baixinho, secreto, nunca pode ser longínquo ... E o mar, como seria rugir a chorar, se até estava tão mansinho naquele dia?! E o que seria um segredo iníquo, que eu nem sabia bem o que queria dizer, mas certamente não era coisa que permitisse muitas meditações ... Eu queria lá saber destas impossibilidades! Só pensava que era tão bom poder escrever assim coisas tão misteriosas e tão belas! (E não me calava, com esta descoberta.) Nunca mais parei de escrever. Já sem a necessidade de consultar o Dicionário - mas sempre admirada pela nossa capacidade humana de admirar e de sentir. De momento, continuo a andar de Escola em Escola, e de Câmara Municipal em Câmara Municipal, conversando com os professores e os alunos e levando a todos a minha ideia de que é bom viver num mundo que está cheio de histórias contadas e por contar, e que as podemos descobrir ao longo de toda a nossa vida - sempre diferentes, conforme os olhos que as vêem e o coração que as sente. Não há receitas para estas descobertas, mas apenas estratégias sensíveis que, se nós as quisermos descobrir, veremos como poderão dar mais sentido e beleza à nossa vida de todos os dias.
Maria Alberta Menéres, Jornal de Letras 2006 

Importante...


segunda-feira, 8 de julho de 2019

Provérbios Japoneses...

A cultura japonesa destaca-se pelo misterioso e enigmático que é para o povo do Ocidente. Embora seja uma das sociedades com maior desenvolvimento tecnológico, ainda tem um elo forte às suas raízes e tradições, e sua cultura é repleta de sabedoria ancestral.

Aqui ficam alguns provérbios populares japoneses que nos ajudarão a capturar sua sabedoria ancestral:

1. É melhor ser o inimigo de uma boa pessoa do que amigo de uma pessoa má.
“Diga-me com quem anda e eu lhe direi quem é.” Afinal, a influência dos amigos é um fator determinante no comportamento do indivíduo.

2. O peixe que escapa parece sempre o maior.
Às vezes, investimos mais tempo em lamentar a oportunidade que deixamos escapar, ou em nos recriminar pelo que não conseguimos, do que em construir com o que temos e apreciá-lo.

3. Se você pensou sobre, decida-o. Se você decidiu, não pense mais sobre.
Não hesite! Depois de dar o passo, descubra o que está no fim da decisão, às vezes os piores fracassos são aqueles em que você não termina o que começou.

4. Não se aquece uma casa com a promessa de lenha.
Há muita tranquilidade numa vida livre de dívidas …

5. O tempo que você gasta rindo é tempo gasto com os deuses.
O riso é saudável e traz felicidade, poucas coisas têm esse efeito.

6. Estudando o passado, você aprende o novo.
Aprendendo com os erros, é menos provável que os repitamos.

7. Não diga: é impossível. Diga: Eu não fiz isso ainda.
Ou porque você não encontrou o caminho, ou porque ainda não tem as ferramentas ou não tem tempo para fazê-lo. Mas há sempre a possibilidade de conseguir alguma coisa.
in


quinta-feira, 4 de julho de 2019

Uma família Inglesa de Júlio Dinis

Viajando no tempo e no espaço com os livros, a leitura e o Google Earth

RED Google Earth "Uma familia inglesa" levantamento textual e guião pedagógico de Manuela Baptista, marcadores, Teresa Pombo. http://www.screenr.com/k0R8

quarta-feira, 3 de julho de 2019