quinta-feira, 31 de outubro de 2019

31 outubro...


O Bom Rebelde (1997)



O Bom Rebelde" é um dos filmes mais comerciais de Gus Van Sant, escrito por Matt Damon e Ben Affleck, que fazem assim a sua estreia como argumentistas, distinguida com um Óscar. Will Hunting (Matt Damon) é um jovem conflituoso e não muito sociável que trabalha como empregado de limpeza numa escola tecnológica em Massachusetts. Nas horas vagas Will resolve equações matemáticas sem ninguém saber. Um dia, Lambeau (Stellan Skarsgard), um conceituado professor da escola, descobre a capacidade de Will e percebe que ele é um génio matemático. Entretanto Will é detido pela polícia por espancar um homem e Lambeau decide assumir a responsabilidade da sua libertação. Em troca Will tem de participar nos trabalhos do professor e seguir um programa de terapia psicológica que o leva a conhecer Sean McGuire (Robin Williams), um analista em crise emocional devido à morte da mulher. Para além do Óscar de melhor argumento original para Matt Damon e Ben Affleck, Robin Williams foi distinguido com o Óscar de melhor actor secundário pela sua interpretação.

Título Original: Good will hunting
Intérpretes: Robin Williams, Matt Damon, Ben Affleck, Minnie Driver, Casey Affleck,
Realização: Gus Van Sant
Ano: 1997
Duração: 126 m(cor) minutos

segunda-feira, 28 de outubro de 2019

DeClara 26 outubro 2019

DeClara 26 outubro 2019 de IsabelPereira

Publicação a 28 de outubro
em 
Dia da Biblioteca Escolar

Entrevista exclusiva a José Luís Peixoto



José Luís Peixoto nasceu em Galveias, em 1974.
É um dos autores de maior destaque da literatura portuguesa contemporânea. A sua obra ficcional e poética figura em dezenas de antologias, traduzidas num vasto número de idiomas, e é estudada em diversas universidades nacionais e estrangeiras.
Em 2001, acompanhando um imenso reconhecimento da crítica e do público, foi atribuído o Prémio Literário José Saramago ao romance Nenhum Olhar. Em 2007, Cemitério de Pianos recebeu o Prémio Cálamo Otra Mirada, destinado ao melhor romance estrangeiro publicado em Espanha. Com Livro, venceu o prémio Libro d'Europa, atribuído em Itália ao melhor romance europeu publicado no ano anterior, e em 2016 recebeu, no Brasil, o Prémio Oeanos com Galveias. As suas obras foram ainda finalistas de prémios internacionais como o Femina (França), Impac Dublin (Irlanda) ou o Portugal Telecom (Brasil). Na poesia, o livro Gaveta de Papéis recebeu o Prémio Daniel Faria e A Criança em Ruínas recebeu o Prémio da Sociedade Portuguesa de Autores. Em 2012, publicou Dentro do Segredo, Uma viagem na Coreia do Norte, a sua primeira incursão na literatura de viagens. Os seus romances estão traduzidos em mais de trinta idiomas.

Poema da Semana: "A Casa", de José Luís Peixoto


A CASA
eu conhecia a distância entre as paredes. caminhei muitas 
vezes pelo corredor. a sala: o sofá grande, a janela fechada 
para a rua, o quadro bonito e antigo: a sala: estas palavras e 
este verso podiam ser o corredor se as palavras fossem
a tinta nas paredes: a cozinha: a mãe a contar-me 
histórias, a mesa, a água que lavava os talheres, o lume do 
fogão. a cozinha era onde estávamos felizes.

quero que a casa fique desenhada:

quarto, escada , despensa, sala,

casa de banho, corredor corredor,

cozinha cozinha, escritório.

depois, subia as escadas:

despensa, quarto, quarto,

despensa, corredor, casa de banho,

despensa, escadas, quarto.

depois, descia as escadas.

eu, na cozinha, chamava a minha mãe. a minha voz: mãe.
a minha mãe respondia-me: estou aqui. e estava num dos
quartos de cima. eu subia as escadas para a encontrar.
de manhã, eu acordava e descia as escadas.

sem que eu soubesse, os anos passavam na casa. sem que eu
soubesse, a minha mãe e o meu pai envelheciam. a casa era
toda de claridade e eu não sabia que iria envelhecer assim que
saísse de casa.

havia janelas e havia portas. eu subia para cima de cadeiras
para abrir as janelas. da janela do meu quarto, via o mundo.
sei hoje que poderia ter vivido sem mais mundo do que esse.

sei hoje que transformei o mundo todo nessa casa. chamo a minha
mãe. está num dos quartos de cima. está muito longe. chamo o meu
pai. está muito longe.

José Luís Peixoto

quinta-feira, 24 de outubro de 2019

quarta-feira, 23 de outubro de 2019

Identidade Digital da Biblioteca



Quanto maior for a presença digital de uma biblioteca, maior é a sua notoriedade.
Quando se fala de presença digital, devemos enquadrar esta noção no conceito de identidade digital:
“Conjunto de canais (plataformas digitais) que uma biblioteca gere e atualiza regularmente para, de forma interessada e organizada, partilhar uma multiplicidade de informação, conteúdos, recursos e serviços - online e/ ou offline - nas comunidades que serve, nomeadamente professores e alunos, com o fim último de melhorar o ensino e a aprendizagem, em todas as suas vertentes”. (J. Borges, 2018).
Todos nós, individual ou coletivamente, somos a identidade digital que criamos, pelo que se torna fundamental levar as bibliotecas a, partindo da especificidade do seu ADN, procurar a sua identidade digital.
Só assim percebem onde se situam, em relação às respostas que devem dar às comunidades que servem, para definirem a meta que querem alcançar. Não esqueçamos que a missão da biblioteca é a de estar presente onde e quando o utilizador necessita, disponibilizando recursos e permitindo conexões e redes de partilha consentâneas com o ADN do organismo que servem.
Uma última nota para a necessidade de ir avaliando inputs e outputs, pois a escola é um organismo vivo que está em constante mutação e a biblioteca não se pode alhear deste facto, procurando encontrar respostas tão criativas e inovadoras quanto as exigências que enfrenta.

segunda-feira, 21 de outubro de 2019

Poema da Semana: "Então queres ser escritor?" de Charles Bukowski


ENTÃO QUERES SER UM ESCRITOR?

se não sai de ti a explodir
apesar de tudo,
não o faças.
a menos que saia sem perguntar do teu
coração, da tua cabeça, da tua boca
das tuas entranhas,
não o faças.
se tens que estar horas sentado
a olhar para um ecrã de computador
ou curvado sobre a tua
máquina de escrever
procurando as palavras,
não o faças.
se o fazes por dinheiro ou
fama,
não o faças.
se o fazes para teres
mulheres na tua cama,
não o faças.
se tens que te sentar e
reescrever uma e outra vez,
não o faças.
se dá trabalho só pensar em fazê-lo,
não o faças.
se tentas escrever como outros escreveram,
não o faças.

se tens que esperar para que saia de ti
a gritar,
então espera pacientemente.
se nunca sair de ti a gritar,
faz outra coisa.

se tens que o ler primeiro à tua mulher
ou namorada ou namorado
ou pais ou a quem quer que seja,
não estás preparado.

não sejas como muitos escritores,
não sejas como milhares de
pessoas que se consideram escritores,
não sejas chato nem aborrecido e
pedante, não te consumas com auto-
— devoção.
as bibliotecas de todo o mundo têm
bocejado até
adormecer com os da tua espécie.
não sejas mais um.
não o faças.
a menos que saia da
tua alma como um míssil,
a menos que o estar parado
te leve à loucura ou
ao suicídio ou homicídio,
não o faças.
a menos que o sol dentro de ti
te queime as tripas,
não o faças.

quando chegar mesmo a altura,
e se foste escolhido,
vai acontecer
por si só e continuará a acontecer
até que tu morras ou morra em ti.

não há outra alternativa.

e nunca houve.

Charles Bukowski

Retrato de Portugal na Europa



Somos 10,2 milhões, mais velhos do que novos, com poucos estudos e filhos
Portugal é o país europeu com maior percentagem de pessoas entre os 25 e os 64 anos sem o ensino secundário ou superior.

São 10,2 milhões, mais velhos do que novos, num país em que nos últimos 50 anos, a taxa de mortalidade infantil se tornou numa das baixas da Europa, segundo o retrato estatístico de Portugal divulgado neste domingo.

Os 10.283.822 portugueses contados nos dados da base de dados da Pordata, gerida pela Fundação Francisco Manuel dos Santos, vivem com um risco de pobreza de 18,3% (1,4 pontos acima da média da União Europeia). Apenas 13,9% da população tem menos de 15 anos (a média da UE é 15,6%), enquanto 21,3% têm mais de 65, segundo o retrato divulgado no Dia Europeu das Estatísticas.

Assim, Portugal é o terceiro país da União em rácio de idosos para jovens: 153 idosos para cada 100 jovens, só superado por Itália e Alemanha. Entre os 15 e 64, o país está em cheio na média europeia, com 64,4% das pessoas nessa faixa etária.

Mais envelhecidos e com menos filhos
Em média, cada mulher tem 1,38 filhos, abaixo dos 1,59 da média europeia, com Portugal no 23.º lugar entre os 28 países membros da União Europeia. A idade média para ter filhos situa-se nos 31,2 anos e 54,9% dos nascimentos verificam-se fora do casamento, bem acima dos 20% que se verificavam em 1993.


A taxa de mortalidade, que em 1960 se aproximava dos 90 por mil habitantes, está hoje em 2,7 por mil, abaixo da média europeia de 3,6%. Em 2018, houve mais 25.980 mortes do que nascimentos em Portugal, traduzindo uma variação negativa de 1,6%, por oposição aos 2,1% positivos da média europeia.

Os portugueses são dos mais gregários entre os povos da União Europeia, com apenas 23% dos agregados familiares compostos por uma pessoa, o número mais baixo da UE, ex aequo com a Croácia e a Eslováquia. Na maior parte desses agregados (54%) vive uma pessoa com mais de 65 anos.

Pouco educados e com elevada despesa na saúde
Portugal é o país europeu com maior percentagem de pessoas entre os 25 e os 64 anos sem o ensino secundário ou superior (50,2%), mais do dobro da média da UE, que se situa nos 21,9%. A taxa de abandono escolar entre os 18 e 24 é a sétima mais alta da UE, chegando aos 11,8% em relação à média europeia de 10,6%.

No seu retrato, a Pordata destaca ainda que 55% dos doutoramentos pertencem a mulheres.
No que toca aos cuidados de saúde, os portugueses gastam 5,1% do rendimento das famílias, a sexta percentagem mais alta no contexto da União Europeia.

Portugal é o terceiro país da União com mais médicos por 100 mil habitantes (497, face à média europeia de 360, mas está em vigésimo em relação ao número de camas disponíveis (339 por 100 mil habitantes, quando a média europeia é de 504.

Portugal está em sexto lugar no rácio de polícias por habitante (450 agentes por 100 mil habitantes, mas apenas 7,8% do contingente são mulheres, a percentagem mais baixa em 23 países da UE para os quais há dados disponíveis.

sábado, 19 de outubro de 2019

Cartaz MIBE Biblioteca Escolar Clara de Resende


Eugénio de Andrade | 1923 - 2005

O bem-amado
Poeta de inegável presença canónica na poesia portuguesa do século XX, Eugénio de Andrade fez das palavras o ofício de uma vida e da poesia uma «arte de música».
O autor de Ostinato Rigore comparava o seu trabalho de poeta ao ofício de pedreiro que fora o do avô, concluindo a aproximação nos seguintes termos: «Ele usava o granito como material, as suas casas estão ainda de pé; o neto trabalha com poeira, sem nenhuma pretensão de desafiar o tempo». A verdade é que são muitas as vozes que dizem que terá construído um monumento perene.

«No prato da balança um verso basta/ para pesar no outro a minha vida» - escreveu Eugénio de Andrade num breve poema, consciente do desacerto que há entre a vida e a poesia, que nele não diferiam.

António Ramos Rosa chamou-lhe rei Midas do verbo: palavra que tocasse virava ouro de lei. E tocou algumas. Palavras «nuas e limpas» que apelam aos sentidos e se combinam em exercício conjugado da inteligência e da emoção – o imenso tesouro de Eugénio de Andrade, herdeiro de «um desprezo pelo luxo» que, nas suas múltiplas formas, considerava uma degradação.

Revelado em 1948 com As Mãos e os Frutos, o seu mais emblemático livro, que então impressionava pela afirmação da corporalidade e do desejo, estreia-se com Adolescente (1942), volume que depois retirou da sua bibliografia por considerar que o verdadeiro timbre da sua voz poética estava ainda ausente.

Definiu-se como «um poeta solar» e respondia mais depressa à chamada da «luz limpa do sul» com que incendiava os seus versos que ao nome de baptismo: José Fontinhas, nascido na Póvoa da Atalaia, uma pequena aldeia da Beira Baixa, situada entre o Fundão e Castelo Branco, cidade de onde foi levado para Lisboa, aos sete anos, pela mão da mãe Maria dos Anjos, figura tutelar da sua vida e presença central da sua poética. Uma poética que os títulos em prosa – Memória Doutro Rio (1978), Vertentes do Olhar (1987) – realizam com igual fulgor.

Da primeira infância reterá, para além das feridas pela ausência do pai, figura que recusou «a vida inteira. Inteiramente», o berço camponês de nascimento, uma «arquitectura extremamente clara e despedida», que os seus poemas tanto reflectem, lugares selectos, despertares, incluindo o da poesia.

Em 1947, já regressado de Coimbra, onde permanece entre 1943 e 1946, estreitando relações de amizade com Miguel Torga e estabelecendo um diálogo cultural com figuras de sucessivas gerações (Afonso Duarte, Paulo Quintela, Eduardo Lourenço, Carlos de Oliveira), torna-se funcionário público, passando a trabalhar como inspector administrativo nos Serviços Médico-Sociais, cargo que exercerá ao longo de 35 anos. Resolvida a questão económica, pôde prosseguir assim o seu ofício poético, a busca rigorosa da linguagem, sem pressa, seguindo, de resto, o «Conselho» metaliterário que a si mesmo dera na colectânea que o impõe como poeta: «Sê paciente; espera/ que a palavra amadureça/ e se desprenda como um fruto/ ao passar o vento que a mereça». O segundo livro de poesia, Os Amantes Sem Dinheiro, surgia em 1950.

Neste mesmo ano, a sua vida profissional na Inspecção Administrativa condu-lo ao Porto, cidade que adopta como a sua terra e onde viverá até à morte, sempre ao abrigo da vida social, literária e mundana, atento às coisas simples e às palavras que as dizem: neve, água, mar, navio, vento, fruto, terra, ave, boca – eis o seu léxico, de larga fluência metafórica, rigorosamente eleito e carregado de uma singular energia sémica que se expande e reformula.

As Palavras Interditas (1951), Ostinato Rigore (1964), Obscuro Domínio (1971), Limiar dos Pássaros (1972), Matéria Solar (1980), O Sal da Língua (1995), Os Lugares do Lume(1998) são alguns dos mais conhecidos títulos que lhe compõem o vulto de poeta ímpar.

Antologiador de Camões e de Pessoa, autor de uma recolha de poesia erótica contemporânea (Eros de Passagem, 1982) e de duas selecções de poesia e prosa dedicadas ao Porto e a Coimbra – respectivamente Daqui Houve Nome Portugal (1968) e Memórias de Alegria (1971) –, Eugénio de Andrade ofereceu-nos também um panorama geral da poesia portuguesa, desde os cancioneiros medievais até Ruy Belo. Entre os muitos prémios com que foi distinguido, figura o Prémio Camões (2001).

Morreu em Junho de 2005. Estava escrito: «Pela manhã de Junho é que eu iria/ pela última vez».

Artigo de Teresa Carvalho

Referência: Eugénio de Andrade. O bem-amado. (2019). ionline. Retrieved 11 October 2019, from https://ionline.sapo.pt/artigo/544766/eugenio-de-andrade-o-bem-amado?seccao=Mais_i

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O Sorriso | declamado por e. de andrade
As palavras interditas | por e. de andrade
Eugénio de Andrade. O poeta que sonhava no arame | jornal i
Uma biografia de Eugénio de Andrade | rtp ensina
Eugénio de Andrade | wikipédia

Língua portuguesa vai ter um Dia Mundial

O Dia Mundial da Língua Portuguesa vai ser comemorado anualmente a 5 de Maio, como já acontece na Comunidade dos Países de Língua Portuguesa.
MIGUEL FERASO CABRAL

"É a primeira vez que a UNESCO toma uma decisão destas em relação a uma língua que não é uma das línguas oficiais da UNESCO". Sampaio da Nóvoa.

O Dia da Língua Portuguesa será oficialmente assinalado na sede da UNESCO com apresentações musicais, literatura, exposições ou qualquer outra representação cultural e a sua organização ficará a cargo dos países que têm o português como língua oficial. 

“O 5 de Maio de 2020 vai ser um grande dia na UNESCO e esperamos ocupar durante 15 dias estes corredores com questões relacionadas com a arte, literatura, música e que isso tenha consequências concretas”, disse o embaixador português da UNESCO, Sampaio da Nóvoa.

in Jornal Publico 18 outubro 2019

''Porto Legends - The Underground Experience'


Este espetáculo, a mais recente criação do atelier OCUBO – um estúdio com mais de 15 anos de experiência em projectos de video mapping - apresenta 10 lendas ligadas à história da cidade do Porto.

A arquitetura desafiante das Furnas da Alfândega do Porto e a investigação do historiador Joel Cleto, serviram de mote para este projeto inovador que se desenvolve no limiar da realidade e da magia. Com direção artística de Nuno Maya, o espetáculo é narrado pelas vozes de Pedro Abrunhosa (na versão portuguesa) e Jeremy Irons (na versão inglesa), ator galardoado com o Oscar Academy para “Melhor Actor”.

o ''Porto Legends - The Underground Experience'',  é um espetáculo virtual imersivo único, de caracter pedagógico, a decorrer na cidade do Porto, no emblemático edifício da Alfândega, que tem como como objectivo enaltecer a cultura e história da cidade Invicta e região norte.

Os mistérios  apresentados, são parte importante da história da cidade do Porto, que através de atores, animações gráficas, músicas e a voz dos narradores, as paredes das Furnas da Alfândega ganham vida e contam ao público a sua história.

Trata-se de uma experiência audiovisual única a nível nacional pelo seu caráter de imersividade total. Um espectáculo que tem o objectivo de se tornar um marco na cidade, um ícone cultural imperdível para não só para todos os portuenses, como para quem visita a cidade.

quinta-feira, 17 de outubro de 2019

17 de outubro: Formação PORDATA Clara de Resende


A Formação Pordata é dirigida a alunos do ensino secundário das turmas de 10º ano com a disciplina de Geografia. 
As sessões terão a duração de 60 a 90 minutos e serão orientados por uma formadora da equipa Pordata e acompanhadas pelas professoras de Geografia Clementina Torres, Gloria Lemos e Isabel Pereira.

A avaliação da ação será feita pelos alunos e respetivas professoras e enviada para:





quarta-feira, 16 de outubro de 2019

Cartaz Mês Internacional Bibliotecas Escolares Escola Básica e Secundária Clara de Resende


28 de outubro
Dia Internacional das Bibliotecas Escolares

16 de outubro lê e realiza as atividades em Dia mundial da Alimentação

DIETA SAUDÁVEL PARA TODOS OS POVOS DO MUNDO

Vamos imaginar..






16 de outubro: Dia Mundial da Alimentação

Alimentação saudável e sustentável - As nossas ações são o nosso futuro!

A celebração do Dia Mundial da Alimentação foi estabelecida em novembro de 1979 pelos países membros na 20ª Conferência da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura e marca o dia da fundação da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura, em 1945.

terça-feira, 15 de outubro de 2019

segunda-feira, 14 de outubro de 2019

Nem Picasso escapou às arrumações!


Como Ler um Livro

O método de Adler e Van Doren divide a Leitura em quatro fases: Elementar, Inspetiva, Analítica e Sinóptica — sendo a primeira a mais simples e rápida, e a última a mais complexa e elaborada.

1 – Leitura Elementar
Corresponde à leitura normal de qualquer livro — análise da capa, sinopse e sumário nas badanas ou contracapa, passar os olhos por algumas páginas, lendo um ou outro parágrafo, e depois início no capítulo 1, seguindo até ao final. Esta abordagem é aquela que seguimos com os livros tradicionais de histórias, mas não é o método aconselhável ao estudo académico, esse deve saltar o passo 1 e iniciar-se pelo passo 2.

2 – Leitura Inspetiva - Adler e Van Doren sugerem um trabalho em seis passos:
  • Leia o Título e o Prefácio,
  • Estude o Índice,
  • Analise o Índex de palavras,
  • Leia a Sinopse,
  • Veja os Capítulos Principais,
  • Folheie o livro, lendo partes que saltam à vista.
Depois disto, deve realizar-se uma leitura na diagonal (muito rápida de todo o livro), nunca parando em partes mais complexas. 

3 – Leitura Analítica
Nesta fase, entramos na discussão com o livro, e é uma fase que demorará tanto quanto exigir a complexidade do livro na relação com o grau de conhecimento detido pelo leitor. Ou seja, pode demorar bastante mais do que a simples leitura do primeiro ao último capítulo. O objetivo não é ler para conhecer, mas sim trabalhar o conteúdo do livro para o dominar. Por isso, não é o tipo de leitura que se faça com qualquer livro, mas apenas com aqueles que vão ao centro do tema, problema ou abordagem que são relevantes para nós.

3.1. Qual é o Problema?
O principal depois de uma análise inspetiva passa pela classificação do livro, o que requer definir, o mais concretamente possível, que problema ou questão está a tentar ser respondida. Isto é o cerne para compreender a razão de tudo aquilo que o livro é, e permite-nos sustentar todas as ideias do livro, porque elas se ligam a esse foco, esse objeto.

3.2. Como é trabalhado e respondido?
Depois interessa então aprofundar. Compreender como é que o autor abordou o problema, e que soluções propõe para o mesmo. Aqui temos de elencar as proposições, e tentar compreender o sistema de ideias desenhado pelo autor para suportar o que pretende dizer. É complexo porque implica uma entrada dentro do modo de pensar do autor, uma espécie de engenharia reversa do que levou à escrita do livro.

3.3. É sustentado, lógico e completo?
Neste ponto, entramos então na análise crítica. Olhando ao problema e soluções propostas, estas fazem sentido? estão sustentadas em argumentos? ou existem dados empíricos que corroborem o que é dito? A análise crítica não pode ser vazia, ou seja, se discordamos é porque temos argumentos para o fazer, e não apenas porque “nos parece”. Para o efeito precisamos não apenas de apontar os problemas do autor, as suas falta de informação, ou racionalizações sem sentido, e dar conta do que falta. Isto é um trabalho moroso, mas ele é que nos vai permitir chegar à total compreensão do livro.

3.4. O que é o livro?
Aqui chegamos ao momento final, ao momento em que podemos emitir a nossa opinião pessoal, sobre o que é o livro, sobre o que pretende apresentar, como o faz, mas sobretudo lançar a nossa perspetiva sobre o conteúdo do que é discutido, concordando ou discordando do autor.

Adler e Van Doren propõe um último ponto que não tem que ver com a leitura de um livro em particular, mas com o estudo de um assunto, tema ou problema.

4 – Leitura Sinóptica
Aqui, o objetivo é que o leitor possa ter uma noção mais concreta do problema discutido pelo livro, do conhecimento existente em seu redor, no fundo realizar aquilo que na academia hoje em dia se define como: revisão de literatura. A ideia principal a reter, assenta nas referências dos livros ou textos. 

Poema da Semana: Televisão ou não, Luísa Ducla Soares


Televisão ou não

- Desliga a televisão! - disse o pai.
- Vai lá para fora e vive a vida.

Fui e à noite vim
com uma abelha na orelha
um rato no sapato
cola na camisola
giz no nariz
gafanhotos nos bolsos rotos
um escaravelho no joelho
uma formiga na barriga
um leão pela mão
e atrás um camelo a puxar-me o cabelo.

- Não vás mais lá para fora! – disse o pai.
- Liga a televisão.

Luísa Ducla Soares

Soares dos Reis, escultor português, autor de "O Desterrado"

14 de Outubro de 1847: Nasce o escultor português Soares dos Reis, autor de "O Desterrado"

Escultor português, António Soares dos Reis nasceu a 14 de Outubro de 1847, em Vila Nova de Gaia, e morreu em 1889. Foi o grande renovador da escultura portuguesa do seu tempo, embora a incompreensão por parte da sociedade da época o tivesse conduzido ao suicídio.
Obteve o diploma de Escultura na Academia Portuense de Belas-Artes e partiu para Paris como aluno de Jouffroy. Visitou Roma em 1870, como bolseiro, no intuito de estudar a arte clássica. Aí iniciou a estátua em mármore branco O Desterrado (1872), inspirada em versos de Alexandre Herculano. Este trabalho viria a ser considerado o mais notável da escultura portuguesa de todo o século XIX, aliando à mestria técnica clássica uma temática intimista simbólica. Prosseguiu no Porto o seu trabalho com Artista na Infância (1874), Conde de Ferreira (1876), Crucificado (1877) e as estátuas destinadas à Capela dos Pestanas, no Porto, S. José e S. Joaquim (1880). Foi admitido em 1881 como professor da Academia Portuense, tendo executado nesse ano a famosa e delicada Flor Agreste. Um dos bustos mais conhecidos é ainda o de Mrs. Elisa Leech, ou o Busto de senhora inglesa (1877), cujo tratamento de síntese e de abstractização das formas não obteve repercussões favoráveis na época, tendo sido mesmo recusado pela retratada. Só depois da sua morte, a arte de Soares dos Reis assumiu a grandeza que merecia perante os críticos e o público.
Sou cristão, porém, nestas condições, a vida para mim é insuportável. Peço perdão a quem ofendi injustamente, mas não perdoo a quem me fez mal.” Segundo a descrição de Diogo de Macedo, foram estas as últimas palavras deixadas pelo escultor António Soares dos Reis na manhã em que disparou dois tiros de revólver na cabeça, na sua casa-atelier de Vila Nova de Gaia, a 16 de Fevereiro de 1889.
Retrato que o Marques de Oliveira fez de Soares dos Reis
O Desterrado-Soares dos Reis
Monumento a D. Afonso Henriques, Guimarães - Soares dos Reis

Soares dos Reis. In Infopédia [Em linha]. Porto: Porto Editora, 2003-2013.
wikipedia (Imagens)

domingo, 13 de outubro de 2019

Domingo 13 de outubro: À conversa com Mia Couto e José Eduardo Agualusa


A Porto Editora e o jornalista Sérgio Almeida têm o prazer de a convidar para a 79.a sessão do PORTO DE ENCONTRO: À CONVERSA COM ESCRITORES, com Mia Couto e José Eduardo Agualusa, que decorre no dia 13 de outubro, às 18:30, no Teatro Sá da Bandeira, no Porto.

Nesta sessão, será apresentado o novo livro dos autores, O Terrorista Elegante e Outras Histórias.
 As leituras estarão a cargo de Ana Celeste Ferreira.

A entrada é livre.

As portas da sala abrir-se-ão às 18:00 e a lotação é, naturalmente, limitada à capacidade da mesma.
Espaço Professor
Porto Editora

Nobel da Paz 2019 para Abiy Ahmed

O prémio foi anunciado dia 11 de outubro 2019 pela Real Academia de Ciências da Suécia. O primeiro-ministro da Etiópia foi distinguido pelos seus esforços para estabelecer a paz com a vizinha Eritreia, pondo fim a um impasse que durava há 20 anos.
O comité do Nobel salientou ainda o trabalho que Abiy Ahmed tem desenvolvido a nível interno na Etiópia, destacando as reformas implementadas no país que "dão aos cidadãos a esperança de uma vida melhor e de um futuro mais brilhante".
"Como primeiro-ministro, Abiy Ahmed procurou promover reconciliação, solidariedade e justiça social".

13 de outubro 1917: Milagre do Sol

O Milagre do Sol foi um acontecimento testemunhado por cerca de 70 mil pessoas no dia 13 de outubro de 1917 no terreno da Cova da Iria, perto de Fátima, em Portugal.
O evento foi oficialmente aceite como um milagre pela Igreja Católica em 13 de outubro de 1930.
Os três pastorinhos de Fátima (Lúcia, Jacinta e Francisco) haviam relatado que na aparição de 13 de Maio a Virgem Maria lhes tinha prometido um milagre para o dia 13 de Outubro, na Cova da Iria, "de modo que todos pudessem acreditar" nas Suas aparições.
De acordo com indicações de várias testemunhas, após uma chuva torrencial, as nuvens dissiparam-se no firmamento e o Sol apareceu como um disco opaco, girando no céu. Algumas afirmaram que não se tratava do Sol, mas de um disco em proporções solares, semelhante à Lua. Disse-se ser observável significativamente menos brilhante do que o normal, acompanhado de luzes multicoloridas, que se refletiam na paisagem, nas pessoas e nas nuvens circunvizinhas. Foi relatado que o pretenso Sol se teria movido com um padrão de zigue-zagues, assustando muitos daqueles que o presenciaram, que pensaram ser o fim do mundo. Muitas testemunhas relataram que a terra e as roupas previamente molhadas ficaram completamente secas num curto intervalo de tempo e, também relataram curas inexplicáveis de paralíticos e cegos, e outras doenças não explícitas, em vários casos comprovadas também por testemunhos de médicos.
De acordo com relatórios das testemunhas, o Milagre do Sol durou aproximadamente dez minutos. As três crianças relataram terem observado a Sagrada Família (São José, a Virgem Maria e o Menino Jesus), depois Jesus com Nossa Senhora das Dores, e, por fim, Nossa Senhora do Carmo abençoando a multidão a partir do firmamento.
 O fenómeno foi decisivo para reconhecer o local como Sagrado.
Página de Ilustração Portuguesa, 29 de outubro de 1917, mostrando as pessoas a observar o milagre.
NSRFIPMJJSA

sábado, 12 de outubro de 2019

12 de outubro: Dia da Hispanidad

bandeira simboliza as três caravelas que levaram Cristóvão Colombo à América.

A Hispanidad é a comunidade formada por todos os povos e nações que compartilham a língua e cultura espanholas. Todas as 23 nações que estão incluídas falam espanhol, exceto as Filipinas, e podem ser classificadas em quatro áreas geográficas: Espanha, Hispano-América, Hispano-África e Hispano-Pacífico.
O Dia da Hispanidad é comemorado a 12 de outubro e é também consagrado à Nossa Senhora do El Pilar.
A Virgem do Pilar é uma invocação mariana católica, padroeira da Hispanidade, venerada na Catedral-Basílica de Nossa Senhora do Pilar, em Saragoça, na Espanha.
Segundo uma visão da freira alemã Anna Catarina Emmerich (1774-1824), Maria, a mãe de Jesus, teria aparecido diante do apóstolo Tiago quando este se encontrava em Saragoça, na Espanha, no século I. Maria estaria envolta em uma coluna de luz e lhe teria ordenado a construção de um templo naquela localidade.
O facto é que, nos primórdios da comunidade cristã em Saragoça, foi construída uma pequena capela às margens do Rio Ebro em homenagem a Nossa Senhora. A capela foi, sucessivamente, reconstruída e ampliada ao longo dos séculos, até se converter na atual Catedral-basílica de Nossa Senhora do Pilar.
NSPRPIA

Dia da Hispanidade assinalado na Escola Básica e Secundária Clara de Resende

HISPANIDAD
Os alunos das professoras de Espanhol, Sílvia Leal e Sónia Hernan, assinalaram o dia com a elaboração de um painel onde estão representados alguns dos valores que devem unir todos os povos do mundo.

sexta-feira, 11 de outubro de 2019

Lar é...

Lar é onde se acende o lume e se partilha mesa e onde se dorme à noite o sono da infância.
Lar é onde se encontra a luz acesa quando se chega tarde.
Lar é onde os pequenos ruídos nos confortam: um estalar de madeiras, um ranger de degraus, um sussurrar de cortinas.
Lar é onde não se discute a posição dos quadros, como se eles ali estivessem desde o princípio dos tempos.
Lar é onde a ponta desfiada do tapete, a mancha de humidade no teto, o pequeno defeito no caixilho, são imutáveis como uma assinatura conhecida.
Lar é onde os objetos têm vida própria e as paredes nos contam histórias.
Lar é onde cheira a bolos, a canela, a caramelo.
Lar é onde nos amam.
Rosa Lobato Faria


Desporto Escolar: BADMINTON


11 de outubro: Dia de Nossa Senhora da Vandoma

Hoje é dia de Nossa Senhora da Vandoma, Padroeira da cidade do Porto
Hoje é o Dia da Padroeira da cidade do Porto, Nossa Senhora da Vandoma, que é desde agosto de 1981 a padroeira da cidade, com solenidade a 11 de outubro. A Senhora da Vandoma, de que existe uma bela imagem policromada, atribuída ao séc. XIV, na Sé do Porto, é um sinal da antiga devoção da cidade a Maria, mãe de Cristo, de que lhe valeu o título de Civitas Virginis. Desde o século XVI que a imagem de Nossa Senhora está representada nas armas da cidade, ladeada de duas torres.
Nossa Senhora da Vandoma tem origem na imagem da Virgem que se encontrava num nicho sobre a porta da muralha medieval que rodeava o cimo do Morro da Sé, ou da Penaventosa. Esta porta abria para a Rua Chã e para a estrada de Penafiel, passando junto a Vandoma (Paredes), antigo castro romanizado e castelo da Reconquista, provável origem do nome da antiga porta da muralha, nome que depois passou também a designar a imagem da Virgem a partir do séc. XIV.
http://www.porto.pt/noticias/hoje-e-dia-de-nossa-senhora-da-vandoma-padroeira-da-cidade-do-porto
NSVPPRPMPIPQEFCNEEdPCEPA
A devoção a Nossa Senhora da Vandoma e a história desta já datam desde o fim do século XX, quando os Cristãos tentavam reconquistar a Península Ibérica aos Mouros.
É uma crença popular a de que entre os milhares de soldados consagrados que vieram ao auxílio dos portugueses nesta cruzada havia uma armada oriunda da França. E desta armada fazia parte um bispo de Vendôme (França). Este trazia consigo uma réplica do santo padroeiro da sua terra natal, e após toda a batalha, destruição e o combate de espadas, esta réplica foi colocada por cima de uma das entradas para cidade, próxima da Catedral. Este foi um sinal de vitória, mas mais do que isso, um sinal de gratidão pelo fim da batalha.
A Réplica original da estátua que recebia e dava as boas-vindas aos estrangeiros que pela cidade passavam continua bem preservada dentro da Catedral. Uma imagem da Santa é ainda visível no Brasão da Cidade do Porto.
NSVRJDPIARDA


Desporto Escolar: ANDEBOL