Desde 1967, a UNESCO apela à comemoração do Dia Internacional da Literacia de forma a lembrar a importância da alfabetização e da literacia como uma questão de dignidade e de direitos humanos, responsável per si de gerar uma sociedade mais alfabetizada, mais competente e sustentável.
Com a pandemia do Covid 19, ampliaram-se as desigualdades pré-existentes no acesso a oportunidades significativas de alfabetização e de literacia, com impacto no processo de aprendizagem ao longo da vida (ALV). Vários programas de alfabetização ou de literacia foram cancelados ou forçados a adotar modos operacionais de difícil implementação.
Apesar dos esforços em encontrar alternativas de garantir a continuidade da ALV muitos jovens e adultos analfabetos ou de baixa escolaridade e reduzida literacia viveram grandes obstáculos à aprendizagem. A rápida mudança para o ensino à distância não foi fácil para quem não dispunha de equipamentos informáticos, de acesso à internet ou à eletricidade, nem de competências de TIC, agravando-se a exclusão.
Prevê-se um aumento nos valores pré-pandemia: 773 milhões de jovens e adultos sem habilidades básicas de alfabetização, incluindo meio milhão de portugueses
A UNESCO elegeu como tema do Dia Internacional da Literacia 2021 a “Alfabetização para uma recuperação centrada no ser humano, atenuando a exclusão digital” (Nota concetual), apelando à reflexão sobre o contributo da alfabetização e das literacias para a construção de uma base sólida para uma recuperação centrada no ser humano, focada no desenvolvimento das competências digitais dos jovens e dos adultos para não deixar ninguém para trás. Como? Reinventando o ensino e a aprendizagem das Literacias no futuro, durante e após a pandemia, em cooperação global.
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