sexta-feira, 31 de dezembro de 2021

2022 quase a chegar. Prepara-se...

 "1- Use branco

Não falo da roupa. A roupa é o de menos! Use branco na alma. Não entre em disputas. Não chute cachorro morto. Entre um desaforo e uma resposta atravessada, escolha a paz.

2- Varra a casa

Do fundo até a porta. Varra tudo! Mágoas, desgostos, rancores, amores não correspondidos. Varra! Aspire! Espane! Não deixe nem poeira. Entre limpo.

3- Quebrou? Jogue fora

Se for a sopeira que você herdou da sua avó, conserte. Sua avó agradece. Mas em se tratando de amores, trabalhos, relações de todo tipo, amizades... Quebrou? Rachou? Avalie se vale guardar. Investir em quem não merece é desperdício de energia. Ponha a fila para andar.

4- Louro na carteira

Dizem que garante dinheiro. Mas se preferir um moreno, não faça cerimônia! Vá em frente.

5- Use cor amarela

A cor amarela é a cor da prosperidade. Ajuda nos caminhos do sucesso. Mas não faz milagre. Então use amarelo e trabalhe. Se esforce, estude, faça mais que o melhor possível. O melhor possível você já conseguiu até aqui.

6- Sete ondas

Aliás, pule: ondas, desaforos, prejuízos. Se não der para pular, desvie.

7- Use lingerie nova

Fala sério, isso não é só no primeiro dia do ano. Jogue fora aquela calçola velha, desbotada, furada, de elástico frouxo. É um corta-tesão danado. Pior que encosto. Sem maiores detalhes! Lixo com ela!

8- Coma lentilha, uvas, romã

Olha só, coma o que quiser. E coma, principalmente, a vida! Coma com gosto! Caia de boca! Se lambuze!

9- Não coma peru ou frango (porque ciscam para trás)

Agora vamos combinar, você gruda no passado como chiclete em cabelo, passa anos esperando o amor que já se foi, vive atrelada ao que já está desfeito? Não ponha a culpa no pobre do frango. Você cisca para trás muito mais do que ele. Caminho é em frente!

10- Não deixe roupas viradas pelo avesso

Isso se você acreditar que avessos são ruins. Não são. Avessos são nosso lado mais verdadeiro. Nossa versão mais crua. Desvire, se não quiser ficar exposta por aí. Avessos devem ser mostrados a poucos. Apenas aos que merecem.

Algumas pessoas passam a vida viradas como tartarugas de casco para baixo. Balançam pernas e braços. Aflitas, não saem do lugar.

Um ano novo começa. Mas só vale se você se desvirar. Desvire a vida, os amores, os afetos. Arrume a alma. Faxine seu coração. Ponha a vida para andar.

Vida é renda de bilro. Teçamos o ano novo com capricho. Sem nós, sem embaraços. Nos melhores caminhos e nas mais lindas cores. Teçamos a vida que vamos vestir. No nosso número, sem apertos, sem sobras inúteis. Na plena beleza do que cada um merece e pode ter.

Dois, zero, dois, dois, essa é a senha para o recomeço"

Texto adaptado de Mônica Raouf El Bayeh

FELIZ ANO NOVO!!!!

DeClara nº49 dezembro 2021

🕯️Um tributo a Desmond Tutu: Academia de Líderes Ubuntu


Desmond Tutu, laureado com o prémio Nobel da Paz em 1984, inspirou a Academia de Líderes Ubuntu a partir do seu legado que nos desafia a tornarmo-nos verdadeiramente humanos na sua interpretação do Ubuntu: "Eu sou porque tu és, só posso ser pessoa através das outras outras pessoas”.

Ao longo da sua vida, entre outros testemunhos de inspiração,  foi uma voz firme contra o regime de segregação do Apartheid e pela paz e reconciliação.

Na próxima sexta-feira, dia 31 de dezembro, pelas 12h GMT (pode verificar aqui a sua zona horária), a Comunidade Ubuntu Global reúne-se para prestar homenagem ao Líder Ubuntu.

PARTICIPAR

Se encontrar alguma dificuldade de acesso através do botão acima,
pode aceder através do link:
https://ipav-pt.zoom.us/j/88971324246


A homenagem decorrerá online através da plataforma ZOOM. Certifique-se que dispõe da versão mais atualizada da aplicação clicando aqui.
 

A sessão decorrerá em inglês com tradução simultânea em Português e Espanhol. Para dispor da opção de tradução simultânea deve clicar na opção "INTERPRETAÇÃO" na barra de menu inferior e escolher o idioma pretendido. 

EU SOU PORQUE TU ÉS
www.academialideresubuntu.org


quarta-feira, 29 de dezembro de 2021

Não recorras ao que já sabes do Natal...

 
Ilustração de Vimal Chandran (Índia, 1984- )

Não recorras ao que já sabes do Natal,

mas coloca-te à espera

daquilo que de repente em teu coração

se pode revelar.

Não reduzas o Natal ao enredo dos símbolos

tornando-o um fragmento trémulo sem lugar

no concreto da vida.

Não repitas apenas as frases que te sentes obrigado a dizer

como se o Natal devesse preencher um vazio

em vez de o desocultar.

Não confundas os embrulhos com o dom

nem a acumulação de coisas com a possibilidade da festa:

o que recebes de graça

só gratuitamente poderás partilhar.

Cuida do exterior sabendo que ele é verdadeiro

quando movido por uma alegria que vem de dentro.

Uma só coisa merece ser buscada e celebrada, uma só:

o despertar de uma Presença no fundo da alma.

Por isso o Natal que é teu não te pertence

Só a outro o poderás pedir.


José Tolentino Mendonça, 

in agencia.ecclesia.pt


domingo, 26 de dezembro de 2021

Volta ao Mundo em Cem Livros Ep.7 26 Dez. 2021

https://www.rtp.pt/play/p9507/e588378/volta-ao-mundo-em-cem-livros 

Morreu o arcebispo Desmond Tutu: Prémio Nobel da Paz em 1984

O antigo arcebispo sul-africano Desmond Tutu, figura-chave da lutra contra o apartheid e Nobel da Paz em 1984, morreu este domingo, dia de Natal,  na Cidade do Cabo. Tinha 90 anos.

O arcebispo Desmond Tutu, “a consciência moral” que lutou contra o apartheid.

Recebeu o Nobel da Paz em 1984 pela sua luta não-violenta contra o regime do apartheid, na África do Sul, quando Nelson Mandela estava preso. Anos mais tarde, perpetuou o seu combate contra as injustiças sociais.

Um líder servidor!

26 de dezembro 2021: Dia da Sagrada Família

O Dia da Sagrada Família celebra-se no domingo seguinte ao Natal, na Oitava do Natal, este ano a 26 de dezembro.

O que é a Sagrada Família?

A sagrada família é constituída por Jesus Cristo; sua mãe, a Virgem Maria; e pelo seu pai adotivo e terreno, São José.

A festa da Sagrada Família remonta ao século XVII e consiste na celebração da família santa, como um exemplo de vida familiar para todas as famílias cristãs.

Amor incondicional, simplicidade, união, trabalho e sacrifício são algumas das lições a aprender com a Sagrada Família, "a primeira de muitas outras famílias santas", na palavras de João Paulo II no Ano Internacional da Família, celebrado em 1994.

"Sagrada Família de Nazaré,
desperta na nossa sociedade a consciência
do caráter sagrado e inviolável da família,
bem inestimável e insubstituível.

Cada família seja morada acolhedora de bondade e de paz
para as crianças e para os idosos,
para quem está doente e sozinho,
para quem é pobre e necessitado."

(Trecho da Oração do Papa Francisco à Sagrada Família)

Importância do Dia da Sagrada Família

Apesar das dificuldades enfrentadas diariamente, as famílias precisam se fortalecer para que a relação familiar não se resuma apenas a conflitos.

Por isso, este dia recorda a importância de valorizarmos os momentos em família, bem como da importância da educação familiar para vivermos em sociedade.

sábado, 25 de dezembro de 2021

Mensagem de Natal do Papa Francisco: "Somos grande na pequenez..."

 

"Se as feridas que trazes dentro gritam: 'não vales nada', nesta noite Deus responde e diz-te: 'Amo-te assim como tu és. Fiz-me pequeno por ti. Confie em mim e abra o coração'", expressou o líder da Igreja católica aos fiéis, Papa Francisco.

O Sumo Pontífice sublinhou a importância da "pequenez" como meio para "chegar ao que interessa", "aos excluídos", numa homilia que voltou a realizar-se no altar central da Basílica de São Pedro, no Vaticano.

25.12.2021

Papa Francisco

Um menu de memórias reinterpretadas...

Esta orquestra de aromas sempre fez parte de mim, aliás tal como todas as outras tradições festivas. Uma delas era a espera incessante para que um senhor rechonchudo, de bochechas mais redondas que cerejas vermelhinhas, de tanta a azáfama deste dia stressante, chamado Pai Natal chegasse de trenó.
(...)

https://www.publico.pt/2021/12/25/p3/cronica/menu-memorias-reinterpretadas-1989403

Feliz Natal...

Que a força do amor seja a luz que ilumina o nosso Natalpois como relembra o poeta:

Porque o amor é simples,
Vale a pena colhê-lo.
Nasce em qualquer degredo,
Cria-se em qualquer chão.
Anda, não tenhas medo!
Não deixes sem amor o coração!

                                                 Miguel Torga, Ajuda

sexta-feira, 24 de dezembro de 2021

Sugestão de Leitura: "Sonho de uma noite de Natal" de Aquilino Ribeiro

 "Sonho de uma noite de Natal"

«(...) O pai Natal vem de Lisboa e Paris, carregado, carregadinho que não pode com mais às costas. É verdade, mãe, que quem o manda é o Menino-Jesus?

- É verdade. O menino-Jesus enche-lhe os taleigos e diz-lhe: toca, vai levar ...

- Mas, ele só vai levar aos ricos!? À nossa casa não vem ...?

- Não querias mais nada?! Ele só anda pelas casas fartas ... asseadas ... muito branquinhas, e hão-de ter chaminé. Não sei se sabes, ele vem pela chaminé ...

- Também me disse a Zezinha que vinha pela chaminé. Por causa disso pôs um sapatinho na pedra do fogão para começar logo por ali. Diz ela que no sapatinho lhe há-de ele deixar uma prenda que não pode adivinhar o que seja, mas que é a mais bonita e a mais cara de todas. Ó mãe, se eu pusesse a tamanca bem estateladinha aqui à lareira, onde se visse, talvez ele me deixasse lá alguma coisa ...

- Não vês que a casa não tem chaminé...

O pai Natal podia vir pelo telhado e levantar uma telha ... bater à porta.

- O pai Natal não bate às portas. É como o vento. Bota-se a caminho e, pronto, está logo chegado. Se quisesse, entrava pelo buraco da fechadura. Connosco pouco adiantava. A nossa porta nem chave tem. Basta o cravelho, não há cá que roubar. Mas, como te digo o pai Natal de que mais gosto é de descer pela chaminé. É para que saibam que vem do céu, à ordem do Menino-Deus....

(...)

- Mas se o Menino-Jesus assim é bonzinho, igual para todos, como diz na catequese o senhor Cura havia de mandar o pai Natal também às casas de quem não é rico...

- Pois havia, e o Menino-Jesus, se calhar, bem o manda. Mas o pai Natal é que não dá conta dos pobres. Aos pobres ninguém os vê».

(Aquilino Ribeiro, "Sonho de uma noite de Natal: 1956)

O Pai Natal só anda pelas casas fartas e não vê os pobres...

Natal é...


 

Votos BE Clara Resende


 

quinta-feira, 23 de dezembro de 2021

Já leste?

espero que me calhe aquela fava

que é costume meter no bolo-rei:

quer dizer que o comi, que o partilhei

no natal com quem mais o partilhava

numa ordem das coisas cuja lei

de afectos e memória em nós se grava

nalgum lugar da alma e que destrava

tanta coisa sumida que, bem sei,

pela sua presença cristaliza

saudade e alegria em sons e brilhos,

sabores, cores, luzes, estribilhos...

e até por quem nos falta então se irisa

na mais pobre semente a intensa dança

de tempo adulto e tempo de criança.

Vasco Graça Moura


Natal

Foi tudo tão pontual

Que fiquei maravilhado.

Caiu neve no telhado

E juntou-se o mesmo gado

No curral.

Nem as palhas da pobreza

Faltaram na manjedoira!

Palhas babadas da toira

Que ruminava a grandeza

Do milagre pressentido.

Os bichos e a natureza

No palco já conhecido.

Mas, afinal, o cenário

Não bastou.

Fiado no calendário,

O homem nem perguntou

Se Deus era necessário…

E Deus não representou.

Miguel Torga

Diário V




So this is Christmas...

Nascimento de Jesus, por Rebeca Melo 5A


 

terça-feira, 21 de dezembro de 2021

Chegou o Inverno

 21 de dezembro: Solstício de Inverno

Vitória da luz sobre a escuridão

Solstício de inverno é um fenómeno astronómico que acontece todos os anos no dia 21 ou 22 de dezembro. Este ano, ocorrerá no dia 21 de dezembro de 2021, terça-feira, às 15h 59 marcando o início da estação no hemisfério norteÉ o dia mais curto do ano e, consequentemente, o que tem a noite mais longa.

A partir desta data, a duração do dia começa a crescer. Por isso, na antiguidade, o solstício de inverno simbolizava a vitória da luz sobre a escuridão.







sábado, 18 de dezembro de 2021

"Sonhos de Natal" de António Mota

           Todos os anos acontece o mesmo. Quando se aproxima o tempo do Natal, basta fechar os olhos para lembrar os natais da minha infância, o sabor das rabanadas, da aletria, dos figos secos, tão doces como o mel, e do cheiro da canela que perfumava a minha pequena aldeia ainda iluminada por candeias. Um tempo tão diferente, tão distante. Nesse tempo tão longínquo ninguém sabia do Pai Natal, quem punha as prendas nos tamancos, botas e sapatos, era o Menino Jesus. Como eu fazia pecados ao longo do ano, tinha à minha espera, na lareira ainda morna, um par de meias de lã e figos secos, embrulhados num cartuchinho de papel pardo.

Também me lembro deste pedacinho de texto que está publicado no meu livro Sonhos de Natal, com ilustrações de Júlio Vanzeler, e comovo-me:

  “…A primeira coisa a ir para dentro da gruta foi o musgo. Com muito jeito, alcatifámos o chão com as mantas fofas e verdes que fomos tirando das cestas. As heras foram crescendo em redor. E, de repente, o interior da gruta transformou-se numa serra verdinha, com arvoredo e cheia de pasto, a precisar de um rebanho de ovelhas e de alguns pastores.

O senhor Afonso levantou a tampa da caixa e nós ficámos calados a ver o que estava lá dentro. E o que estava lá dentro eram muitos embrulhinhos de jornal muito bem acondicionados.

 Ai, mas aqueles jornais escondiam figuras que ganhavam vida e nos faziam sonhar tanto!

         A primeira figura que ficou sem o papel era um pastor que se fartava de rir. Tinha umas bochechas muito encarnadas, vestia uns calções que lhe davam até aos joelhos e trazia um saquinho pelo ombro e uma cabaça à roda da cintura. Era um pastor alegre e devia ser bem amigo das suas ovelhas. Muito atento, o pastor foi para o cimo do monte e começou a assobiar pelo seu cão.

           O cão, todo preto e com manchas brancas por todo o corpo, pulou da caixa, desembaraçou-se dos jornais que o embrulhavam, e foi logo ter com ele. Aquele cão era, com toda a certeza, um grande amigo do pastor, sempre pronto a ajudá-lo a guardar as ovelhas e a fazer-lhe companhia naquela serra imensa e silenciosa, onde o tempo custava a passar.

           Gordinhas, com o corpo coberto de lã branca muito encaracolada, as ovelhas também apareceram e espalharam-se por toda a verdura. Muitas estavam cheias de fome, porque não paravam de pastar. Duas, estavam tão fartas, que nem sequer olhavam para aquele belo pasto. De cabeça erguida, fartavam-se de balir. Se calhar achavam que estava na hora de dar a mama aos filhos. Mas eles, andavam lá longe, nos sítios mais altos do monte, a dar pinotes, felizes com tanta liberdade.

           Feita com espigas de trigo, saiu da caixa uma manjedoura. Era uma boa ideia. Se chovesse ou nevasse, aquela manjedoura serviria para lá pôr feno seco para o rebanho comer.

           Outro pastor chegou. Aquele pastor, que era ainda rapazinho e tinha um chapéu roto na cabeça, foi pôr-se junto dos cordeiros. E fez muito bem. Aquela parte da serra não estava vigiada. Se aparecesse um lobo, os cordeiros, coitaditos, nem sequer teriam tempo de chamar pelo cão.

 Depois apareceu uma vaca. Devia ter dentro dela um filhote, porque tinha uma grande barriga e quis deitar-se junto da manjedoura. Do outro lado veio encostar-se um burrinho. Logo depois apareceu S. José e foi encostar-se à manjedoura. Atrás de José, veio Maria.

           O burrinho, a vaca, José e Maria estavam a olhar para a manjedoura. Bem se via que estavam bastante preocupados. O bafo muito quente saía das narinas da vaca e do burrinho e aquecia a palha da manjedoura.

           Uma estrela prateada apareceu no cimo da gruta, bem perto de um galo, que não parava de cantar.

           Finalmente, muito gorducho, sempre a rir, só com uma fralda de pano no corpo, o Menino Jesus foi posto na manjedoura.

           Depois ficámos bastante tempo a olhar. A olhar. Calados.

           O silêncio era tão grande naquela gruta que até parecia que ouvíamos o Menino Jesus a respirar tranquilamente.

António Mota, Sonhos de Natal, Edições Asa

Fonte - Blogue Escola Amiga da Criança, artigo acedido a 14/12/2021, disponível em:https://escolaamiga.pt/blog/bb21b93b-d644-49db-a444-f5b4cdfde2fc?filters=[]&offset=0&total=10 

Sugestão da Professora Bibliotecária

Anabela Cruz

sexta-feira, 17 de dezembro de 2021

Boas Festas da BE João de Deus


 A Pb Anabela Cruz

Direitos de autor e Direitos Conexos | Utilização livre


É permitida, sem o consentimento do autor, o uso e partilha de excertos ou fragmentos de uma obra ou prestação protegida, nos seguintes casos:

1. Exclusivamente para uso privado e sem fins comerciais
Para uso exclusivamente privado, de teor científico ou humanitário, também é consentida a reprodução de um exemplar único de obras não disponíveis no mercado, desde que pelo tempo estritamente necessário (Art.º 81.º, CDADC). [1]

São exemplos de utilizações permitidas fotocopiar uma página de um livro ou fazer um ficheiro mp3 de música para uso pessoal.
São exemplos de utilizações ilegais fazer uma cópia integral de CD, DVD ou livro destinado ao público da biblioteca escolar. Estas são consideradas obras pirateadas, uma vez que em locais públicos, ainda que para fins de educação, só são lícitos suportes oficiais. Também é ilegal passar música que comprei em linha (Spotify, Apple Music, iTunes…), da qual tenho comprovativo, em atividade aberta ao público na escola.

2. Crítica, discussão e ensino, sem fins comerciais, em estabelecimentos de ensino, bem como obras próprias destinadas ao ensino.
São exemplo de utilizações permitidas: disponibilizar um excerto de programa de rádio ou televisão em plataforma LMS (Learning Management System/ Sistema de Gestão de Aprendizagem), desde que o seu acesso seja limitado aos alunos da escola; exibir um excerto de filme ou peça de teatro em sala de aula.
São exemplos de usos ilegais: exibir excertos de obras para fins de entretenimento e solidariedade (sem entradas pagas) ou de angariação de fundos na escola; disponibilizar um conto integral no blogue da biblioteca escolar, fora do circuito interno e fechado da escola – a disponibilização pública de obra ou prestação integral, ainda que para efeitos de educação e ensino, só é lícita mediante consentimento do autor ou artista ou seu representante legal, por exemplo, a Sociedade Portuguesa de Autores; a falta desse consentimento constitui crime público de usurpação (Art.º 195.º, CDADC).

3. Se a obra ou prestação de artista tiver caído no domínio público, pode ser parcial ou totalmente reproduzida, desde que:
- Por uma biblioteca, arquivo ou museu público e instituição científica ou de ensino;
- Esse uso não se dirija ao público, mas se limite às necessidades das atividades dessas instituições;
- Dele não resulte vantagem económica e comercial.

4. A favor de pessoas com deficiência, na medida da sua necessidade e desde que sem fins lucrativos.

5. Para fins de informação, por parte dos media.

6. Para reprodução por instituições sociais sem fins lucrativos, tais como hospitais e prisões, por radiodifusão.
Estas utilizações livres e, as demais que constam do número 2 do artigo 75.º (CDADC), obedecem aos seguintes requisitos obrigatórios:
- Identificar o autor da obra ou prestação artística – quem usar como sendo criação intelectual sua aquela que é de outro, comete crime de contrafação (plágio);
- Não devem ser tão extensas que possam prejudicar o interesse pela obra ou prestação.
Estas exceções são muito relevantes para as bibliotecas, designadamente as bibliotecas escolares, pelo que se revela necessário conhecê-las bem, de forma as poder usufruir dos seus benefícios, continuando a respeitar os direitos de autor.

Referências

[1] Código do Direito de Autor e dos Direitos Conexos Decreto-lei 63/85, de 14 de março.

[2] Imagem: Opensofias, CC0, via Wikimedia Commons


 Fonte

terça-feira, 14 de dezembro de 2021

Alteração ao Calendário Escolar 2021-2022

Despacho n.º 12123-M/2021 – Diário da República n.º 239/2021, 2º Suplemento, Série II de 2021-12-13 Educação – Gabinetes do Secretário de Estado Adjunto e da Educação e da Secretária de Estado da Educação Altera o Despacho n.º 6726-A/2021, de 7 de julho, que aprova os calendários, para o ano letivo de 2021-2022, dos estabelecimentos públicos de educação pré-escolar e dos ensinos básico e secundário, bem como dos estabelecimentos particulares de ensino especial.


domingo, 12 de dezembro de 2021

Volta ao Mundo em Cem Livros Ep.5 12 Dez. 2021

 

3.º Domingo do Advento: Preparar o “caminho”

 

Preparar o “caminho” 

Preparar o “caminho” questionar os nossos limites, o nosso egoísmo e comodismo e operar uma verdadeira transformação da nossa vida no sentido do Bem. É preciso sair do nosso egoísmo e aprender a partilhar; é preciso quebrar os esquemas de exploração e de imoralidade e proceder com justiça; é preciso renunciar à violência e à prepotência e respeitar absolutamente a dignidade humana.

sexta-feira, 10 de dezembro de 2021

Convite - Clube de Teatro - Clara de Resende


 Paulo Ferreira, 
professor responsável pelo Grupo de Teatro 

10 de dezembro: Dia Internacional dos Direitos Humanos

«Todos os seres humanos nascem livres e iguais em dignidade e direitos; e, dotados de razão e consciência, devem agir uns para os outros com espírito de fraternidade». Esta asserção simples – quase poética, mas tão desejante de ser realidade – não é fácil esquecê-la. Como seria essencial que todas as mulheres, homens e jovens a gravassem desde cedo no pensamento, no coração, e não a deslembrassem. Como seria importante que todos os governos, todos os sistemas educativos, todas as organizações, todas as empresas a tomassem como referencial basilar, a respeitassem e promovessem.

 Trabalhos desenvolvidos na disciplina de Inglês pelas turmas da professora Paula Cunha


Que se perdoe a expressão, mas faz bem à alma citar este artigo 1.º da Declaração Universal dos Direitos Humanos, adotada e proclamada pela Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas, em 10 de dezembro de 1948 – uma conquista civilizacional de monta, só alcançada na sequência do término da Segunda Guerra Mundial e num tempo em que a maioria dos povos trabalhava para a reconstrução dos seus países, muitos deles devastados pelas bombas, pelas balas, pela miséria e pela violação massiva dos direitos humanos, precisamente. Em suma, uma conquista sofrida e indissociável da luta pela Paz.
E por isso 10 de dezembro é, em todo o mundo, o Dia dos Direitos Humanos. De que falamos então? De um conjunto de princípios e de valores de caráter universal que deveriam constituir uma realidade em todo o planeta e impor-se como quadro geral de referência para todas as constituições, todos os governos (nacionais, regionais ou locais), todas as leis de educação e todas as escolas.
Cremos que vale a pena recordar, de forma muito sintética, os principais desses direitos. Direito à vida, à liberdade e à segurança pessoal. Direito a não ser submetido à escravatura ou a servidão. Direito a não ser submetido a tortura nem a penas ou tratos cruéis e degradantes. Direito à personalidade jurídica. Direito à igualdade perante a lei. Direito a não ser preso, detido ou exilado arbitrariamente. Direito a não intromissões arbitrárias na vida privada ou no domicílio. Direito à livre circulação. Direito a uma nacionalidade. Direito a casar e a constituir família sem restrições de raça, nacionalidade ou credo religioso. Direito à propriedade, individual ou coletivamente. Direito à liberdade de pensamento, consciência e religião. Direito à liberdade de opinião e expressão. Direito à liberdade de reunião e associação pacíficas. Direito a participar na direção dos assuntos públicos do país. Direito de a vontade do povo se exprimir através de eleições honestas periódicas, com voto secreto, por sufrágio universal e igual. Direito à segurança social. Direito ao trabalho, à livre escolha do trabalho e à proteção contra o desemprego. Direito a salário igual para trabalho igual. Direito a remuneração satisfatória que assegure com dignidade a vida do cidadão e a da sua família. Direito a comparticipar na fundação de sindicatos, e a neles se filiar para defesa dos seus interesses. Direito a um nível de vida capaz de assegurar saúde, bem-estar, alimentação, vestuário, habitação, assistência médica… Direito à educação, gratuita, pelo menos no ensino elementar.

Neste mundo convulso, violento e com guerras, não são poucas as vozes (de governantes, de dirigentes políticos, de administrações e estruturas de gestão de todo o tipo) que referem e invocam os Direitos Humanos. E, contudo, há direitos quase sempre silenciados: o direito à não intromissão na vida privada, o direito ao trabalho, o direito à proteção contra o desemprego, o direito a salário igual para trabalho igual, o direito a remuneração satisfatória tendo em vista uma vida vivida com dignidade, o direito a uma habitação, os próprios direitos sindicais. E quando falamos deste silenciamento, da ignorância de tais direitos, não estamos a falar de nenhum lugar recôndito do mundo, mas sim da Europa em que vivemos, começando pelo nosso próprio país.
Finalmente, interessa não esquecer outro documento diretamente relacionado com a Declaração Universal dos Direitos Humanos. Referimo-nos à Convenção sobre os Direitos da Criança, adotada pela Assembleia Geral da ONU em 20 de novembro de 1989. Trata-se do instrumento de direitos humanos mais aceite na história universal, tendo sido ratificado por 196 países (os Estados Unidos foram exceção).
Um apelo final: saibamos regressar ao conhecido poema do poeta brasileiro Thiago de Melo (n. 1926), «Estatutos do Homem», apreciemos a sua beleza e meditemos sobre ele. Uma composição que começa desta forma tão marcante: «Artigo 1. Fica decretado que agora vale a verdade, / que agora vale a vida / e que de mãos dadas / trabalharemos todos pela vida verdadeira. // Artigo 2. Fica decretado que todos os dias da semana, / inclusive as terças-feiras mais cinzentas, / têm direito a converter-se em manhãs de domingo. (…)»
Declaração Universal dos Direitos Humanos e Convenção sobre os Direitos da Criança: dois quadros de referência para a nossa vida, para as nossas escolas. Que constituam também a base dos mais diversos projetos educativos multi e interdisciplinares. As sugestões de leitura que deixamos talvez possam ajudar nesse trabalho:
Canto do Amor Armado – Horóscopo para Os Que Estão Vivos (inclui o célebre poema «Estatutos do Homem»), de Thiago de Melo;
A Europa dos Direitos Humanos, de Anita Burlet, Jan Powels e Maria Praia (com belíssimas ilustrações de Manuela Bacelar);
O Futuro dos Direitos Humanos, de José Goulão
Os Direitos do Homem Contados às Crianças, de Jean-Louis Ducamp
Os Direitos das Crianças, de Luísa Ducla Soares
Os Direitos da Criança, de Matilde Rosa Araújo
Para Não Quebrar O Encanto – Os Direitos da Criança, de Vergílio Alberto Vieira


José António Gomes

quinta-feira, 9 de dezembro de 2021

Formaçao - Webinar: Diário de escritas


No dia 9 de dezembro, pelas 17 h, realizar-se-á mais um webinar no âmbito do Plano 21|23 Escola+, Eixo “Ensinar e Aprender”, sobre a ação específica “Diário de Escritas”, organizado conjuntamente pela Direção-Geral da Educação e pela Rede de Bibliotecas Escolares.

Contamos com a participação de duas especialistas, assim como de docentes do Agrupamento de Escolas de Monte da Ola (Viana do Castelo) e do Agrupamento de Escolas de Rio Tinto N.º 3 (Gondomar), para partilharem modelos, estratégias e recursos para a organização do trabalho oficinal de desenvolvimento da escrita em diferentes níveis e ciclos de ensino e em diferentes registos, géneros e formatos.

Pretende-se, deste modo, contribuir para uma reflexão sobre a atividade de escrita e suas múltiplas habilidades e técnicas, a par da promoção de oficinas, de portefólios e de ambientes que estimulem o gosto por escrever, de acordo com o referido no Plano de Recuperação das Aprendizagens, publicado em Diário da República, na Resolução de Conselho de Ministros n.º 90/2021.

Este webinar é moderado por Ana Luísa Alves (Direção-Geral da Educação) e Raquel Ramos (Rede de Bibliotecas Escolares), contando com a presença da Professora Encarnação Silva, da Escola Superior de Educação de Lisboa, e da Professora Mariana Pinto, da Escola Superior de Educação do Instituto Politécnico de Setúbal, assim como das professoras bibliotecárias Carminda Lomba e Teresa Gomes, do Agrupamento de Escolas de Monte da Ola e do Agrupamento de Escolas de Rio Tinto N.º 3, respetivamente.

Assista, acedendo a https://www.youtube.com/watch?v=PPx11yE_W7Q

quarta-feira, 8 de dezembro de 2021

8 de dezembro: Dia da Imaculada Conceição de Nossa Senhora

O dia da Imaculada Conceição, celebrado no dia 8 de dezembro, é feriado nacional.
Este dia invoca a vida e a virtude de Virgem Maria, mãe de Jesus, concebida sem mácula, ou seja, sem marca do pecado original, o que recebeu o título de dogma católico no dia 8 de dezembro de 1854. Assim, tem origem a celebração dessa comemoração, que é uma data de grande significado para a Igreja Católica.