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sexta-feira, 30 de setembro de 2022
quinta-feira, 29 de setembro de 2022
Um Abraço
“Diz-se que o nosso corpo tem a forma de um abraço. Talvez por isso a tarefa de abraçar seja tão simples, mesmo quando temos de percorrer um longo caminho. O abraço tem uma incrível força expressiva. Comunica a disponibilidade de entrar em relação com os outros, superando o dualismo, fazendo cair armaduras e motivos, cedendo, nem que seja por instantes, na defesa do espaço individual. Há uma tipologia vastíssima de abraços, e cada uma delas ensina alguma coisa sobre aquilo que um abraço pode ser: acolhimento e despedida, congratulação e luto, reconciliação e embalo, afeto ou paixão. Os abraços são a arquitetura íntima da vida, o seu desenho invisível, mas absolutamente presente; são plenitude consentida ao desejo e memória que revitaliza. Todos nos reconhecemos aí: em abraços quotidianos e extraordinários, abraços dramáticos ou transparentes, abraços alagados de lágrimas ou em puro júbilo, abraços de próximos ou de distantes, abraços fraternos ou enamorados, abraços repetidos ou, porventura, naquele único e idealizado abraço que nunca chegou a acontecer mas a que voltamos interiormente vezes sem conta. No princípio era o abraço, se pensarmos no colo que nos nutriu na primeira infância. Essa foi, para a maioria de nós, a primeira e reconfortante forma de comunicação. Mas a necessidade de um abraço acompanha a nossa existência até ao fim. O abraço é uma longa conversa que acontece sem palavras. Tudo o que tem de ser dito soletra-se no silêncio, e ocorre isto que é tão precioso e afinal tão raro: sem defesas, um coração coloca-se à escuta de outro coração.”
Cardeal Tolentino de Mendonça
29 de setembro: Dia dos Arcanjos
quarta-feira, 28 de setembro de 2022
terça-feira, 27 de setembro de 2022
segunda-feira, 26 de setembro de 2022
26 de setembro: Dia Europeu das Línguas
sexta-feira, 23 de setembro de 2022
23 de setembro: Início do Outono
sexta-feira, 16 de setembro de 2022
ONU: Visão para Transformar a Educação
No âmbito da Pré-Cimeira das Nações Unidas, Transformando a Educação (29 - 30 de junho, Paris), o Secretário-Geral António Guterres disponibilizou o rascunho sobre a Declaração de Visão para pensar o futuro da educação até 2030 e mais além.
De acordo com o comunicado de imprensa relativo à Declaração [1]:
- A educação é a solução para “realizar e desenvolver o potencial humano” e resolver os problemas do mundo, servindo para “impulsionar o desenvolvimento sustentável e a construção da paz”;
- As múltiplas crises globais da pandemia Covid-19, do clima, dos conflitos, do acesso desigual aos recursos prejudicam o alcance da Agenda 2030;
- Muitos sistemas educativos de países em desenvolvimento e desenvolvidos “estão em profunda crise”.
Neste documento Guterres destaca que a crise da educação é uma crise da:
- Equidade
“Mais de 258 milhões de crianças estão fora da escola, a maioria meninas. E as experiências e resultados da educação são profundamente afetados por deslocamentos forçados, deficiência, nível económico, geografia, raça e género”.
- Qualidade
“Metade de todos os alunos de 10 anos, em países de baixa e média renda, são incapazes de ler um texto básico”.
- Relevância
“Currículos desatualizados, formação de professores desatualizada e métodos de ensino desatualizados deixam os alunos sem as competências para: navegar no mundo atual em rápida mudança, lidar com a revolução digital, prosperar num mercado de trabalho em rápida mudança, responder à crise climática, viver em harmonia consigo e com o outro e contribuir para a construção da nação e o fortalecimento das sociedades democráticas. Hoje qualquer país que não esteja conduzindo ativamente uma revisão radical dos seus sistemas educativos corre o risco de ficar para trás amanhã”.
Transforming Education Summit (TES) é, para o Secretário Geral das Nações Unidas (SGNU), a oportunidade para colocar “a educação no centro” e “gerar impulso e compromisso” para alcançar o ODS 4. Deve marcar um ponto de viragem para a transformação da educação, identificando elementos-chave e soluções e estabelecendo laços de solidariedade que permitam que as boas práticas ganhem escala.
A 10 de setembro a União Europeia emitiu uma Declaração sobre a Cimeira na qual reconhece, tal como o SGNU, que “a educação está em crise profunda e os sistemas educativos já não são adequados ao seu propósito”. Lembra que o relatório 2021 da UNESCO, Reimaginar os nossos futuros juntos, lança o desafio para criar um novo contrato social para a educação e considera que a Declaração do SGNU é “uma base muito sólida e um excelente caminho para mobilizar vontade política e recursos”.
A Declaração da UE destaca que “A educação é um direito humano fundamental e um bem público comum” e condição para efetivação de todos os direitos humanos e de todos os ODS.
A UE prossegue os mesmos objetivos das NU, investindo na qualidade da educação baseada na inclusão, “em direitos, voltada para o futuro, holística e centrada no aluno” e destaca o seu compromisso com a igualdade de género, bem como as pessoas com deficiência e em situação de emergência e conflitos que tendem a ficar para trás e a abandonar a escola.
Na sequência do relatório da UNESCO, esta Declaração destaca a necessidade de valorizar a educação para a saúde materna e infantil e bem-estar e “reafirma o seu compromisso com a promoção, proteção e realização do direito de cada indivíduo a ter pleno controlo e decidir livre e responsavelmente sobre questões relacionadas com a sua sexualidade e saúde sexual e reprodutiva, livre de discriminação, coação e violência. A UE salienta ainda a necessidade de acesso universal a informações abrangentes sobre saúde sexual e reprodutiva, de qualidade e a preços acessíveis”.
São prioridade a educação pré-escolar e ao longo da vida e competências sociais, digitais e verdes que preparem para o futuro do trabalho, bem como a educação para a cidadania global e o “envolvimento significativo de jovens e estudantes na reimaginação e transformação da educação”.
A UE salienta que na futura Declaração da Visão para o futuro da educação:
"Gostaríamos de ver uma referência explícita à promoção de competências de literacia da informação e media, que devem complementar a literacia digital, o pensamento crítico, o pensamento científico e outras competências. Para capacitar pessoas de todas as idades a entender melhor e a enfrentar os desafios atuais, é imperativo que as pessoas tenham as competências necessárias para distinguir factos de informação incorreta e desinformação [sublinhado nosso]”. Sublinha que “Todos devem intensificar os esforços e fazer mais e melhor [sublinhado nosso]” e que é necessária maior coordenação entre instrumentos, programas educativos e Estados Membros.
A UE reafirma o seu compromisso com a educação e a Agenda 2030, sendo parceira no seu acompanhamento.
A Declaração da UE lança questões à visão do SGNU, por exemplo:
- Qual é o papel “dos jovens na implementação prática dos resultados do TES”?
- “O TES cria o impulso político para fazer mudanças reais” para alcançar o ODS 4. Porém, “como podemos tornar o acompanhamento mais concreto”, “Por exemplo, qual é o plano que deve ser feito com os resultados das linhas de ação temática e das consultas nacionais”? “Como preparar o caminho a seguir”?
Referências
1. United Nations (2022, 29 Jun.). Transforming Education Essential to Unlocking Safer, More Equal, Peaceful Future, Secretary-General Says in Message for Paris Summit. Paris: UN. https://press.un.org/en/2022/sgsm21357.doc.htm
2. Europe Union. (2022, 10 Sep). EU Statement – UN General Assembly: Briefing by the DSG on Transforming Education Summit. NY: EU. https://www.eeas.europa.eu/delegations/un-new-york/eu-statement-%E2%80%93-un-general-assembly-briefing-dsg-transforming-education_en?s=63
3. Fonte da imagem: United Nations. (2022, Jun.). We’ve got the United Nations covered. Paris: UN. https://press.un.org/en
quinta-feira, 15 de setembro de 2022
quarta-feira, 14 de setembro de 2022
terça-feira, 13 de setembro de 2022
Lado.a.lado
Bom Ano!
Um bom ano para todos/as.
segunda-feira, 12 de setembro de 2022
domingo, 11 de setembro de 2022
"Sísifo"
Recomeça...
Se puderes
Sem angústia
E sem pressa.
E os passos que deres,
Nesse caminho duro
Do futuro
Dá-os em liberdade.
Enquanto não alcances
Não descanses.
De nenhum fruto queiras só metade.
E, nunca saciado,
Vai colhendo ilusões sucessivas no pomar.
Sempre a sonhar e vendo
O logro da aventura.
És homem, não te esqueças!
Só é tua a loucura
Onde, com lucidez, te reconheças...
sábado, 10 de setembro de 2022
quinta-feira, 8 de setembro de 2022
8 de setembro: Dia de Natividade de Nossa Senhora
domingo, 4 de setembro de 2022
sábado, 3 de setembro de 2022
10 competências fundamentais nos próximos 10 anos
Nesta era de “fake news”, bolhas de redes sociais e sobrecarga de informação, o pensamento crítico está no topo da lista de competências vitais. Pensar de modo crítico significa analisar temas e situações baseado em provas e não rumores, opiniões pessoais ou preconceitos. Quando pratica o pensamento crítico, pode colocar em causa a validade das provas e discernir o que é verdade ou não numa série de situações.
Inteligência emocional é a habilidade de expressar e controlar as emoções. Uma pessoa emocionalmente inteligente tem noção de como as suas emoções influenciam o seu comportamento e impactam quem a rodeia e consegue gerir as suas emoções em conformidade. A empatia – a capacidade de ver o mundo da perspetiva de outra pessoa – é a chave fundamental da inteligência emocional.
Cultivar competências de gestão de tempo também é importante para a saúde mental. Quando consegue gerir o seu tempo eficazmente, cria um melhor equilíbrio vida pessoal/vida profissional, que lhe garante espaço para o que é mais importante para si.
sexta-feira, 2 de setembro de 2022
"A Casa dos Espíritos" de Isabel Allende
Ficha Técnica
quinta-feira, 1 de setembro de 2022
Votos de Bom Ano Letivo: 2022-2023
O regresso
Manuel António Pina, O regresso
"Luta"
Luta
O que eu sonho!A fé que ponho
Na imaginação!
Digo à razão
Que sim, que desvario
Nesta humana aventura,
E ergo mais a lança em desafio
E desço mais o elmo da loucura.
Nada conquisto, porque são moinhos
Os gigantes que encontro nos caminhos
Das minhas digressões.
Mas combato,
Combato
E desbarato
As próprias ilusões.
Vou procurando,
Nada encontrando.
Tento não desistir,
Mas temo não conseguir.
Até que ganho coragem,
Para seguir em frente.
Não é esta a minha paragem,
Espero outra, ansiosamente.
Miguel Torga, in Poesia Completa II