segunda-feira, 31 de outubro de 2022

Feliz Halloween!

              













DeClara n.º 58 Outubro 2022

31 de outubro - Dia Mundial da Poupança

 No 31 de Outubro de 2022 (Segunda-feira) assinala-se o Dia Mundial da Poupança.

Neste dia, entre outros objetivos, pretende-se:

  • Consciencializar as pessoas acerca da necessidade de poupar, bem como da sua importância em resposta a dificuldades financeiras;
  • Alertar os consumidores para a necessidade de disciplinar gastos e de salvaguardar alguma liquidez, para evitar situações de sobre-endividamento;
  • Recordar que, mesmo em períodos de crise, é importante fazer esforços para reduzir custos e poupar.

A criação de uma data que promova a noção de poupança, bem como a sua importância, remonta a outubro de 1924, durante o primeiro Congresso Internacional de Economia, em Milão, e foi assinalada pela primeira vez pelo Instituto Mundial de Bancos de Poupança, em 1925, na Itália.





domingo, 30 de outubro de 2022

"Queria que os portugueses" por Agostinho da Silva

Queria que os portugueses
tivessem senso de humor
e não vissem como génio
todo aquele que é doutor
sobretudo se é o próprio
que se afirma como tal
só porque sabendo ler
o que lê entende mal
todos os que são formados
deviam ter que fazer
exame de analfabeto
para provar que sem ler
teriam sido capazes
de constituir cultura
por tudo que a vida ensina
e mais do que livro dura
e tem certeza de sol
mesmo que a noite se instale
visto que ser-se o que se é
muito mais que saber vale
até para aproveitar-se
das dúvidas da razão
que a si própria se devia
olhar pura opinião
que hoje é uma manhã outra
e talvez depois terceira
sendo que o mundo sucede
sempre de nova maneira
alfabetizar cuidado
não me ponham tudo em culto
dos que não citar francês
consideram puro insulto
se a nação analfabeta
derrubou filosofia
e no jeito aristotélico
o que certo parecia
deixem-na ser o que seja
em todo o tempo futuro
talvez encontre sozinha
o mais além que procuro.
Agostinho da Silva

sábado, 29 de outubro de 2022

Mudança de hora: horário de inverno 2022-2023

Em 2022, o horário de inverno em Portugal começa no dia 30 de outubro às 02h00, quando os relógios devem ser atrasados uma hora.

A mudança de hora para o horário de inverno é feita todos os anos no último domingo de outubro.
Quando muda a hora?

A mudança de hora para o horário de inverno faz-se na madrugada de sábado para domingo, de 29 (sábado) para 30 de outubro (domingo) de 2022.

Mudança da hora em Portugal Continental e Madeira

O relógio mostra a mudança da hora de inverno no Continente e na Madeira. Fonte: Observatório Astronómico de Lisboa

Assim, às 02h00 do dia 30 deve-se atrasar o relógio uma hora no Continente e na Madeira. 


Nos Açores deve-se atrasar uma hora à 01h00 da manhã.

Mudança da hora nos Açores

O relógio mostra a mudança da hora de inverno nos Açores. Fonte: Observatório Astronómico de Lisboa

Nos Açores, a mudança horária acontece à 01h00 do dia 30 de outubro, quando os relógios passam a marcar 00h00.

Este é o dia mais longo do ano, com 25 horas, já que se atrasa uma hora nos relógios e se ganha uma hora. A partir desta data os dias começam a escurecer mais cedo.

O horário de inverno termina no dia 26 de março de 2023, último domingo de março, altura em que se muda para o horário de verão 2023, adiantando-se, pelo contrário, uma hora no relógio.

sexta-feira, 28 de outubro de 2022

"Deixar o Mundo Melhor" - Ricardo Araújo Pereira

Ricardo Araújo Pereira: “Há poucas sensações no mundo que me deem mais prazer do que uma gargalhada que faz as paredes da casa abanarem”

Vale a pena ouvir! Gostei

quinta-feira, 27 de outubro de 2022

28 e 29 de outubro: XI Jornadas da Rede de Bibliotecas da Maia - Literacia e Inclusão Digital


PROGRAMA28 DE OUTUBRO - SEXTA-FEIRA

09h00
Conferência de abertura
Câmara Municipal da Maia
Rede de Bibliotecas Escolares

09h30 - Mesa 1 - Literacia digital - vantagens e perigos
Fernando Azevedo - IE - UMinho
Isabel Mateus - APE + ILCH- UMinho
Ana Ramos - Universidade do Porto
Moderadora: Sara Reis Silva

11h30 - Mesa 2 - Literatura infantil nas redes sociais
Carlos Granja
Raquel Patriarca
José António Gomes (João Pedro Mésseder)
Moderador: Pedro Seromenho

14h30 - Mesa 3 - O poder da ilustração digital
Carlo Giovani
Sebastião Peixoto
Zita Pinto ou Raquel Costa
Moderadora: Marta Madureira do MIA/IPCA

16h00 - Mesa 4 - Fact-checking na literatura
Sandy Gageiro - Antena 2
Rita Pimenta - Público
Sérgio Almeda - JN
Moderadora: Felisbela Lopes

18h00 - Hora do conto com magia.
Rui Ramos com a obra "A Grande Fábrica de Palavras".

21h00 - 23h00
Espetáculo de música e poesia

29 DE OUTUBRO - SÁBADO

9h00 - 10h30 - Oficina de mediação de leitura com performance de storytelling
Pedro Seromenho

11h00 - 13h00 - Oficina de leitura e de escrita criativa
Pedro Eiras

terça-feira, 25 de outubro de 2022

Leituras pela Paz: Discurso de Malala Yousafzai

 

Biografia de Malala Yousafzai

Malala Yousafzai (1997) é uma jovem paquistanesa que vítima de um atentado por defender o direito das meninas irem à escola. Com 17 anos recebeu o Prémio Nobel da Paz.


sábado, 22 de outubro de 2022

Anúncios publicitários 7.ºB

Na disciplina de Português, 7º ano, foi solicitado aos alunos que criassem textos /anúncios publicitários para produtos inusitados, no âmbito do estudo desta temática.


Eis dois dos trabalhos apresentados pela Ava e o Gonçalo Kohler, do 7º B.😊

Professora de Português:
 Carla Sampaio

Parabéns pelo trabalho e criatividade!

Clara de Resende a Ler

 

Tempo para ler e pensar!

Biblioteca Clara de Resende
14-10-2022

22 de outubro: Dia de São João Paulo II

    O Papa que queria a Paz.
São João Paulo II nasceu no dia 18 de maio de 1920, em Wadowice, na Polónia. Foi batizado com o nome de Karol Wojtyła.

No dia 22 de outubro de 1978, João Paulo II inicia o seu pontificado, tornando-se no 264.º Papa. Karol Wojtyła foi líder da Igreja Católica durante 27 anos, até à data da sua morte, a 2 de abril de 2005.

Karol Wojtyła, que nasceu a 18 de maio de 1920, foi líder mundial da Igreja Católica durante 27 anos, desde o dia 22 de outubro de 1978, o que representa o terceiro maior pontificado da história, apenas superado pelos papas São Pedro (34 anos) e pelo Papa Pio IX (31).

O Papa João Paulo II foi o único eslavo e polaco a liderar a Igreja, até à sua morte, e quebrou o domínio italiano, que se mantinha desde o Papa holandês Adriano VI, em 1522.

Aclamado como um dos líderes mais influentes do século XX, Wojtyła assumiu uma função preponderante no fim do comunismo na Polónia e na Europa, além de ter contribuído decisivamente para a melhoria das relações entre a Igreja Católica e diferentes religiões.

“Precisamos de Santos sem véu, ou batina. Precisamos de Santos de calças de ganga e sapatilhas, de Santos modernos, do século XXI, com uma espiritualidade inserida em nosso tempo. Precisamos de Santos sociáveis, abertos, normais, amigos, alegres, companheiros. Precisamos de Santos que saibam saborear as coisas puras e boas do mundo, mas que não sejam mundanos”, afirmou um dia João Paulo II.

Ao longo do seu pontificado, visitou 129 países, beatificou 1340 pessoas e canonizou 483 santos (mais do que todos os seus antecessores juntos, em cinco séculos).

No dia 22 de outubro, a Igreja Católica celebra o dia de São João Paulo II. A data foi estabelecida pelo papa Francisco por simbolizar o dia em que Karol Wojtyla celebrou sua primeira missa como Pontífice, em 1978, iniciando seu pontificado.
EMRC
SJPIIRPNA

quinta-feira, 20 de outubro de 2022

20 de outubro - Dia Mundial de Combate ao Bullying


A Escola deve assumir-se como um espaço privilegiado na prevenção e combate a todas as formas de violência. Daí a importância que assume a implementação, por parte das escolas, de um plano de prevenção e combate ao Bullying e ao Ciberbullying.


O livro ZigZaga na Net, inspirado nas histórias da 1.ª temporada do podcast ZigZaga na Net, passou a integrar as recomendações de leitura do Plano Nacional de Leitura (PNL 2027). Este livro, contendo 30 pequenas histórias, pretende contribuir para o desenvolvimento da literacia digital dos mais novos - crianças da educação pré-escolar e do 1.º ciclo do ensino básico.

Desenvolvido numa parceria entre o Centro Internet Segura (Centro Nacional de Cibersegurança) e SeguraNet (Direção-Geral da Educação) — Centros de Sensibilização do Consórcio Centro Internet Segura — e a Rádio ZigZag (RTP), o livro ZigZaga na Net é mais um dos recursos disponíveis e que pode ser utilizado no desenvolvimento de atividades para assinalar o Mês das Competências Digitais, que se assinala durante outubro. Recorde-se que a criação deste mês resulta da iniciativa da área governativa da digitalização e da modernização administrativa, no âmbito da iniciativa INCoDe.2030.

O livro de aventuras digitais, ZigZaga na Net, encontra-se disponível online e os episódios do Podcast ZigZaga na Net em: https://www.rtp.pt/play/zigzag/p5444/zigzaga-na-net.

segunda-feira, 17 de outubro de 2022

Concurso Nacional de Leitura 16.ª edição – 2022 | 2023

 

A 16.ª Edição do Concurso Nacional de Leitura (CNL) decorre entre o dia 12 de outubro de 2022, data oficial de abertura, e o dia 3 de junho de 2023, dia da grande final. 
O objetivo principal do Concurso Nacional de Leitura é estimular o gosto e o prazer da leitura, com vista a melhorar o domínio da língua portuguesa, a compreensão leitora e os hábitos de leitura. 




domingo, 16 de outubro de 2022

Comemorações do Centenário de Agustina Bessa-Luís

No dia 15 de outubro teve início, em Amarante, o programa das comemorações do Centenário de Maria Agustina Ferreira Teixeira Bessa-Luís. O programa terá a duração de um ano e começa com a estreia de um filme baseado em «A Sibila».

As comemorações do centenário do nascimento de Agustina Bessa-Luís arrancaram com a estreia de um filme baseado em “A Sibila”, de 1954, um dos romances mais famosos da escritora nascida no concelho de Amarante.

Também a Orquestra do Norte, dirigida pelo maestro Martim Sousa Tavares, apresentou “Centenário do nascimento de Agustina Bessa-Luís” no Cineteatro Raimundo Magalhães, em Vila Meã, dia 15 de outubro, às 22h00.

Do repertório fazem parte: a obra do compositor alemão Christoph Willibald Gluck (1714-1787) – Abertura “Alceste”, Wq. 44; e a Sinfonia Nº. 2 em Dó Maior, Op. 61 de Robert Schumann (1810-1856) – I. Sostenuto assai – Allegro, ma non troppo, II. Scherzo: Allegro vivace, III. Adagio espressivo, IV. Allegro molto vivace.

As comemorações do centenário do nascimento de Agustina Bessa-Luís são lideradas pela Câmara de Amarante, concelho de onde é natural a autora, contando com a participação dos municípios de Baião, Esposende, Porto, Póvoa de Varzim, Peso da Régua e Vila do Conde e contam com o apoio das Universidades do Porto, Minho e Trás-os-Montes e Alto Douro, acompanhadas pela Direção Regional de Cultura do Norte, Turismo do Porto e Norte, Fundação de Serralves e RTP.

Dia Mundial da Alimentação


Dia Mundial da Alimentação é comemorado no 16 de outubro e foi criado com o intuito de desenvolver uma reflexão a respeito do quadro atual da alimentação mundial. A data foi escolhida para lembrar a criação da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura (FAO), em 1945. A primeira comemoração da data ocorreu no ano de 1981, quando o tema abordado foi “A comida vem primeiro”.

O Dia Mundial da Alimentação é um apelo global à Erradicação da Fome, por um mundo em que alimentos nutritivos estejam disponíveis e sejam acessíveis a todos, em qualquer lugar.

Hoje, porém, mais de 820 milhões de pessoas não têm alimentos suficientes e a emergência climática é uma ameaça crescente à segurança alimentar. Enquanto isso, dois mil milhões de homens, mulheres e crianças têm sobrepeso ou são obesos.

As dietas não saudáveis apresentam um enorme risco de doenças e morte.
É inaceitável que a fome esteja a aumentar num momento em que o mundo desperdiça mais de mil milhões de toneladas de alimentos por ano.

Está na hora de mudar a forma como produzimos e consumimos, inclusive para reduzir as emissões de efeito estufa. A transformação dos sistemas alimentares é crucial para o cumprimento de todos os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável.

sábado, 15 de outubro de 2022

Quem inventou o nome «Chéquia»?

Nos últimos tempos, começámos a ouvir um novo nome de país: Chéquia. 
Que é feito da velha República Checa?
Foto por Martin Krchnacek em Unsplash

Este artigo é baseado num episódio do canal A Vida Secreta das Línguas.

1. Os dois nomes dos países
Há exceções, mas a maioria dos países tem dois nomes: um nome curto, como «Portugal», «Espanha», «Angola», que usamos nas conversas do dia-a-dia, e um nome longo, que costuma incluir uma descrição do regime, como «República Portuguesa», «Reino de Espanha», «República de Angola». Todos estes nomes — curtos e longos — traduzem-se nas várias línguas, com uma ou outra exceção.
Nem sempre os nomes curtos e os nomes longos têm relação. O Reino dos Países Baixos tem este nome, em português, há muito tempo — mas sempre chamámos «Holanda» àquele país, usando, no fundo, aquilo que é uma sinédoque (tomamos a parte pelo todo, já que «Holanda» é apenas uma parte do Reino dos Países Baixos).
O governo lá do sítio, que até costumava usar as várias versões linguísticas de «Holanda» nos seus textos de divulgação turística, insiste agora em «Países Baixos» como forma curta do nome do país nas outras línguas.
Tem tido algum sucesso, principalmente em línguas onde a versão local de «Holanda» já se usava menos, como é o caso do inglês, onde «Netherlands» («Países Baixos» em inglês) já era o nome mais comum, mesmo antes do pedido do governo holandês (ups…).
Por cá, dizer «Países Baixos» numa conversa entre amigos ainda provoca aquela sensação peculiar de que a pessoa está a fazer um esforço...

2. Problemas boémios
Quanto à República Checa… O país apareceu no mapa da Europa nos anos 90, na sequência do Divórcio de Veludo. Sem guerras, a Checoslováquia dividiu-se em dois países: a República Checa e a República Eslovaca.
Nas várias línguas da Europa, a República Eslovaca ganhou rapidamente um nome curto: Eslováquia. Afinal, bastava tirar «Checo-» ao nome do país anterior e ficávamos com um nome pronto a usar, que não arranhava os ouvidos.
Já a República Checa não tinha nome curto à mão de semear. Não iríamos usar apenas «Checo», que é uma espécie de prefixo — e «Chéquia» era coisa que nunca ninguém tinha ouvido. As designações históricas da área eram outras: Morávia, Silésia (uma parte) e, acima de tudo, Boémia.
Assim, o próprio nome longo tornou-se o nome que usamos nas conversas do dia-a-dia. Falamos de Portugal, de Espanha, da Alemanha, da República Checa…

3. Um novo nome
Praticamente todos os países têm um nome curto — a República Checa parecia ser uma rara exceção.
Para resolver o problema, em 2016, o governo checo aprovou o novo nome, para ser usado em várias versões linguísticas. Em português, ficou «Chéquia». Depois, fez um pedido às várias organizações internacionais que mantêm listas de nomes de países (como a ONU ou a União Europeia) para passarem a incluí-lo ao lado de «República Checa».
Foi apenas isso: um pedido do governo checo para deixar ao dispor dos falantes das outras línguas um nome curto, se alguém precisasse. Não se criou nenhuma obrigação — nem, muito menos, se proibiu o uso de «República Checa», que continua na lista, na coluna do nome longo.
As organizações internacionais cumpriram o desejo do governo checo e o novo nome, nas várias línguas, apareceu nas listas. Começou também a ser cada vez mais visto nas situações onde se usavam, para os outros países, os nomes curtos.
Vendo o nome nas listas oficiais, as associações de futebol seguiram o exemplo. Afinal, a FIFA e a UEFA sempre se serviram dos nomes curtos dos países. Dão mais jeito — não é nada prático falar dos embates entre a República Francesa e a República Islâmica do Irão. «França — Irão» ocupa menos espaço.
Porque não fazer o mesmo no caso da República Checa? Foi assim que nos vimos, há uns dias, perante um jogo entre a Chéquia e Portugal, o que deixou muitos portugueses intrigados.
O que vai acontecer? Bem, quem manda na língua portuguesa são os seus falantes — talvez o nome pegue, como tantos outros, talvez não. Cá estaremos para ver. Como raramente os falantes gostam de alterações de hábitos linguísticos impostos de cima, demorará ainda muito tempo até tal nome se ouvir habitualmente em conversas que não sejam sobre o ridículo que é dizer «Chéquia». A língua muda, mas têm de ser os falantes a mudá-la — não o governo da República Checa.
Uma coisa é certa, como disse acima: «República Checa» continua a ser um dos nomes do país, perfeitamente correcto em português.

4. Países que só têm um nome
Já que falamos de nomes de países, diga-se que há alguns que têm apenas um nome. Por exemplo, a Ucrânia — não há uma «República da Ucrânia» — há apenas a Ucrânia. Da mesma forma, temos o Canadá, a Jamaica, a Hungria… São ainda bastantes os países que não gostam de complicações.
Há um caso curioso: a Irlanda é um dos Estados que usa, oficialmente, apenas o nome curto. Nos tratados da União Europeia, por exemplo, ao lado da República Portuguesa, do Reino de Espanha, da República Federal da Alemanha — e de tantos outros Estados de nomes longos — aparece a simples Irlanda.
E, no entanto, no dia-a-dia, usamos um nome longo que não é oficial: «República da Irlanda». Porquê? É uma forma de fazer a distinção com a Irlanda do Norte…
Aliás, é também por isso que o próprio Estado irlandês insiste no nome curto: ter como nome oficial apenas «Irlanda» é uma forma de lembrar que a ilha é só uma e, um dia, há-de estar unida.
Olhar para os nomes dá nisto: começámos num país que se separou do vizinho e terminámos noutro que se quer unir.
(Crónica no Sapo 24.)

sexta-feira, 14 de outubro de 2022

Academia de Líderes Ubuntu

 

O evento centrado na relação entre o Ubuntu e a Comunidade, este ano tem como tema: "Bem-estar e saúde mental". Estes aspetos tão trabalhados na metodologia Ubuntu, ganham agora mais destaque e preocupação após os passados anos de pandemia.
Em Vila Nova de Gaia, numa relação com escolas, empresas, associações e famílias, o programa conta com contributos internacionais, painéis de conversa, atividades promotoras de bem-estar e workshops sobre o tema durante estes três dias recheados de animação.
Inscrições e mais detalhes disponibilizados em breve - as novidades podem ser acompanhadas nas redes sociais da Academia de Líderes Ubuntu e Ubuntu no Bairro.

O #UbuntuFestGaia enquadra-se no projeto Ubuntu no Bairro e é uma iniciativa da Academia de Líderes Ubuntu, desenvolvida pelo Instituto Padre António Vieira em parceria com a Câmara Municipal de Gaia e o projeto Meu Bairro Minha Rua. Esta edição contou ainda com o apoio de Portugal - Inovação Social e é cofinanciada pelo Programa Operacional: Inclusão Social e Emprego, Portugal 2020 - Fundo Social Europeu.


terça-feira, 11 de outubro de 2022

Rede de Bibliotecas Escolares: Reunião presencial Porto

Com vista a discutir algumas matérias que se prendem com o que se espera das bibliotecas escolares e dos professores bibliotecários ao longo deste ano letivo, a Coordenadora Nacional da Rede de Biblioteca Escolares, Dra. Manuela Pargana Silva, retoma uma prática de há alguns anos – reunir presencialmente com os professores bibliotecários, em reuniões parcelares com alguma proximidade geográfica.
Hoje no Porto, em Conservatório de Música do Porto.
Regresso às reuniões regionais presenciais entre a coordenadora do Gabinete RBE, CIBES e professores bibliotecários: importante estarmos todos juntos a discutir os grandes objetivos da RBE para este ano letivo!

Quantos anos tenho?

Quantos anos tenho?

Tenho a idade em que as coisas
são vistas com mais calma,
mas com o interesse de seguir crescendo.
Tenho os anos em que os sonhos começam
a acariciar com os dedos e as ilusões
se convertem em esperança.
O que importa se faço vinte,
quarenta ou sessenta?!
O que importa é a idade que sinto.
Tenho os anos que necessito
para viver livre e sem medos.
Para seguir sem temor pela trilha,
pois levo comigo a experiência adquirida
e a força de meus anseios.
Quantos anos tenho? Isso a quem importa?
Tenho os anos necessários
para perder o medo e fazer o que quero ...
(José Saramago)

segunda-feira, 10 de outubro de 2022

Literacia financeira: Nove dicas para reduzir o orçamento mensal


1. Redução do consumo de água

"Esta é uma recomendação já 'velha', na medida em que devemos procurar adotá-la como um hábito permanente e não apenas pela subida dos preços. A redução do consumo de água, além de ajudar a reduzir a fatura mensal, é uma ação importante para ajudarmos a preservar os recursos do nosso planeta. Pode começar pelos atos diários, como fechar a torneira enquanto escova os dentes e lava a louça, por exemplo."

2. Diminuir gastos com a eletricidade

"Há várias formas de reduzirmos o valor da fatura da eletricidade com pequenos gestos no nosso dia a dia. O mais simples e mais óbvio é desligar todas as luzes de uma divisão quando não saímos dela. Outra dica bastante eficaz passa por trocar as lâmpadas incandescentes da sua casa por lâmpadas LED."

3. Menos refeições fora de casa

"Almoçar ou jantar num restaurante, ou tomar o pequeno almoço na pastelaria perto da sua casa pode ser o escape perfeito para as rotinas do dia a dia. No entanto, quando se torna um hábito regular, representa um valente rombo no orçamento mensal."

4. Idas ao supermercado? Só com lista e sem fome

"Muitos de nós caímos neste erro e com alguma frequência: sabemos que temos de ir ao supermercado porque nos falta algo em casa, mas não temos bem noção do quê. Resultado: acabamos por trazer mais do que aquilo que necessitamos porque ficamos na dúvida se é está em falta ou não."

5. Definir orçamento mensal e cumpri-lo

"Planear as despesas mensais e apontar todos os gastos é uma ótima estratégia para perceber onde pode poupar. Pode começar por criar um ficheiro Excel com os “custos obrigatórios”, como, por exemplo, o crédito à habitação, luz, água, internet, etc. Depois, aponte todos os gastos extras (como refeições fora de casa, comprar roupa nova, entre outros) e ficará com uma estimativa das suas despesas mensais."

6. Já ouviu falar da regra 50/30/20?

"Um bom método para conseguir delinear o seu orçamento familiar é a regra 50/30/20. Esta fórmula sugere segmentar as despesas mensais em três partes:50% do orçamento mensal deve corresponder aos gastos fixos, como mencionamos anteriormente: a renda da casa, a fatura da água e da luz, custos com alimentação e transportes, etc.
30% poderá ser utilizado para despesas supérfluas, como viagens, refeições fora de casa e comprar roupa nova.
20% do valor deve ser utilizado para amortizar dívidas existentes ou constituir um fundo de emergência. Assim, está sempre preparado para possíveis contrariedades no futuro."

7. Diga não ao desperdício alimentar

"A preguiça ou o desconhecimento podem levar-nos a deitar fora sobras de refeições que poderiam ser perfeitamente aproveitadas posteriormente. Dedique algum tempo a planear as refeições da semana para evitar desperdiçar alimentos e aproveite o que restar para levar de almoço no dia seguinte."

8. Considere investir as suas poupanças

"Em tempos em que a inflação não dá tréguas, como agora, o dinheiro 'parado' começa a perder valor. Isto acontece porque existe uma diminuição do poder de compra, pelo que a solução ideal é começar a investir as suas poupanças."

9. Renegociar pode ser a chave

"Muitas vezes olhamos para a renegociação de contratos como uma consequência, ou seja, encaramos como a última alternativa para evitar entrar em incumprimento. No entanto, rever as condições dos seus contratos - seja de empréstimos pessoais, créditos habitação, seguros, internet, entre outros - pode, na verdade, ajudá-lo a poupar algumas centenas de euros."

Ler em

"Enquanto é tempo"

 ENQUANTO É TEMPO

A vida é feita de oportunidades,
E estas têm de ser aproveitadas,
Já que o viver se esfuma num momento!
“A morte é certa”… a maior das verdades,
Mas quantas vidas estão inacabadas
Por se entregarem ao sofrimento?
O tempo é o que temos de mais incerto
Por isso tem de ser aproveitado
Com aquilo que temos de melhor…
Ter os que mais amamos bem por perto,
Quem nos faz crescer mesmo ao nosso lado
E trilhar os caminhos do amor!
Não jogar oportunidades fora,
Valorizar aquilo que se tem,
E em tudo encontrar gratidão!
Viver não é amanhã… é agora!
Nunca haverá na vida maior bem
Que o bem que levamos no coração!
6-10-2022
Hélio Quarta
Projectos de Escrita


12.ª edição do concurso Geração €uro

O concurso dirige-se aos alunos do Ensino Secundário, dos 15 aos 19 anos, independentemente da área de estudos que frequentem, e pretende sensibilizar a geração de europeus que cresceu com a moeda única para a importância da política monetária.

O concurso Geração €uro é promovido pelo Banco Central Europeu (BCE) e pelos bancos centrais nacionais do Eurosistema e decorre entre outubro de 2022 e maio de 2023.

Para participar é preciso: Formar equipas de três a cinco alunos, com orientação de um professor; Inscrever-se no site do concurso Geração €uro.

A equipa vencedora da edição portuguesa do concurso Geração €uro será convidada a participar num evento organizado pelo BCE. Juntamente com as restantes equipas vencedoras, terá a oportunidade de conhecer e interagir com a presidente do BCE, Christine Lagarde.

Fases do concurso

Na primeira fase do concurso, que decorre até 30 de novembro de 2022, os alunos respondem a um questionário online sobre a política monetária do euro. O questionário está disponível no site do concurso e integra 30 perguntas com três níveis de dificuldade.

As equipas com melhores resultados serão convidadas a produzir um trabalho sobre política monetária, no qual terão de estimar a taxa de juro que o BCE deverá fixar em fevereiro de 2023.

Finalmente, as equipas com os melhores trabalhos terão de fazer uma apresentação perante um júri designado pelo Banco de Portugal. As três melhores equipas receberão os seguintes prémios:

1.º lugar – Cheques-presente no valor de 350€ para cada aluno e Professor + Troféu para a escola
2.º lugar – Cheques-presente no valor de 250€ para cada aluno e Professor + Troféu para a escola
3.º lugar – Cheques-presente no valor de 150€ para cada aluno e Professor + Troféu para a escola



 

 

domingo, 9 de outubro de 2022

"Um poema" de Miguel Torga


UM POEMA

Não tenhas medo, ouve:
É um poema.
Um misto de oração e de feitiço...
Sem qualquer compromisso,
Ouve-o atentamente,
De coração lavado.
Poderás decorá-lo
E rezá-lo
Ao deitar,
Ao levantar,
Ou nas restantes horas de tristeza.
Na segura certeza
De que mal não te faz.
E pode acontecer que te dê paz...


Diário XIII - Miguel Torga

Sugestão de Leitura: "Escola, cidadania e democracia", de António Barreto

António Barreto no seu melhor. 
É difícil dizer melhor o que tem de ser dito sobre um tema, aparentemente esgotado. 
Eis um texto de leitura obrigatória.

Escola, cidadania e democracia

É um velho lugar-comum: “A educação é muito importante.” Ou um nariz-de-cera: “A escola tem um papel decisivo.” Escolha da profissão? Tem de ser na escola. Criar uma família? Aprende-se na escola. Ter boas maneiras e boa formação? Depende da escola. Ter um comportamento cívico decente, respeitar os outros e cumprir as leis? É na escola que se começa. Luta contra a droga? Começa na educação. Saber exprimir os seus sentimentos e a sua sexualidade, escolher o seu género? Tudo se constrói na escola.


Diz-se que é na escola que se toma consciência da família e da pátria, da classe e da etnia. É ali que se percebe a desigualdade social, que se aprende a prestar atenção aos pobres e que se tem experiências de solidariedade. É ainda na escola que se tem as primeiras noções de cultura e das artes e que se dá largas à criatividade.


O que muitos entendem por civismo deveria, dizem, aprender-se na escola: pagar impostos, cumprir os seus deveres, assumir responsabilidades perante a comunidade, circular pela direita, deixar passar quem tem pressa, dar o lugar aos mais velhos e ser cortês nas ruas e nos centros comerciais.


É ainda na escola onde se começa a zelar pelo ambiente, a olhar para a ecologia, a respeitar a natureza, a cuidar dos animais e a contribuir para a limpeza das cidades e dos campos.


Em poucas palavras, a escola seria o berço da sabedoria e da consciência, o ninho do civismo e do bom comportamento, o alfobre de virtudes e da rectidão.


Nada disto é verdade, ou antes, tudo isto é verdade e também o seu contrário. E por isso há quem pense que a escola é um antro de pecado e crime, local onde se faz sexo e droga, onde se alimentam ideias perigosas, onde se forja uma personalidade insubmissa, onde se ignora Deus e odeia a família.


Mas o mais poderoso argumento a favor de uma escola de valores e de ideologia, que traduza uma ideia do mundo e da sociedade, que seja o viveiro de cidadãos e que fomente o desenvolvimento do civismo e da virtude, consiste na cidadania democrática. À escola compete formar cidadãos. O que quer dizer: educar para a democracia, alimentar a tolerância, fomentar as virtudes cívicas. Dito assim, parece inelutável e consensual. Na verdade, se procurarmos um pouco, rapidamente se verifica que estamos perante uma banalidade perigosa.


A recente polémica que envolve uma família de Vila Nova de Famalicão foi um bom exemplo da dificuldade deste tema. Na verdade, os pais têm o dever de enviar os filhos à escola. Mas não têm o direito de ajudar os filhos a faltar, sem o que toda a gente poderia fazer objecção de consciência a qualquer disciplina. O problema não reside aí, mas sim no programa, naquele programa, que deveria ser banido pelas vias legais, políticas e institucionais. As autoridades educativas deveriam rever e reformar os conteúdos programáticos da escolaridade obrigatória, a fim de os depurar destas formas aberrantes de autoritarismo dogmático e de despotismo cultural. Assim como proteger a escola destas intervenções minoritárias prepotentes.


Mas então, pergunta-se, a escola não deve ser democrática, formar democratas, desenvolver a democracia? Sim e não. A escola deve ser democrática. Mas não deve ensinar a democracia. Nem formar consciências políticas. A escola deve ser democrática, estar acessível a todos os cidadãos, sem criar barreiras de qualquer espécie à sua frequência pelos jovens da área de residência.


A escola deve ser democrática porque deve dar as informações factuais necessárias à vida em comum, como sejam as regras inscritas na Constituição e fixadas nas leis. A escola será democrática se evitar, tanto quanto possível, todas as formas de doutrinação de ideias políticas, de crenças religiosas ou de quaisquer outros credos ou crenças.


A escola não deve ensinar ideologias de qualquer espécie, democráticas sejam elas, até porque não pode, nem tem de escolher entre democracia avançada, democracia política, democracia cultural, democracia popular, democracia directa, democracia cristã, social-democracia ou centralismo democrático.


Da democracia, a escola deve limitar-se às regras e dispositivos constitucionais relativos ao sistema e aos órgãos do poder, aos direitos e deveres dos cidadãos, às garantias das liberdades, à participação eleitoral, ao equilíbrio dos poderes entre instituições, ao acesso à justiça e à defesa dos cidadãos perante ameaças de outros ou do Estado.


A escola deverá, em disciplinas de organização política ou de História, referir a natureza e a forma dos diversos regimes políticos, suas implicações, seus exemplos históricos, mas não deve tomar partido. A escola poderá, nas suas disciplinas de História, aprofundar a evolução dos sistemas políticos, a natureza dos regimes, a história da liberdade e da tirania, mas não deve impor ou condenar ideias.


A escola não deve doutrinar, nem ensinar nenhuma matéria relativa à vida privada dos cidadãos, às suas escolhas pessoais, às suas preferências religiosas, à expressão dos seus sentimentos, à sua sexualidade ou ao desenvolvimento afectivo da sua personalidade. Os sentimentos não fazfiem parte da cidadania, não constituem capítulos dos direitos, deveres e garantias dos cidadãos, não fazem parte do elenco de dispositivos constitucionais. Há disciplinas onde essas matérias podem ser tratadas: em Biologia e Ciência Naturais; em História; em Psicologia e Sociologia. Mas não devem constituir matéria à parte nem disciplinas próprias, de modo a evitar vários perigos. Por exemplo, a doutrinação ideológica ou religiosa. O condicionamento da vida privada e da escolha individual. O contrabando ideológico e cultural ao sabor das modas e do oportunismo dos professores. E finalmente a confusão entre vida privada e vida pública, cuja distinção é crucial para a liberdade individual e a vida em comunidade democrática.


Todos os ditadores e todos os regimes autoritários defenderam sempre uma educação de valores, de princípios, com conteúdos morais e com normas de comportamento, quando não com regras religiosas.


A escola não é nem deve ser uma República clerical, nem um claustro de virtudes, muito menos uma ditadura religiosa ou laica. Tudo o que se queira fazer na escola, artes, letras, jogos, natureza, solidariedade, filantropia, expedições, limpeza de ruas, ecologia e afectos pode ser feito fora das horas de aulas, até nas instalações e com os professores, mas sem leis, sem programas impostos, sem obrigatoriedade e sem avaliação.


A escola deve ser democrática, mas não impingir a democracia.

António Barreto

in Público, 2022.08.13


Sugestão da Professora 

Clementina Sobral Torres