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segunda-feira, 31 de outubro de 2022
31 de outubro - Dia Mundial da Poupança
No 31 de Outubro de 2022 (Segunda-feira) assinala-se o Dia Mundial da Poupança.
Neste dia, entre outros objetivos, pretende-se:
- Consciencializar as pessoas acerca da necessidade de poupar, bem como da sua importância em resposta a dificuldades financeiras;
- Alertar os consumidores para a necessidade de disciplinar gastos e de salvaguardar alguma liquidez, para evitar situações de sobre-endividamento;
- Recordar que, mesmo em períodos de crise, é importante fazer esforços para reduzir custos e poupar.
A criação de uma data que promova a noção de poupança, bem como a sua importância, remonta a outubro de 1924, durante o primeiro Congresso Internacional de Economia, em Milão, e foi assinalada pela primeira vez pelo Instituto Mundial de Bancos de Poupança, em 1925, na Itália.
domingo, 30 de outubro de 2022
"Queria que os portugueses" por Agostinho da Silva
sábado, 29 de outubro de 2022
Mudança de hora: horário de inverno 2022-2023
sexta-feira, 28 de outubro de 2022
"Deixar o Mundo Melhor" - Ricardo Araújo Pereira
quinta-feira, 27 de outubro de 2022
28 e 29 de outubro: XI Jornadas da Rede de Bibliotecas da Maia - Literacia e Inclusão Digital
09h00
Conferência de abertura
Câmara Municipal da Maia
Rede de Bibliotecas Escolares
09h30 - Mesa 1 - Literacia digital - vantagens e perigos
Fernando Azevedo - IE - UMinho
Isabel Mateus - APE + ILCH- UMinho
Ana Ramos - Universidade do Porto
Moderadora: Sara Reis Silva
11h30 - Mesa 2 - Literatura infantil nas redes sociais
Carlos Granja
Raquel Patriarca
José António Gomes (João Pedro Mésseder)
Moderador: Pedro Seromenho
14h30 - Mesa 3 - O poder da ilustração digital
Carlo Giovani
Sebastião Peixoto
Zita Pinto ou Raquel Costa
Moderadora: Marta Madureira do MIA/IPCA
16h00 - Mesa 4 - Fact-checking na literatura
Sandy Gageiro - Antena 2
Rita Pimenta - Público
Sérgio Almeda - JN
Moderadora: Felisbela Lopes
18h00 - Hora do conto com magia.
Rui Ramos com a obra "A Grande Fábrica de Palavras".
21h00 - 23h00
Espetáculo de música e poesia
29 DE OUTUBRO - SÁBADO
9h00 - 10h30 - Oficina de mediação de leitura com performance de storytelling
Pedro Seromenho
11h00 - 13h00 - Oficina de leitura e de escrita criativa
Pedro Eiras
terça-feira, 25 de outubro de 2022
Leituras pela Paz: Discurso de Malala Yousafzai
Malala Yousafzai (1997) é uma jovem paquistanesa que vítima de um atentado por defender o direito das meninas irem à escola. Com 17 anos recebeu o Prémio Nobel da Paz.
segunda-feira, 24 de outubro de 2022
sábado, 22 de outubro de 2022
Anúncios publicitários 7.ºB
Na disciplina de Português, 7º ano, foi solicitado aos alunos que criassem textos /anúncios publicitários para produtos inusitados, no âmbito do estudo desta temática.
22 de outubro: Dia de São João Paulo II
quinta-feira, 20 de outubro de 2022
20 de outubro - Dia Mundial de Combate ao Bullying
segunda-feira, 17 de outubro de 2022
Concurso Nacional de Leitura 16.ª edição – 2022 | 2023
domingo, 16 de outubro de 2022
Comemorações do Centenário de Agustina Bessa-Luís
Dia Mundial da Alimentação
sábado, 15 de outubro de 2022
Quem inventou o nome «Chéquia»?
sexta-feira, 14 de outubro de 2022
Academia de Líderes Ubuntu
terça-feira, 11 de outubro de 2022
Rede de Bibliotecas Escolares: Reunião presencial Porto
Quantos anos tenho?
Quantos anos tenho?
segunda-feira, 10 de outubro de 2022
Literacia financeira: Nove dicas para reduzir o orçamento mensal
"Enquanto é tempo"
ENQUANTO É TEMPO
12.ª edição do concurso Geração €uro
Fases do concurso
1.º lugar – Cheques-presente no valor de 350€ para cada aluno e Professor + Troféu para a escola
2.º lugar – Cheques-presente no valor de 250€ para cada aluno e Professor + Troféu para a escola
3.º lugar – Cheques-presente no valor de 150€ para cada aluno e Professor + Troféu para a escola
domingo, 9 de outubro de 2022
"Um poema" de Miguel Torga
É um poema.
Um misto de oração e de feitiço...
Sem qualquer compromisso,
Ouve-o atentamente,
De coração lavado.
Poderás decorá-lo
E rezá-lo
Ao deitar,
Ao levantar,
Ou nas restantes horas de tristeza.
Na segura certeza
De que mal não te faz.
E pode acontecer que te dê paz...
Diário XIII - Miguel Torga
Sugestão de Leitura: "Escola, cidadania e democracia", de António Barreto
Escola, cidadania e democracia
É um velho lugar-comum: “A educação é muito importante.” Ou um nariz-de-cera: “A escola tem um papel decisivo.” Escolha da profissão? Tem de ser na escola. Criar uma família? Aprende-se na escola. Ter boas maneiras e boa formação? Depende da escola. Ter um comportamento cívico decente, respeitar os outros e cumprir as leis? É na escola que se começa. Luta contra a droga? Começa na educação. Saber exprimir os seus sentimentos e a sua sexualidade, escolher o seu género? Tudo se constrói na escola.
Diz-se que é na escola que se toma consciência da família e da pátria, da classe e da etnia. É ali que se percebe a desigualdade social, que se aprende a prestar atenção aos pobres e que se tem experiências de solidariedade. É ainda na escola que se tem as primeiras noções de cultura e das artes e que se dá largas à criatividade.
O que muitos entendem por civismo deveria, dizem, aprender-se na escola: pagar impostos, cumprir os seus deveres, assumir responsabilidades perante a comunidade, circular pela direita, deixar passar quem tem pressa, dar o lugar aos mais velhos e ser cortês nas ruas e nos centros comerciais.
É ainda na escola onde se começa a zelar pelo ambiente, a olhar para a ecologia, a respeitar a natureza, a cuidar dos animais e a contribuir para a limpeza das cidades e dos campos.
Em poucas palavras, a escola seria o berço da sabedoria e da consciência, o ninho do civismo e do bom comportamento, o alfobre de virtudes e da rectidão.
Nada disto é verdade, ou antes, tudo isto é verdade e também o seu contrário. E por isso há quem pense que a escola é um antro de pecado e crime, local onde se faz sexo e droga, onde se alimentam ideias perigosas, onde se forja uma personalidade insubmissa, onde se ignora Deus e odeia a família.
Mas o mais poderoso argumento a favor de uma escola de valores e de ideologia, que traduza uma ideia do mundo e da sociedade, que seja o viveiro de cidadãos e que fomente o desenvolvimento do civismo e da virtude, consiste na cidadania democrática. À escola compete formar cidadãos. O que quer dizer: educar para a democracia, alimentar a tolerância, fomentar as virtudes cívicas. Dito assim, parece inelutável e consensual. Na verdade, se procurarmos um pouco, rapidamente se verifica que estamos perante uma banalidade perigosa.
A recente polémica que envolve uma família de Vila Nova de Famalicão foi um bom exemplo da dificuldade deste tema. Na verdade, os pais têm o dever de enviar os filhos à escola. Mas não têm o direito de ajudar os filhos a faltar, sem o que toda a gente poderia fazer objecção de consciência a qualquer disciplina. O problema não reside aí, mas sim no programa, naquele programa, que deveria ser banido pelas vias legais, políticas e institucionais. As autoridades educativas deveriam rever e reformar os conteúdos programáticos da escolaridade obrigatória, a fim de os depurar destas formas aberrantes de autoritarismo dogmático e de despotismo cultural. Assim como proteger a escola destas intervenções minoritárias prepotentes.
Mas então, pergunta-se, a escola não deve ser democrática, formar democratas, desenvolver a democracia? Sim e não. A escola deve ser democrática. Mas não deve ensinar a democracia. Nem formar consciências políticas. A escola deve ser democrática, estar acessível a todos os cidadãos, sem criar barreiras de qualquer espécie à sua frequência pelos jovens da área de residência.
A escola deve ser democrática porque deve dar as informações factuais necessárias à vida em comum, como sejam as regras inscritas na Constituição e fixadas nas leis. A escola será democrática se evitar, tanto quanto possível, todas as formas de doutrinação de ideias políticas, de crenças religiosas ou de quaisquer outros credos ou crenças.
A escola não deve ensinar ideologias de qualquer espécie, democráticas sejam elas, até porque não pode, nem tem de escolher entre democracia avançada, democracia política, democracia cultural, democracia popular, democracia directa, democracia cristã, social-democracia ou centralismo democrático.
Da democracia, a escola deve limitar-se às regras e dispositivos constitucionais relativos ao sistema e aos órgãos do poder, aos direitos e deveres dos cidadãos, às garantias das liberdades, à participação eleitoral, ao equilíbrio dos poderes entre instituições, ao acesso à justiça e à defesa dos cidadãos perante ameaças de outros ou do Estado.
A escola deverá, em disciplinas de organização política ou de História, referir a natureza e a forma dos diversos regimes políticos, suas implicações, seus exemplos históricos, mas não deve tomar partido. A escola poderá, nas suas disciplinas de História, aprofundar a evolução dos sistemas políticos, a natureza dos regimes, a história da liberdade e da tirania, mas não deve impor ou condenar ideias.
A escola não deve doutrinar, nem ensinar nenhuma matéria relativa à vida privada dos cidadãos, às suas escolhas pessoais, às suas preferências religiosas, à expressão dos seus sentimentos, à sua sexualidade ou ao desenvolvimento afectivo da sua personalidade. Os sentimentos não fazfiem parte da cidadania, não constituem capítulos dos direitos, deveres e garantias dos cidadãos, não fazem parte do elenco de dispositivos constitucionais. Há disciplinas onde essas matérias podem ser tratadas: em Biologia e Ciência Naturais; em História; em Psicologia e Sociologia. Mas não devem constituir matéria à parte nem disciplinas próprias, de modo a evitar vários perigos. Por exemplo, a doutrinação ideológica ou religiosa. O condicionamento da vida privada e da escolha individual. O contrabando ideológico e cultural ao sabor das modas e do oportunismo dos professores. E finalmente a confusão entre vida privada e vida pública, cuja distinção é crucial para a liberdade individual e a vida em comunidade democrática.
Todos os ditadores e todos os regimes autoritários defenderam sempre uma educação de valores, de princípios, com conteúdos morais e com normas de comportamento, quando não com regras religiosas.
A escola não é nem deve ser uma República clerical, nem um claustro de virtudes, muito menos uma ditadura religiosa ou laica. Tudo o que se queira fazer na escola, artes, letras, jogos, natureza, solidariedade, filantropia, expedições, limpeza de ruas, ecologia e afectos pode ser feito fora das horas de aulas, até nas instalações e com os professores, mas sem leis, sem programas impostos, sem obrigatoriedade e sem avaliação.
A escola deve ser democrática, mas não impingir a democracia.
António Barreto
in Público, 2022.08.13
Sugestão da Professora
Clementina Sobral Torres