Diálogo com crentes e não crentes

Francisco Louçã e Nuno Martins falam sobre religião e finanças em diálogo com crentes e não crentes da Escola Secundária Clara de Resende.

Na passada sexta-feira, dia 20 de janeiro, as turmas do 11.º e 12.º ano assistiram, no ginásio da escola, a um debate moderado pelo professor João Paiva em torno do tema “Religião e Finanças”. Tendo como principal objetivo a reflexão e discussão de ideias, o encontro fomentou o diálogo entre indivíduos crentes e não crentes, colocando religião e finanças em confronto.

Associado ao projeto “Palavras no Tempo” – na sequência do qual se promoveram inúmeras sessões que resultaram numa parceria entre a Universidade do Porto, a Universidade Católica e o Centro Nacional de Cultura –, o debate marca o início de um ciclo de conferências dedicado a temas de religião e economia. “Palavras no Tempo” «recria estilos de comunicação e diálogo de outros tempos, contextualizados à nossa realidade, carente ainda de efetiva reflexão e debate, apesar do ruído dos media», lê-se na página da iniciativa dinamizada por João Paiva, professor do Departamento de Química da Universidade do Porto. A ideia tem a sua génese na obra “Educação, Ciência e Religião”, que se encontra perspetivada em torno do eixo da crença e da não crença. 

No final, o debate foi alargado aos alunos que quiseram colocar questões aos conferencistas Francisco Louçã, professor catedrático de Economia e membro do Bloco de Esquerda, e Nuno Martins, docente na Católica Porto Business School e membro do Cambridge Social Ontology Group, que se mostraram disponíveis quer para o esclarecimento de eventuais dúvidas quer para o aprofundamento de determinados temas. 

Maria Pilar González e Bagão Félix são os convidados do encontro agendado para 28 de março sobre “Religião e trabalho”, que terá lugar na Faculdade de Economia da Universidade do Porto, às 18h30. O programa prossegue com temas como “Religião e gestão empresarial”, “Religião e o dinheiro” e “Religião e pobreza”, que serão abordados por conferencistas «de qualidade e prestígio nas várias áreas». Além dos encontros previstos, qualquer instituição poderá formalizar a sua candidatura à coorganização de um evento, responsabilizando-se pela sua dinamização, organização e divulgação. 

João Couraceiro, n.º 10, 12.ºC