domingo, 28 de novembro de 2021

Porque é que os alunos devem escrever em todas as disciplinas

A escrita melhora a aprendizagem, consolidando a informação na memória de longo prazo, explicam os investigadores. 

Um estudo recente esclarece porque é que a escrita é uma atividade com tantos benefícios, não apenas em disciplinas que habitualmente associamos à escrita, como a língua materna ou história, mas em todas as áreas. O professor catedrático Steve Graham e os seus colegas, do Arizona State University's Teachers College, analisaram 56 estudos procurando perceber os benefícios da escrita em ciências, estudos sociais e matemática, e descobriram que a escrita «melhorava seriamente a aprendizagem» em todos os níveis de ensino. Além de os exercícios escritos servirem para o professor avaliar se os alunos compreenderam ou não as matérias, o processo da escrita também melhora a capacidade de os alunos recordarem informação, fazerem conexões entre diferentes conceitos e sintetizarem informação de outras formas. De facto, a escrita não é apenas uma ferramenta para avaliar a aprendizagem, ela também a promove.

CONSOLIDAÇÃO DAS APRENDIZAGENS

Porque é que a escrita é eficaz? «Escrever sobre os conteúdos melhora a aprendizagem, consolidando a informação na memória de longo prazo», explicam Graham e os seus colegas, descrevendo um processo conhecido como o efeito de recuperação. Como a investigação anterior demonstrou, a informação esquece-se rapidamente se não for reforçada, e a escrita ajuda aos alunos a reterem na memória o que aprenderam.

É o mesmo mecanismo cognitivo que explica porque é que praticar através de testes é eficaz. Num estudo de 2014, os alunos que realizaram testes práticos nas aulas de ciências e de história obtiveram mais 16 pontos percentuais nos exames finais do que aqueles que apenas estudaram. «Praticar a recuperação da informação estudada recentemente aumenta a probabilidade de o aluno recuperar essa informação no futuro», disseram os investigadores do estudo de 2014.

Escrever sobre um tópico também ajuda os alunos a processar a informação a um nível mais profundo. Responder a perguntas de escolha múltipla ou de resposta curta pode ajudar a recuperar informação factual, mas registar os pensamentos no papel ajuda os alunos a avaliar ideias diferentes, levando-os a ponderar a importância de cada uma e a considerar a ordem em que devem ser apresentadas, escrevem Graham e os seus colegas. Ao fazê-lo, os alunos podem estabelecer novas conexões entre ideias, conexões que podem não ter estabelecido quando apreenderam a informação inicialmente.

UMA FERRAMENTA METACOGNITIVA

Os alunos acreditam, frequentemente, que compreenderam um assunto, mas se lhes for pedido para escreverem sobre ele e para o explicarem, podem ser reveladas lacunas na compreensão. Uma das estratégias de escrita mais eficazes que Graham e os seus colegas descobriram foi o recurso à metacognição, em que é pedido aos alunos não apenas para recuperarem informação, mas também para aplicarem o que aprenderam em contextos diferentes, refletindo sobre os múltiplos ângulos de uma opinião ou fazendo previsões baseadas no que sabem. Por exemplo, em vez de apenas lerem sobre os ecossistemas nos manuais escolares, os alunos podem escrever sobre o impacto que eles próprios causam, analisando a quantidade de lixo que o seu agregado familiar produz ou o impacto ambiental da produção dos alimentos que consomem.
(...)

Velocidade do som e da luz...


 

1.º Domingo do Advento: Apelo à vigilância! Estar atento!

O Primeiro Domingo do Advento, entre as Igrejas Cristãs Ocidentais, é o primeiro dia do ano litúrgico e o início do tempo do Advento.

Apelo à vigilância! Estar atento!

O ser humano não deve instalar-se no comodismo, na passividade, no desleixo, na rotina, na indiferença; mas deve caminhar, sempre atento e vigilante, preparado para acolher os desafios que a vida apresenta e ajudar o Outro.

domingo, 21 de novembro de 2021

21 de novembro de 1806

Napoleão assina em Berlim o decreto e estabelece o Bloqueio Continental

21 de novembro de 1806


Bloqueio Continental
O Bloqueio Continental foi uma imposição de Napoleão Bonaparte para os países europeus cortassem relações comerciais com a Inglaterra a fim enfraquecê-la comercialmente.
O Bloqueio Continental foi uma medida imposta pelo imperador francês Napoleão Bonaparte, em 1806, a partir da qual os países europeus estavam proibidos de manter qualquer relação comercial com a Inglaterra. O objetivo desse bloqueio era arruinar a economia inglesa e expandir o domínio da França sobre a Europa. Essa imposição napoleónica teve consequências principalmente na América, pois as colónias aproveitaram o enfraquecimento das suas metrópoles para proclamar suas respetivas independências.

Quem foi Napoleão Bonaparte?
A Revolução Francesa prolongou-se por muitos anos. NAPOLEÃO BONAPARTE, herói no campo de batalha, surgiu como a solução para os problemas de França. Com um golpe de ESTADO, em 1799, tomou o poder, e cinco anos mais tarde, nomeou-se a si próprio imperador da França e dos Franceses. Tinha o desejo de transformar a França na maior potência mundial. Em 1810, já controlava a maior parte da Europa ocidental menos o REINO UNIDO.

O que pretendia Napoleão com o Bloqueio Continental?

Não se conseguiu ganhar o Reino Unido pelas armas, mas Napoleão procurou enfraquecer a sua economia, proibindo o acesso aos portos dos países europeus de todos os navios provenientes do Reino Unido.
Portugal, tendo em conta as relações comerciais e o acordo de amizade que mantinha com Inglaterra, não aderiu ao Bloqueio Continental.

Criação do Bloqueio Continental
O Bloqueio Continental foi criado através de um decreto assinado pelo imperador francês Napoleão Bonaparte, em 21 de novembro de 1806, por meio do qual ordenava que os portos europeus deveriam ser fechados para as embarcações inglesas. O objetivo principal de Napoleão era arruinar a economia da Inglaterra e possibilitar que a França expandisse seu mercado consumidor. Caso algum país desrespeitasse tal medida, haveria invasão de seu território pelas tropas francesas. Ao decretar o bloqueio, Napoleão esperava derrotar a Inglaterra, que no começo do século XIX era a única nação europeia capaz de impedir o avanço do imperador francês na Europa.

Fim do Bloqueio Continental
Em 1812, a Rússia rompeu o Bloqueio Continental, o que ocasionou a invasão das tropas francesas sobre o país. O combate entre França e Rússia foi desgastante.
Com o fim da Era Napoleónica, em 1813, o Bloqueio Continental foi extinto, o que possibilitou que os países europeus voltassem a comercializar com a Inglaterra.

Consequências do Bloqueio Continental
As consequências do Bloqueio Continental foram o fortalecimento do império da França na Europa, apesar da rivalidade com a Inglaterra, e o início do processo de independência das colónias portuguesa e espanhola na América. As metrópoles ibéricas enfraqueceram-se por conta da invasão das tropas da França. Isso fez com que os colonos participassem ativamente da emancipação das colónias.
Em Portugal, a consequência do Bloqueio Continental foi a vinda da família real portuguesa para o Brasil, em 1808, após a recusa de Portugal em aderir ao Bloqueio Continental. As ações de D. João VI em solo brasileiro, assim como a abertura dos portos às nações amigas e a elevação do Brasil à condição de Reino Unido, aceleraram o processo de independência brasileiro.

Resumo sobre o Bloqueio Continental

  • O Bloqueio Continental foi uma medida imposta por Napoleão Bonaparte, em 1806, proibindo os países europeus de manter relações comerciais com a Inglaterra.
  • Caso determinado país mantivesse associação com os ingleses, as tropas francesas invadiriam seu território.
  • O principal objetivo desse bloqueio era arruinar a economia inglesa.
  • Portugal não rompeu seus laços comerciais com os ingleses e teve seu reino invadido pelas tropas francesas, fazendo com que a família real fugisse para o Brasil.
  • A ocupação das tropas francesas na Espanha fez com que as colónias espanholas na América aproveitassem esse momento e proclamassem independência.

Trabalho realizado por: Rodrigo Merêncio nº21 6ºB

Professora: Laurentina Ferreira


sábado, 20 de novembro de 2021

Volta ao Mundo em Cem Livros - Ep. 2 20 Nov. 2021

 https://www.rtp.pt/play/p9507/e580602/volta-ao-mundo-em-cem-livros

Vale a pena pensar nIsto!


"Só existimos nos dias em que fazemos, nos dias em que não fazemos apenas duramos." 

Padre António Vieira

17 e 18 novembro Clara de Resende em formação para a semana UBUNTU Escolas


UBUNTU 🖐 Eu sou porque tu és!
Je suis parce que tu es!
I'm because you are!
(...)
DGE/IPAV - O programa faz parte do Plano 21|23 Escola + e no âmbito deste plano encontra-se previsto o desenvolvimento da Ação Específica 1.6.2 - Programa para competências sociais e emocionais (como o autoconhecimento, autoconfiança, resiliência, empatia e sentido de serviço) concorrendo para o objetivo global de promoção de medidas diferenciadas dirigidas à promoção do sucesso escolar e combate às desigualdades através da educação, procurando dar resposta às necessidades de recuperação de aprendizagens e garantir que ninguém fica para trás.
A Academia de Líderes Ubuntu - Escolas está presente em 365 Agrupamentos de Escolas por todo o país. Em parceria com a Direção-Geral da Educação, o projeto tem capacitado centenas de educadores para o trabalho em contexto escolar através do Método Ubuntu.
O modelo de intervenção passa por diferentes fases de apropriação da metodologia.
Depois da capacitação teórico conceptual, foi a capacitação do ponto de vista prático.
Preparamo-nos agora para a aplicação da Semana Ubuntu e Clube Ubuntu.
Formação fantástica, inovadora e altamente inspiradora!

terça-feira, 16 de novembro de 2021

Saramago nas escolas: Leituras Centenárias | 16 de novembro – 10 horas

A 16 de novembro de 2022 assinala-se o Centenário do nascimento de José Saramago e a Rede de Bibliotecas Escolares, parceira da Fundação José Saramago, participa e colabora no Programa de homenagem do cidadão e escritor que se inicia nos 365 dias anteriores.

No contexto do Quadro Estratégico 2027: Bibliotecas Escolares: presentes para o futuro, educar para um modo de vida sustentável e humanista, que conjugue conhecimentos, competências, valores e participação, implica pensar e criar experiências de aprendizagem amplas, aprofundadas e integradas na vida de cada um.

O Centenário gera esta oportunidade por três razões derivadas da obra e pensamento do homenageado:

1. Na escrita de Saramago coexistem uma multiplicidade de géneros - narrativa, poesia, drama, ensaio, poesia, ficção científica, historiografia, crónica, entrevista, conferência … - que suscitam a interpretação de múltiplas disciplinas – Literatura, Política, Jornalismo, Filosofia, História, Ciência… - e adaptações em múltiplas linguagens - cinema, teatro, música, dança, pintura… - e idiomas que unem todos os continentes.

2. Os protagonistas das suas obras são seres humanos comuns, sem voz no espaço público e na História que, ora levam vidas sem sentido, ora através de decisões e ações espontâneas e livres sabem romper com as circunstâncias e mudar o mundo.

3. Os temas e contextos que apresenta correspondem a inquietações atuais: indiferença e apatia perante o sofrimento alheio, degradação ambiental, democracia ameaçada pelo poder económico, identidade e diferença, desinformação e censura, sofrimento animal, verdade histórica e inclusão, são exemplos.

A hibridez da abordagem e o retrato amplo e vivo de quem somos - e podemos ser no futuro - que a obra apresenta, bem como o exemplo de vida de Saramago, gera desassossego, questionamento e discussão sobre o papel de cada um e de todos no mundo, impelindo à ação comprometida, que tem em conta o destino de todos os seres humanos e meio ambiente.

A Carta Universal de Deveres e Obrigações dos Seres Humanos, inspirada no discurso de Saramago na receção do Prémio Nobel da Literatura, norteia a visão do mundo e a ação das bibliotecas escolares que no Centenário são convocadas a participar com atividades que envolvem as crianças e jovens e as comunidades e que ajudam ao aprofundamento da obra e pensamento de José Saramago e à recuperação e transformação.

 

domingo, 14 de novembro de 2021

Volta ao Mundo em Cem Livros - Ep.1 14 Nov. 2021

 https://www.rtp.pt/play/p9507/e579261/volta-ao-mundo-em-cem-livros

14 de novembro: Dia Mundial dos Pobres


O Dia Mundial dos Pobres é uma celebração católica romana, comemorada no 33.º domingo do Tempo Comum desde 2017. Foi estabelecido pelo Papa Francisco em sua Carta Apostólica Misericordia et Misera, emitida em 20 de novembro de 2016 para comemorar o fim do Jubileu Extraordinário da Misericórdia.

segunda-feira, 8 de novembro de 2021

Encontro Nacional de Escolas Ubuntu

Grande Auditório da Fundação Calouste Gulbenkian 8 de novembro de 2021 14h-18h
A Academia de Líderes Ubuntu Escolas reuniu mais de 1200 alunos e educadores de todo o país
No dia 8 de novembro, os abraços e sorrisos multiplicaram-se nos espaços da Fundação Calouste Gulbenkian, para o #EncontroNacionaldeEscolasUbuntu, em formato presencial. Com uma mobilização geral e muito expressiva rumo ao Grande Auditório da Gulbenkian, quase 400 escolas participaram num encontro de celebração do impacto e dos resultados do projeto e de arranque no novo ano letivo.
Numa atmosfera de alegria vibrante, estudantes e educadores foram inspirados pela história de resiliência de Doa Al Zamel, a jovem refugiada síria que inspirou o livro "Uma Esperança mais forte do que o Mar", de Melissa Fleming - UN, e pela mensagem do Presidente da República, Professor Marcelo Rebelo de Sousa, que partilhou a sua satisfação ao ver o projeto chegar a cada vez mais agrupamentos. "Que este encontro seja o começo de um novo caminho, de uma dimensão nacional para o espírito Ubuntu (...) E que chegue a todo o Portugal aquilo que é tão simples, mas que é a chave do relacionamento entre pessoas e da afirmação da liderança: Eu sou, porque tu és"
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Também o Secretário de Estado da Educação, João Costa, participou no Encontro, partilhando o contributo do programa Escolas Ubuntu na estratégia de capacitação dos estudantes; e Tiago Brandão Rodrigues, Ministro da Educação, apontou o horizonte de mobilização do projeto junto dos milhares de estudantes até ao final do ano letivo.
O encontro terminou com a assinatura do memorando de entendimento entre o IPAV, promotor do Escolas Ubuntu, e a Direção-Geral da Educação, firmando a expansão do projeto para todo o país.
O encerramento do momento foi marcado pela atuação do Conservatório D'Artes De Loures!
Tendo em vista a capacitação dos estudantes enquanto agentes de mudança ao serviço da comunidade que ajudem a construir sociedades mais inclusivas, justas e solidárias, o Encontro Nacional de Escolas Ubuntu foi um momento memorável que marcou a Comunidade Ubuntu presente e a assistir via streaming para um ano letivo assente na certeza de que, também na educação, "só podemos ser pessoas, através das outras pessoas".
💛
O Encontro Nacional de Escolas Ubuntu é uma iniciativa do IPAV, através da Academia de Líderes Ubuntu, em colaboração com a Direção Geral de Educação, e conta com o apoio da Fundação Calouste Gulbenkian. São parceiros do projeto a ESEPF - Escola Superior de Educação de Paula Frassinetti, o ESECS - Politécnico de Portalegre e a OEI Portugal.

domingo, 7 de novembro de 2021

Ideias de escrita novembro 2021 PNL

 

Ideias de leitura novembro 2021 PNL

 

Metade das escolas públicas portuguesas no projeto da Academia de Líderes Ubuntu

Metade das escolas públicas portuguesas aderiu ao projeto da Academia de Líderes Ubuntu e vai reunir-se na próxima segunda-feira para partilhar experiências em torno desta proposta de educação que visa uma comunidade mais solidária e mais humana

Em declarações à agência Lusa, o presidente do Instituto Padre António Vieira (IPAV), responsável pelo projeto, sublinhou a importância deste Encontro Nacional de Escolas Ubuntu, que deverá reunir, em Lisboa, cerca de mil participantes de todo o país e que contará com a participação do ministro da Educação.

Segundo Rui Marques, será um encontro muito centrado “em torno desta proposta de educação para a cidadania, de capacitação de competências sócio emocionais e de mobilização para a promoção do sucesso educativo”.

As Escolas Ubuntu inserem-se no âmbito do plano de recuperação da aprendizagem do Ministério da Educação e no presente ano letivo, pela primeira vez, todas as escolas se podem candidatar a esta ferramenta de trabalho.

Para já, estão envolvidas cerca de 350 escolas, o que representam 50% do sistema, em 150 concelhos do país.

“Esta é uma iniciativa que o Ministério da Educação apoia para as escolas públicas que, voluntariamente, decidam aderir. E acreditamos que muitas mais vão aderir”, disse Rui Marques.

Atualmente, decorrem ações de formação para professores, psicólogos, assistentes operacionais, que deverão atingir cerca de 1.700 pessoas. São estes professores que depois irão garantir a existência de equipas de formação do metido Ubuntu.

Em declarações à Lusa, o secretário de Estado adjunto e da Educação, João Costa, afirmou que o Ubuntu “tem muitas provas dadas de eficácia na promoção do bem-estar e do envolvimento dos próprios alunos”.

“Por isso, estamos a fazer esta parceria, permitindo que todos os agrupamentos que desejem adiram a este programa tão transformador”, referiu.

E acrescentou: “Sabemos que, para muitos alunos, as dificuldades de aprendizagem se devem a obstáculos em gerirem as suas emoções, em se relacionarem consigo e com os outros, com consequências na autoestima, na confiança e no controlo das atitudes”.

“Quisemos, no âmbito do plano de recuperação das aprendizagens 21|23 Escola+, dar um impulso grande ao trabalho sobre competências sociais e emocionais, apoiando os professores tutores das escolas, tanto mais que uma das grandes faturas da pandemia está ao nível da perturbação das emoções”, prosseguiu.

O método Ubuntu passa pelo aprofundamento do conhecimento de si e das suas capacidades e forças — os três primeiros passos — seguindo em direção ao outro — os dois últimos passos, numa dinâmica perpétua e circular, onde se volta sempre ao centro de cada um, para poder ir ao encontro do outro de forma renovada e melhorada.

Segundo Rui Marques, esta é uma ferramenta com resultados positivos comprovados na promoção do sucesso escolar, no combate ao bullying, entre outras áreas.

Os resultados expectáveis passam por “uma comunidade educativa, quer do lado dos educadores Ubuntu, quer dos jovens participantes nas academias, que seja capaz de cuidar melhor — de si próprio, dos outros e do planeta — tanto na dimensão da liderança servidora, como na dimensão da construção de pontes. Uma comunidade mais inclusiva, que promova o pleno desenvolvimento de todos e qualquer um dos seus elementos, uma comunidade mais solidária, mais humana e capaz de avançar para os desafios que sempre estarão no seu caminho”.

A primeira fase, em curso, está a formar 1.700 formadores, seguindo-se as semanas Ubuntu, com grupos de vários alunos, que realizam todo o trajeto, que começa pela liderança com Nelson Mandela, e por último a criação dos clubes Ubuntu nas escolas, aos quais cabe pôr em prática estes princípios, através dos planos de atividades da escola.

O método Ubuntu aposta no desenvolvimento de cinco competências centrais: Autoconhecimento, autoconfiança e resiliência, a empatia e serviço.

A Academia de Líderes Ubuntu é um espaço onde se privilegia a aprendizagem e o desenvolvimento integral dos participantes, promovendo outras competências, como o trabalho de equipa, o pensamento crítico e autorreflexivo, a comunicação, a resolução de problemas, entre outras.

sábado, 6 de novembro de 2021

A BE na 10ª edição de Formação de Formadores Academia de Líderes UBUNTU - I have a dream

Aconteceu hoje, a 6 de novênviro 2021, o último dia de formação experiencial da 10ª Edição da Academia de Líderes Ubuntu - Formação de Formadores, que teve como temas centrais o sonho e o pilar #Ubuntu do serviço. 

Depois de um caminho de formação online, este é o primeiro momento de encontro presencial.

Cada participante foi convidado a partilhar o seu sonho de serviço e foram celebrados projetos e caminhos conjuntos, renovando-se a esperança de que estes novos formadores possam agora, nos seus contextos, replicar a metodologia Ubuntu e continuar a construir o sonho de Mandela de uma nação arco-íris.

Este encontro contou ainda com a presença da Ubuntu Global Network e de testemunhos da aplicação do método Ubuntu além fronteiras.

Esta Edição é financiada pelo Programa 2020, promovido pela Estrutura Missão Portugal Inovação Social.
Conta ainda com o apoio do Alto Comissariado para as Migrações - ACM, I.P. e da OEI Portugal.

quarta-feira, 3 de novembro de 2021

Academia de Líderes Ubuntu - Escolas

A Academia de Líderes Ubuntu - Escolas está presente em 365 Agrupamentos de Escolas por todo o país. Em parceria com a Direção-Geral da Educação, o projeto tem capacitado centenas de educadores para o trabalho em contexto escolar através do Método Ubuntu.
O modelo de intervenção passa por diferentes fases de apropriação da metodologia. Depois da capacitação teórico conceptual, os educadores são capacitados do ponto de vista prático e acompanhados na aplicação da Semana Ubuntu e Clube Ubuntu.
Hoje realizou-se mais uma edição da formação teórico conceptual para o Método Ubuntu contando com mais de 400 educadores de escolas de todo o país.
Formação fantástica, inovadora e altamente inspiradora!

Escolas Ubuntu é um programa de capacitação destinado a jovens entre os 12 e os 18 anos, desenvolvido a partir do modelo de liderança servidora e com a inspiração de figuras como Nelson Mandela, Martin Luther King ou Malala. Ubuntu é uma filosofia de origem africana que se traduz na expressão “Eu Sou porque tu És”, na valorização da interdependência e da solidariedade. Inspirada por estes valores a Academia visa desenvolver e promover competências pessoais, sociais e cívicas dos participantes, contribuindo para a sua transformação em agentes de mudança ao serviço da comunidade, ajudando a construir uma cidade mais justa e solidária.

As Escolas Ubuntu inserem-se no âmbito do plano de recuperação da aprendizagem do Ministério da Educação e no presente ano letivo, pela primeira vez, todas as escolas se podem candidatar a esta ferramenta de trabalho.

Para já, estão envolvidas cerca de 350 escolas, o que representam 50% do sistema, em 150 concelhos do país.

“Esta é uma iniciativa que o Ministério da Educação apoia para as escolas públicas que, voluntariamente, decidam aderir. E acreditamos que muitas mais vão aderir”, disse Rui Marques.

Atualmente, decorrem ações de formação para professores, psicólogos, assistentes operacionais, que deverão atingir cerca de 1.700 pessoas. São estes professores que depois irão garantir a existência de equipas de formação do metido Ubuntu.

Em declarações à Lusa, o secretário de Estado adjunto e da Educação, João Costa, afirmou que o Ubuntu “tem muitas provas dadas de eficácia na promoção do bem-estar e do envolvimento dos próprios alunos”.

“Por isso, estamos a fazer esta parceria, permitindo que todos os agrupamentos que desejem adiram a este programa tão transformador”, referiu.

E acrescentou: “Sabemos que, para muitos alunos, as dificuldades de aprendizagem se devem a obstáculos em gerirem as suas emoções, em se relacionarem consigo e com os outros, com consequências na autoestima, na confiança e no controlo das atitudes”.

“Quisemos, no âmbito do plano de recuperação das aprendizagens 21|23 Escola+, dar um impulso grande ao trabalho sobre competências sociais e emocionais, apoiando os professores tutores das escolas, tanto mais que uma das grandes faturas da pandemia está ao nível da perturbação das emoções”, prosseguiu.

O método Ubuntu passa pelo aprofundamento do conhecimento de si e das suas capacidades e forças — os três primeiros passos — seguindo em direção ao outro — os dois últimos passos, numa dinâmica perpétua e circular, onde se volta sempre ao centro de cada um, para poder ir ao encontro do outro de forma renovada e melhorada.

Segundo Rui Marques, esta é uma ferramenta com resultados positivos comprovados na promoção do sucesso escolar, no combate ao bullying, entre outras áreas.

Os resultados expectáveis passam por “uma comunidade educativa, quer do lado dos educadores Ubuntu, quer dos jovens participantes nas academias, que seja capaz de cuidar melhor — de si próprio, dos outros e do planeta — tanto na dimensão da liderança servidora, como na dimensão da construção de pontes. Uma comunidade mais inclusiva, que promova o pleno desenvolvimento de todos e qualquer um dos seus elementos, uma comunidade mais solidária, mais humana e capaz de avançar para os desafios que sempre estarão no seu caminho”.

A primeira fase, em curso, está a formar 1.700 formadores, seguindo-se as semanas Ubuntu, com grupos de vários alunos, que realizam todo o trajeto, que começa pela liderança com Nelson Mandela, e por último a criação dos clubes Ubuntu nas escolas, aos quais cabe pôr em prática estes princípios, através dos planos de atividades da escola.

O método Ubuntu aposta no desenvolvimento de cinco competências centrais: Autoconhecimento, autoconfiança e resiliência, a empatia e serviço.

A Academia de Líderes Ubuntu é um espaço onde se privilegia a aprendizagem e o desenvolvimento integral dos participantes, promovendo outras competências, como o trabalho de equipa, o pensamento crítico e autorreflexivo, a comunicação, a resolução de problemas, entre outras.

segunda-feira, 1 de novembro de 2021

Antes do Halloween, era o Pão por Deus

Se um grupo de miúdos lhe bater à porta, a cantarolar “Bolinhos, Bolinhós, para mim para vós”, não estranhe. 


O dia 1 de novembro também é, por tradição, dia de lhes encher os sacos com guloseimas 

“Bolinhos e bolinhós
Para mim e para vós.
Para dar aos finados
Qu’estão mortos, enterrados.

À porta da bela cruz/Truz! Truz! Truz!
A senhora que está lá dentro
Assentada num banquinho
Faz favor de s’alevantar
P’ra vir dar um tostãozinho.” 

A cantilena é antiga e quem a decorou espera receber em troca alguma coisa e agradecer dizendo: 

“Esta casa cheira a broa
Aqui mora gente boa.
Esta casa cheira a vinho
Aqui mora algum santinho”. 

Debaixo da língua traz mais uns versos, apropriados para responder aos que nem chegam a abrir-lhe a porta: 

“Esta casa cheira a alho
Aqui mora algum espantalho.
Esta casa cheira a unto
Aqui mora algum defunto”. 

Reza a história que o Pão por Deus tem raízes num ritual pagão do século XV que foi cimentado um ano depois do terramoto de 1755. Nesse dia 1 de novembro, a população mais pobre de Lisboa terá aproveitado para sair às ruas e bater à porta dos mais afortunados, e, assim, mitigar um pouco a fome. 

A tradição manteve-se ao logo dos tempos, sobretudo fora das grandes cidades, e com duas alterações significativas. O “peditório” passou a ser feito apenas por crianças, e, em vez de pão, os donos das casas dão hoje bolinhos, romãs e frutos secos (em Trás-os-Montes, por exemplo) ou doces e guloseimas. Para gáudio de uns poucos, também há quem dê dinheiro. 

Por isso, já sabe: se um grupo de miúdos lhe bater à porta este domingo, exija-lhes que façam como deve ser. Cantarolando os versos do início deste artigo ou, a bem da tradição, que digam pelo menos: “Pão por Deus/Fiel de Deus./Bolinho no saco/Andai com Deus.”

1 de novembro: Dia de Todos os Santos