No dia 1 de fevereiro de 1908, regressados de Vila Viçosa, ao passar no Terreiro do Paço, a família real sofreu um ataque, do qual vieram a morrer o Rei D. Carlos e o Príncipe Real, D. Luís Filipe. Este acontecimento foi o resultado de uma tensão que se foi sentindo entre a população, e ao mesmo tempo, um desânimo com a situação política que se vivia, na segunda metade do século XIX:
- condições de vida difíceis para os camponeses, apesar dos avanços na agricultura;
- operários com grandes dificuldades, em contraste com uma burguesia cada vez mais rica;
- desgaste da monarquia;
- fundação do Partido Republicano, em 1876, cuja pretensão era o fim da Monarquia e a instauração de uma República, justa e por eleição;
- apoio por parte do Rei D. Carlos ao Partido Regenerador Liberal, de João Franco, que pretende governar com uma ditadura;
- disputa europeia pelos territórios africanos, que vai demonstrar as pretensões das potências envolvidas e os seus interesses estratégicos;
- questão do mapa cor-de-rosa, projeto português de domínio territorial no continente africano, que vai levar ao ultimato inglês e sentimento de revolta dos portugueses
Em 1891, dá-se uma revolta republicana, ainda sem grandes mudanças, mas demonstrando descontentamento geral com o sistema político, mais concretamente com a incapacidade da monarquia em resolver os problemas.
Todos estes acontecimentos e sentimentos vão precipitar o ataque à carruagem que transportava a Rainha D. Amélia, o Rei D. Carlos e o Príncipe D. Luís Filipe (o Príncipe D. Manuel teria regressado mais cedo e não se encontrava presente neste dia), ferindo mortalmente o Rei e o príncipe herdeiro, depois de um tiroteio.
Será D. Manuel quem assumirá o trono, mas a monarquia encontra-se agora com os dias contados.
Trabalho realizado por: MafaldaCardoso
6ºA, n.º 10
Professora:
Laurentina Ferreira
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