segunda-feira, 11 de setembro de 2017

11 de setembro Morreu D. António Francisco dos Santos, bispo do Porto, “um homem da tolerância”

D. António Francisco dos Santos, bispo do Porto,  sentiu-se mal esta manhã no Paço Episcopal do Porto e deu o alerta aos seus colaboradores mais próximos. O INEM ainda o socorreu no local, mas sem sucesso. O bispo do Porto acabou por morrer na residência episcopal na sequência de um ataque cardíaco.Tinha 69 anos.
D. António Francisco dos Santos foi ordenado bispo em 2005 e sucedeu a D. Manuel Clemente na liderança da diocese do Porto em fevereiro de 2014. Antes, tinha passado pela arquidiocese de Braga como bispo auxiliar e pela diocese de Aveiro como bispo titular, onde esteve sete anos.
O bispo nasceu em Tendais, concelho de Cinfães (Viseu), em 1948. Esteve nos seminários de Resende e de Lamego entre 1959 a 1971, tendo sido ordenado padre em 1972.
Licenciou-se em Filosofia em 1977 na École Pratique de Hautes Études Sociales, em Paris. No Instituto Católico de Paris, terminou o mestrado em Filosofia Contemporânea, em 1979, e tirou ainda o curso de Sociologia Religiosa.
D. António Francisco dos Santos era ainda presidente da Comissão Episcopal da Pastoral Social e Mobilidade Humana e vogal da Comissão Episcopal da Educação Cristã e Doutrina da Fé na Conferência Episcopal Portuguesa.
O presidente da câmara do Porto decretou três dias de luto, a partir de segunda-feira, dia 11, pela morte do bispo. Rui Moreira descreveu D. António Francisco dos Santos como uma “pessoa jovem e jovial, que tinha com as pessoas uma relação de enorme afetividade”, sublinhando ainda o “trabalho extraordinário” que estava a desenvolver “junto dos mais necessitados”.
“Tinha uma dimensão humana, religiosa e filosófica – era um filósofo, um homem da tolerância. (…) A cidade merecia ter um Bispo como o Sr. D. António Francisco. Ele esteve cá muito pouco tempo, mas deixa uma obra notável”, lê-se no comunicado da autarquia.
António Costa lamentou a morte do bispo do Porto, através do Twitter, referindo-se a D. António Francisco dos Santos como uma “referência inspiradora que transcende a diocese do Porto”. “Portugal perde um homem bom que eu apreciava escutar”, escreveu ainda o primeiro-ministro.

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