quinta-feira, 3 de outubro de 2019

São Veríssimo de Paranhos


Santo Padroeiro da freguesia de Paranhos, Porto

No ano de 1837, a Freguesia de São Veríssimo de Paranhos, como na altura se designava, foi incorporada à cidade do Porto como termo da cidade, desvinculando-se do Concelho da Maia, ao qual pertencia. O nome da Freguesia deve-se ao seu Santo Padroeiro: São Veríssimo.
Em Paranhos o registo Paroquial começou a ser realizado em 1587, tendo sido o primeiro baptismo registado a 29 de Novembro de 1785 com o nome de André. O primeiro casamento realizou-se a 25 de Junho de 1588 entre Thomes Annes e Catarina Annes e o primeiro funeral de que há registo aconteceu dia 20 de Novembro de 1588, foi o funeral de João da aldeia de Lamas.
A freguesia nasceu de um aglomerado de aldeias e lugares, entre elas, Regado, Agueto, Couto, Igreja, Lamas, Tronco, Carvalhido e Vale, durante o século XIX, formaram-se os últimos lugares da freguesia: Covelo e Matadouro.
Constituída por aldeias e lugares, esta foi em tempos uma freguesia marcadamente rural, onde se podiam encontrar campos, hortas, pomares, jardins, quintas e casas de lavoura, algumas das quais ainda permanecem.
Nos inícios do século XX a maioria da população residente na freguesia ainda se dedicava à agricultura, uma vez que os terrenos eram férteis e abundantes em água. Hoje podemos desfrutar da tranquilidade de inúmeros espaços verdes e jardins, um pouco espalhados por toda a freguesia, como a Quinta do Covelo, o Jardim de Arca D’Água, Largo do Campo Lindo, entre outros.
Como o número de habitantes foi crescendo incessantemente, a freguesia foi-se transformando em termos paisagísticos. Muitos dos campos existentes, foram dando lugar à construção de edifícios, não só habitacionais, mas também institucionais. É portanto, no século XX, que começa a nascer uma freguesia de cariz urbano, com a pavimentação de ruas e caminhos, aproximação da freguesia ao centro da cidade através do melhoramento das vias, o que se traduziu numa maior mobilidade da população.
Uma das entidades que perdeu inúmeros terrenos em prol do desenvolvimento urbano foi a Igreja, uma vez que Paranhos foi Couto de bispos desde 1341, ano em que o rei D. Afonso IV a confirmou à Mitra do Porto.
À Igreja, pertenciam terrenos como:
- Quinta do Regado, onde hoje se encontra o Bairro do Regado
- Quinta do Tronco, onde hoje é a Rua do Amial e Rua Nova do Tronco
- Quinta do Paço, onde hoje estão as Ruas Dr. Manuel Laranjeira, Pereira Reis, Assis Vaz, Luís Woodhouse, Pedro Teixeira, Rua do Relógio, entre outras
- Casal do Couto, cujos antigos terrenos hoje são ocupados pelas Ruas do Vale Formoso, Campo Lindo, Luz Soriano e a Praça Nove de Abril (Jardim de Arca D’Água).
SVRPAIRDPA

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