segunda-feira, 24 de agosto de 2020

24 de agosto, Bartolomeu, o Apóstolo

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São Bartolomeu Apóstolo foi um dos apóstolos de Jesus Cristo. Seu nome vem do aramaico, com uma referência patronímica: Bar Talmay - filho de Talmay. Há historiadores que também mantêm uma referência patronímica, mas dá outro significado para o nome: Bar Ptolomeu - Filho de Ptolomeu.
São João Evangelista chamou-lhe Natanael (dom de Deus), enquanto os restantes evangelistas (São Mateus, São Lucas e São Marcos) o designam por Bartolomeu – Bart-Tolomai, filho de Tolmai. De acordo com a tradição cristã, terá sido o esposo nas bodas de Caná, em que Cristo realiza o seu primeiro milagre ao transformar a água em vinho.
Acompanha Jesus até à Sua morte, participando e assistindo às Suas pregações, milagres e outros episódios da Sua vida. Estava presente à beira do mar de Tiberíades quando Jesus, após a Sua Ressurreição, apareceu a alguns dos seus apóstolos.
Atribui-se-lhe grande apostolado na Índia, na Arábia e na Arménia. Segundo a lenda, nesta última região, possuía o Demónio um oráculo, prática que consistia em responder às perguntas dos seus seguidores pela voz do sibilo (bruxo) Astaroth. Todavia, quando São Bartolomeu entra no templo, logo a voz do Demo emudece. O santo ordena então ao Demónio que anuncie o nome de Jesus Cristo como o do verdadeiro Deus e destrua os ídolos pagãos existentes nos templos. E assim acontece.
Convidado por Astiage, que governava uma parte da Arménia, o santo aceita o convite, mas Astiage, traiçoeiramente, manda esfolá-lo vivo e cortar-lhe a cabeça – lenda religiosa que nasce no século XIII, com a indicação do martírio a 24 de Agosto, se bem que a morte aponte, também, para a crucificação e afogamento.
O seu poder de exorcista permanece no imaginário religioso popular, daí resultando a devoção e as práticas relacionadas com as possessões ou estados entendidos como demoníacos, ou atribuídos a entidades incorporadas nos pacientes, a pesadelos, terrores e outras coisas mais.
Várias são as versões para a trasladação das suas relíquias. Uma delas aponta para Lipari, a norte da Sicília, conquistada pelos Sarracenos em 838, que profanaram o seu túmulo, espalhando os ossos de São Bartolomeu pelas ruas.
Diz-nos ainda a tradição que, por inspiração do santo, estes brilharam de noite como estrelas, tendo sido recolhidos, piedosamente, pelo monge grego Teodoro. As relíquias são levadas em 839 para Benevento (Nápoles), em cuja catedral se lhe preparou uma capela própria.
A 25 de Agosto de 1338 voltam a ser trasladadas para uma sumptuosa basílica. Destruída esta por um terramoto, os ossos do santo, encontrados intactos, regressam de novo à catedral. Numa outra variante, as relíquias repousam na Basílica de São Pedro, em Roma, enquanto uma outra indica que transitaram no ano 1000 para a Igreja de Santo Adalberto, igualmente em Roma.
Devido ao seu martírio, São Bartolomeu é o padroeiro daqueles que trabalham em peles: curtidores, luveiros e encadernadores, entre outros.
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