sábado, 25 de novembro de 2023

O golpe do 25 de Novembro de 1975

Aglomeração de militares e civis no Rossio durante a crise 
imagem da wikipédia

No dia 25 de Novembro de 1975 o país esteve à beira de uma guerra civil. Confrontaram-se as forças moderadas contra a extrema-esquerda.

Foi um verão longo e quente que só terminou naquele fim de Novembro de 1975. Após meses de tensão que opuseram dois grandes grupos, o dia 25 definiu vencedores e vencidos, realinhando o país com as democracias europeias.

A Crise de 25 de Novembro de 1975 foi uma movimentação militar conduzida por partes das Forças Armadas Portuguesas, cujo resultado levou ao fim do Processo Revolucionário em Curso e a um processo de estabilização da democracia representativa em Portugal.

Depois das eleições de abril de 1975, acentuaram-se as divergências entre os diferentes projetos políticos. A 25 de novembro, os militares ligados à extrema esquerda tomam pontos estratégicos e o país entra em estado de sítio.

Um ano após a revolução, a sociedade portuguesa encontrava-se bastante dividida existindo uma oposição clara entre aqueles que pretendiam prosseguir a revolução com o MFA, incluindo-se aqui o governo liderado por Vasco Gonçalves e os que entendiam que o caminho se deveria fazer com os partidos políticos sufragados em eleições.

Nos meses seguintes o país assistiria a uma série de episódios de violência de grupos mais ou menos organizados da extrema-esquerda e da extrema-direita, e a ameaça de uma guerra civil era real.

Em Julho, Vasco Gonçalves propõe recentrar a autoridade no Conselho da Revolução, e a liderança política num diretório que incluiria também Costa Gomes (na altura Presidente da República) e Otelo Saraiva de Carvalho. Mas o “Grupo dos nove”, um conjunto de militares moderados e pertencentes ao Conselho da Revolução, propõem, um mês depois, que o poder seja exercido pelos partidos políticos. São afastados do Conselho na sequência dessa tomada de posição.

A 12 de novembro, uma manifestação das forças de esquerda impede os deputados de saírem do parlamento durante dois dias, e na semana seguinte o governo entra em greve por falta de condições para exercer o seu mandato. A 25 de novembro toda esta tensão chega ao limite, com sectores da esquerda radical a tentarem um golpe de estado, que acabou por ser frustrado pelos militares que se encontravam com o “Grupo dos nove”, apoiados por um plano militar liderado por Ramalho Eanes.




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