sábado, 28 de março de 2020

Texto de opinião: Eutanásia

A eutanásia tem sido muito falada ultimamente, principalmente em Portugal, porque, no mês que passou, fevereiro, a mesma foi legalizada. A eutanásia já tinha sido legalizada em alguns países da Europa, mas em Portugal gerou várias discórdias o que acabou por atrasar a sua legalização que, por fim, deu-se no dia 20 de fevereiro de 2020.
Eu sou a favor, eu penso que a isto se pode chamar de evolução. Todos nós temos o direito de sentir que controlamos aquilo que é nosso, quem nós somos e, por isso, a eutanásia proporciona a pessoas que estejam em sofrimento, devido a uma doença sem cura, uma morte indolor. É uma escolha da pessoa, no entanto, cada caso é analisado para se determinar se a situação do paciente é suficientemente sofrida para permitir o recurso à eutanásia.
Ultimamente, ouço vários comentários acerca do assunto e, como era de esperar, nem todos têm a mesma opinião e, por isso, nem todos são a favor como eu. Apesar da divergência de opiniões, alguns comentários chegam a ser absurdos, pois existem pessoas a dizer “não vamos matar os velhinhos”. Vi vários cartazes com frases assim em protestos contra a legalização da eutanásia, não os consegui perceber porque ninguém quer tirar a vida a alguém, é uma escolha da pessoa, se esta se encontrar em sofrimento devido a um motivo plausível para recorrer à eutanásia.
A primeira vez que ouvi falar em eutanásia foi num filme e, hoje em dia, sempre que falo no assunto passam-me várias imagens pela cabeça. O filme é sobre um rapaz que viajava muito, praticava desportos radicais e tinha grandes negócios, mas, depois de um acidente ficou tetraplégico, e tudo mudou. Dependia totalmente das outras pessoas e, mesmo após conhecer o amor da sua vida, não mudou de ideias e decidiu recorrer à eutanásia para acabar com o seu sofrimento e com o sofrimento de quem o rodeava.
Não baseio a minha opinião apenas no filme que vi, mas foi um exemplo que me mostrou um pouco daquilo que as pessoas com doenças incuráveis sentem.
O que posso concluir é que vou sempre apoiar a utilização da eutanásia quando necessário e vou também respeitar quem tomar uma decisão em relação a isso, pois não cabe àqueles que não sentem decidir se uma pessoa deve ou não viver. É também difícil para mim compreender as pessoas que falam como se a decisão da utilização da eutanásia fosse tomada de “cabeça quente”, pois existem várias regras e processos antes de se chegar ao procedimento final.

Mariana Gomes n.º20 12ºG
Professora Helena Sereno

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