domingo, 7 de abril de 2024

Vitória da Luz sobre as trevas...

A ressurreição é o acontecimento mais importante da história da humanidade. É a vitória definitiva da vida sobre a morte, da luz sobre as trevas, do amor sobre o ódio. É a manifestação suprema do poder de Deus, que transforma a nossa existência e nos faz participantes da sua própria vida.
O Senhor nos faz um convite a mudar de vida, a acordar para a vida verdadeira, a não viver mais adormecidos nas nossas rotinas, na nossa comodidade, na nossa resignação. A ressurreição é a irrupção do novo na nossa vida, é o sopro do Espírito que nos renova e nos faz renascer.
O Ressuscitado é a nossa vida nova, a nossa paz verdadeira, a nossa alegria autêntica. Ele é a chave que abre as portas do sentido da nossa existência.

Cardeal D. José Tolentino Mendonça


Nada impede a Ressurreição, a força da Ressurreição, o poder da Ressurreição. Não são as nossas portas fechadas que impedem Jesus de vir, de soprar sobre nós e de nos recriar. O tempo da Ressurreição, o tempo Pascal é tempo para nos sentirmos novos, renovados, recebendo um Espírito novo, aponto dois momentos:
Se calhar, neste momento das nossas vidas nós estamos de portas fechadas, se calhar, neste momento das nossas vidas nós estamos acossados com medo, se calhar, neste momento da nossa vida nós vivemos a ressaca disto, de cobardias, de traições, de abandonos, de incompreensões e Jesus vem para soprar sobre nós, para transmitir-nos o Seu Espírito. Este é o primeiro momento.
A segunda experiência da Ressurreição é aquele encontro pessoal com Tomé. E Tomé diz: “Não, eu preciso de ver. Eu duvido, eu não acredito que isso seja possível.” E Jesus não tem medo das dúvidas de Tomé, Jesus não as desconsidera. Jesus toma a sério a palavra de Tomé. E isto para nós é muito importante, porque como é que a nossa fé se constrói? A nossa fé constrói-se porque Deus toma a sério as nossas dúvidas, a nossa incapacidade de acreditar, de ir mais longe. Ele toma a sério e traz precisamente aquilo que Tomé pede, “Eu preciso de ver as feridas”. Então Jesus traz as Suas feridas,
“Então toca nestas feridas”, e esta disponibilidade de Jesus para caminhar segundo o nosso passo, para vir ao encontro. Por mais absurdos que sejam o tipo das nossas reivindicações, é a força da Ressurreição a entrar na nossa vida.
Quando formos capazes de transformar o sentido das nossas feridas nós estamos a ressuscitar, estamos a ressuscitar e isso é alguma coisa que fazemos no tempo, é alguma coisa que precisamos fazer.
Cardeal D. José Tolentino Mendonça

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