sexta-feira, 9 de outubro de 2020

Poeta Louise Glück vence Prémio Nobel da Literatura

Louise Gluck, Prémio Nobel da Literatura 2020

O nome da norte-americana Louise Glück foi anunciado pela Academia Sueca como Nobel da Literatura 2020. O júri escolheu-a pela “sua inconfundível voz poética, que com austera beleza torna universal a existência individual”. Atualmente a viver em Cambridge, Massachussetts, nos EUA, Louise Glück, de 77 anos, é professora de Língua Inglesa na Universidade de Yale.

Nascida em Nova Iorque em 1942, Louise Glück é neta de judeus húngaros emigrados nos Estados Unidos. Estudou na Universidade de Columbia, mas uma anorexia nervosa grave impediu-a de se graduar, levando-a a envolver-se numa terapia que durou sete longos anos. Em compensação, frequentou os cursos de poesia do Sarah Lawrence College e os workshops ministrados em Columbia para estudantes não convencionais. Léonie Adams e Stanley Kunitz foram dois dos professores e poetas que mais a influenciaram.

Foi secretária, casou-se e divorciou-se, e nesse ano de 1968 estreou-se com a obra "Firstborn", que a tornou rapidamente numa das mais aclamadas poetisas da literatura contemporânea americana. Ensaísta e poeta, é também professora na Universidade de Yale. Desde cedo referiu a marca da psicanálise no seu trabalho de escrita, além da inspiração de Rainer Maria Rilke e Emily Dickinson. Publicou 14 livros de poesia e dois de prosa. Entre os prémios recebidos estão o Pulitzer, o National Book Award e o Bollingen. Este ano, venceu também o Prémio Tranströmer.

Louise Glück, de 77 anos, a 15ª mulher a receber um Nobel da Literatura, foi uma decisão imprevista da Academia Sueca, e outros nomes circulavam como sendo os favoritos. Estes eram os da russa Ludmilla Ulitskaya, o keniano (e já veterano nesta lista) Ngugi wa Thiong’o, a autora oriunda de Guadalupe Maryse Condé, as canadianas Margareth Atwood e Ann Carson, o japonês Haruki Murakami, o espanhol Javier Marías e o sul-coreano Ko Un.

O prémio Nobel de Literatura é um dos mais aguardados dos Nobel. Este ano, a pandemia de covid-19 determinou que alguns dos eventos presenciais em Estocolmo fossem cancelados e substituídos por uma abordagem digital. Do mesmo modo, os prémios irão ser entregues às embaixadas em vez de diretamente aos escritores.



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