Nascida em Nova Iorque em 1942,
Louise Glück é neta de judeus húngaros emigrados nos Estados Unidos. Estudou na
Universidade de Columbia, mas uma anorexia nervosa grave impediu-a de se
graduar, levando-a a envolver-se numa terapia que durou sete longos anos. Em
compensação, frequentou os cursos de poesia do Sarah Lawrence College e os
workshops ministrados em Columbia para estudantes não convencionais. Léonie
Adams e Stanley Kunitz foram dois dos professores e poetas que mais a
influenciaram.
Foi secretária, casou-se e
divorciou-se, e nesse ano de 1968 estreou-se com a obra "Firstborn",
que a tornou rapidamente numa das mais aclamadas poetisas da literatura
contemporânea americana. Ensaísta e poeta, é também professora na Universidade
de Yale. Desde cedo referiu a marca da psicanálise no seu trabalho de escrita,
além da inspiração de Rainer Maria Rilke e Emily Dickinson. Publicou 14 livros
de poesia e dois de prosa. Entre os prémios recebidos estão o Pulitzer, o
National Book Award e o Bollingen. Este ano, venceu também o Prémio
Tranströmer.
Louise Glück, de 77 anos, a 15ª
mulher a receber um Nobel da Literatura, foi uma decisão imprevista da Academia
Sueca, e outros nomes circulavam como sendo os favoritos. Estes eram os da
russa Ludmilla Ulitskaya, o keniano (e já veterano nesta lista) Ngugi wa
Thiong’o, a autora oriunda de Guadalupe Maryse Condé, as canadianas Margareth
Atwood e Ann Carson, o japonês Haruki Murakami, o espanhol Javier Marías e o
sul-coreano Ko Un.
O prémio Nobel de Literatura é um
dos mais aguardados dos Nobel. Este ano, a pandemia de covid-19 determinou que
alguns dos eventos presenciais em Estocolmo fossem cancelados e substituídos
por uma abordagem digital. Do mesmo modo, os prémios irão ser entregues às
embaixadas em vez de diretamente aos escritores.
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