sexta-feira, 9 de outubro de 2020

Programa Alimentar Mundial da ONU vence Prémio Nobel da Paz 2020

 
ISSOUF SANOGO/GETTY IMAGES

Programa Alimentar Mundial (PAM) das Nações Unidas venceu o prémio Nobel da Paz. O anúncio foi feito esta sexta-feira em Oslo pelo Instituto Nobel norueguês, que sublinha “os seus esforços por combater a fome, o seu contributo para melhorar as condições para a paz em áreas afetadas por conflitos e a sua ação como força motriz nos esforços por evitar a utilização da fome como arma na guerra e em conflitos”.

O Instituto Nobel norueguês lembra que a cooperação é mais importante do que nunca, que a guerra faz aumentar a fome e que a pandemia veio tornar a ação contra a fome ainda mais necessária

Criado em 1961 e com sede em Roma, o Programa Alimentar Mundial é a maior organização no planeta a promover a segurança alimentar. Todos os anos presta assistência a cerca de 90 milhões de pessoas em mais de 80 países.

Com um valor de 10 milhões de coroas norueguesas (918 mil euros), o prémio Nobel da Paz distingue “quem fez mais ou melhor trabalho pela fraternidade entre nações, pela abolição ou redução dos exércitos ativos e pela realização e promoção de congressos de paz”. Alfred Nobel, criador destes galardões, não explicou o motivo por que incluía a Paz como categoria, embora se saiba que era muito amigo da pacifista Bertha von Suttner, que viria a vencer o prémio em 1905.

Segundo o testamento de Alfred Nobel, o da Paz é o único atribuído por um comité formado por cinco membros eleitos pelo Parlamento da Noruega, e não pela Academia sueca. Quando Nobel instituiu os prémios, Suécia e Noruega tinham governo conjunto e é possível, explica o Comité Nobel Norueguês, que a tradição menos militarista do país tenha contribuído para tal.

Desde 1901, o prémio coube a 107 indivíduos e 24 organizações. O recordista é o Comité Internacional da Cruz Vermelha, com três distinções (1917, 1944 e 1963). O Alto-Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados já bisou (1954 e 1981). Mais ninguém repetiu o prémio e só um laureado o rejeitou: Lê Duc Tho, militar e diplomata vietnamita, escolhido em 1973 a par de Henry Kissinger, secretário de Estado dos EUA.

in Expresso


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