O suspiro do vento
ecoa na rua
O silêncio estagnante
de uma cidade crua
Cidade fantasma, nua,
sem cor
Ausente da luz do
Homem
Ausente do seu calor.
A alegria não é já
medida pelos lábios
Nem tão pouco pelo
simples abraçar
Somente a dá a conhecer
aquele
Que ouse sorrir com o
olhar.
O trivial gesto do
enlace humano
É agora fruto
proibido, temível
Gesto outrora
alegoria ao amor
Revelou-se hostil,
inadmissível.
As madames já não
carregam no batom
Não idealizam
vestimentas
Que vão de acordo com
o seu tom
Para se ostentarem
entre si
Comparam as mais sofisticadas
E famosas máscaras.
Por todas cobiçadas.
Este veneno
silencioso
Não se acobarda pelos
seus crimes
Não se faz justiça
como nos filmes
Não responde pelos
seus atos
Mas contabiliza as
inocentes vidas.
Vítimas dos seus
maltratos.
Mariana Fernandes
12ºG, N.º27
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