Rio fluído, rio que flui
Rio fluído, rio que flui,
Flui agora nada mais,
Do que outrora fui.
Menina com olhos de vida,
Ela é maré, desmedida,
Turbulenta, desconhecida.
Esvoaçou-as que nem um anjo,
Asas que abriu ao sonho,
Rumo a um futuro,
Porventura mais risonho.
Anjinho de olho castanho,
Genuína e sem pecado,
Menina de olho castanho,
Sorriso injustificado,
Era porque o era, e era sem
acanho.
Levava pedrinhas nas asas,
Ecoavam enquanto das mãozinhas
lhe caíam,
Marcava a volta e a ida para a
felicidade,
Mas tropeçou na sua singularidade
Não soube o que era ser
diferente,
Esqueceu o caminho por onde veio,
E recusou olhar em frente.
Recolheu as antigas asinhas,
Anjo que já não voa,
Nem tao pouco lhe interessa,
O ecoar das pedrinhas.
Rio fluido, este rio que flui,
Flui somente agora, o que outrora
fluiu,
O que fui e nada mais,
O que julguei por meu,
Afinal também pertencia aos demais.
Mariana Fernandes, 12.º G
Sem comentários:
Enviar um comentário