Quando o jornal clandestino A Trama acusa Ismael Macho de andar metido com
a mulher de outro, todos temem uma desgraça, e Ismael acaba mesmo por morrer
durante a procissão da Virgem Santíssima, em circunstâncias estranhas. Todos as
suspeitas recaem sobre o marido enganado, mas este nem à força de porrada
admite a autoria do crime, para desespero do coronel Moniz.
Os segredos de Juvenal Papisco é um romance de estreia memorável, que com
uma fina ironia e um apurado sentido caricatural se apresenta como uma metáfora
social, expondo a traição, a urdidura política, as fraquezas da justiça, o
espaço conjugal como campo de sonhos e de utopias e as mezinhas respondendo ao
que a medicina não pode.
Bruno Paixão: nasceu em Coimbra, em novembro de 1975. Doutorado em Ciências da Comunicação pela Universidade de Coimbra, é professor do Ensino Superior e investigador.
Foi jornalista, é cronista
regular na imprensa nas áreas da corrupção e do escândalo político e autor dos
livros de crónicas Prime Time is my Time (2017) e Fake Time is
not my Time (2021), para além de outros de âmbito académico.
No final da década de 90,
participou na fundação da publicação universitária de defesa dos Direitos
Humanos Enviado Especial. Em 2000, presidiu à Comissão Executiva do Congresso “Pensar
Portugal”. Entre 2000 e 2004, foi membro da direção da Associação Portuguesa
Para o Estudo da Propriedade Intelectual.
Os segredos de Juvenal Papisco,
obra vencedora do Prémio Literário Luís Miguel Rocha 2021, é o seu romance de
estreia.
Sem comentários:
Enviar um comentário