sábado, 7 de dezembro de 2019

"Maria do Céu" de Júlio Brandão


"Dá do pão e da tua água, que és um grande poeta! O pensamento é grande; mas dá sobretudo às almas  o que tiveres no teu peito. Terás o teu prémio na tua virtude.
(Maria do Céu)

Teorias, sistemas, sabedoria humana, são fumo apenas que a ventania esfarpa. Farrapos de vaidade feitos nuvem de oiro...(...) Montanhas de livros contraditórios e olímpicos, quem vos lerá amanhã, se não tendes a alumiar-vos um que seja dos raios da estrela moral que não se apagam!
(Maria do Céu)

Homem o mundo precisa da tua piedade, da tua alegria comunicativa e bela, da tua fé, da tua poesia esplêndida. Ama e sê bom. Olha que o rouxinol cantando ali nos loireiros é mais eloquente do que um velho sábio falando de abstrações geniais. (...) És coisa pouca, Génio sem Bondade -, és coisa efémera!
(Maria do Céu)


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