domingo, 1 de dezembro de 2019

Restauração da Independência: 1º de dezembro de 1640


A dinastia espanhola dos Filipes governou o país entre 1580 e 1640, altura em que o futuro D. João IV liderou uma revolta que afastou os castelhanos do trono.

Foram 120 os conspiradores que, na manhã de 1 de Dezembro de 1640, invadiram o Paço da Ribeira, em Lisboa, para derrubar a dinastia espanhola que governava o país desde 1580. Miguel de Vasconcelos, que representava os interesses castelhanos, foi morto a tiro e atirado pela janela.Foi do balcão do Paço que foi proclamada a coroação do Duque de Bragança, futuro D. João IV, e foi também dali que foi ordenado o cerco à guarnição militar do Castelo de S. Jorge e a apreensão dos navios espanhóis que se encontravam no porto.Até ao final de 1640 todas as praças, castelos e vilas com alguma importância tinham declarado a sua fidelidade aos revoltosos.A restauração da independência só seria reconhecida pelos espanhóis 27 anos depois, com a assinatura do Tratado de Lisboa.O 1º de dezembro de 1640 é o feriado mais patriótico de todos. Os portugueses libertaram-se finalmente, após 60 anos de crueldade, das amarras «filipinas» que nos privaram da nossa independência política e económica, já que tivemos de lutar em guerras que não eram nossas contra os inimigos de Castela (Holanda, França e Inglaterra) depauperando, assim, o erário público lusitano que canalizava vergonhosamente para a corte castelhana os pesados e abusivos impostos cobrados aos portugueses. Neste turbilhão da história portuguesa, ceifaram-se milhares de vidas, perderam-se inúmeras colónias brasileiras para os holandeses, retraíram-nos vários domínios territoriais e comerciais na África e no Oriente e sofremos a humilhação de simbolizarmos a mais importante e desejada província castelhana. Felizmente, recomeçamos de novo sob a liderança da 4ª dinastia da Casa de Bragança e com D. João IV ao leme, tendo, ao fim de 28 anos, após uma longa Guerra da Restauração e com a ajuda de alguns dos inimigos de Castela, restabelecido a soberania da qual hoje muito nos orgulhamos.
Leonor Sousa, nº 15, 6º C
Professora Laurentina Alegria

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